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sábado, 30 de junho de 2012

Certo ou errado!


Certo ou errado!

Pecar é humano...
Desumano é querer ser perfeito
Porque quando me deito
É quando cai o pano
Errar é normal...
Anormal é não conhecer o engano
Porque o instinto animal
É quando me deito e amo
Trair é incompreensível
Mas apetecível
Se existir motivo carnal
O amor não escolhe,
o apetecível
Solta-se o animal que não pensa
E a recompensa
É o momento que fica
Pois acredita
O tempo passa
E a desgraça
É não teres pecado
E se não fizeste... Errado
Fica o tempo não gozado
O amor nasceu para crescer
E se tiver de ser
Estou do vosso lado
Pecar faz parte da humanidade
Verdade...

José Alberto Sá

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Chegou a noite


Chegou a noite

Chegou a noite e o escuro apoderou-se
O silêncio denegriu o pensamento
Já não vejo sequer o lençol
A luz não existe, apagou-se
Lá fora nem o vento...
Já esqueci a cor do sol
A noite, és tu quando ausente
O silêncio são as palavras que já não dizes
O lençol que não vejo é o teu sorriso
A luz que não existe, é o corpo que não mente
Lá fora o vento, não deixa cicatrizes
E eu já esqueci a cor que preciso
O teu sol...
Chegou a noite que será infinita
O caminho não encontro neste escuro
A luz que não existe era a cor de girassol
A cor mais bonita
É noite e a tristeza me faz sentir mais puro
Chegou a noite e eu acredito
Que a saudade ilumine o infinito
O escondido desejo
Que uma luz se acenda
Que esta noite sinta o teu perfume num beijo
Que Deus me oiça e me dê essa prenda
Que esta noite no escuro te possa ver
Que no silêncio te possa ouvir
Que eu nesta noite consiga ter
A luz do teu sorrir
E que o escuro infinito, tenha fim
Acende a luz, vem para mim

José Alberto Sá

Pastel


Pastel

T ons suaves da minha tela
O vento, o tempo e o céu
N éctares que espreito da minha janela
S ensações de mesclado véu

D e onde me vem a inspiração
E smeraldas que me provocam acalmia

P ontes para o éden do meu coração
A lma poética no luar na noite, ao sol do dia
S ensibilidade clara como a maresia
T ons pastel que me fazem amar
E lementos coloridos de alegria
L otus, flor aromática do meu olhar

Cores suaves são cores de amor
Cores berrantes são cores do coração
Cores frias são cores da dor
Cores quentes as cores da paixão

José Alberto Sá

Espero que venhas


Espero que venhas

Bebi um trago
Ela não me ligava
Queria um afago
O silêncio me torturava
Mais um trago
Uma risada
Sinal amargo
Peguei na garrafa, mais uma golada
Nada…
Um soluço
E mais um trago
Vermelho de buço
Olho vidrado
Mais um trago
E ela não vinha
As paredes giravam
A garrafa nada tinha
As saudades gritavam
Mais uma garrafa abri
E ali
Mais um trago
Quando caí…
Ela entrou!
- Olá amor disse ela
O meu corpo gelou
O trago ficou a meio
Desmaiei junto à janela
Ela veio!
Carago!

José Alberto Sá

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Olhar de gaivota


Olhar de gaivota

Olá gaivota do mar
Que fazes aí em cima, nesse voar?
Com certeza espreitas o mesmo que eu
As ondas do céu
Ondas perturbadoras do meu descanso
Olá gaivota do mar salgado
No mesmo mar adocicado, quando manso
O doce ondular que tu espreitas
Corpo faminto
De raios solares
Vorazes ondulações que nos sonhos me deitas
Meninas de voos suaves, corpos que sinto
No voo dos meus olhares
Meu doce verão
Olá gaivota, diz-me quem é?
Quem é aquela morena, linda sereia
Quem é esta menina por quem tenho fé
Fé e vontade de muito brincar,
com ela na mesma areia
Olá gaivota deste verão
Diz-me quem é a luz deste meu sol
Diz-me quem é a melodia desta canção
Diz-me quem é a musa debaixo do guarda-sol
Sou obcecado por suores de amor
Dentro do mar
Em cima da areia
Seja onde for
Somente amar
Por isso diz-me gaivota, quem é a sereia
Que daí consegues observar
Desse teu voar
Deste meu olhar

José Alberto Sá

Nudez de verão


Nudez de verão

Saltavam areias, pedras calorentas
Por cada movimento de anca, cada passo teu
Eu olhava para ti, disfarçado nas ondas do mar
Arrepiado pelas cócegas sedentas
Ondas provocadoras, de quando olhava o céu
E me faziam crescer algo de amar
É verão…
Deitei-me e ofereci ao calor, as minhas costas
Queria sentir o sol a me queimar
O castigo do momento… Pois não me contive
Fazias-me transpirar
Sonhando com coisas que nunca tive
Coisas perfumadas, como só tu mostras
É verão…
Fiz uma covinha, na areia fina
Vergonha que me vissem
Como uma caravela sem vela
Mas tu levavas as areias por mim acima
O calor do sol aumentava, na sua cor amarela
Pernas nuas, fio dental…
Quando tudo rima
Fenomenal
É verão…
Seios firmes, tapados por nada, ou quase…
Chapéu de sol e um sorriso de luar
No corpo espalhado o branco da base
Um creme que te fazia brilhar
Tudo parecia um sonho, uma visão
Maresia de areias cantando marés com a lua
Um tempo de verão
Que eu amava, só para te ver
Assim…
Quase nua

José Alberto Sá

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Se eu pudesse...


Se eu pudesse…

Se eu pudesse seria o teu elixir
Aconchegados acordaríamos os nossos afagos
Beijos molhados
Carícias suaves,
olhares apaixonados
O nosso existir
Se eu pudesse caía em teu regaço
Roçaria meu corpo no teu
Meus braços dançariam a dança do céu
Num forte abraço
Meus dedos te percorreriam,
como nas teclas de um piano
Ambos arderíamos… Se eu pudesse
E no silêncio do amor, os sussurros,
o queixume
Seria o pedido para que a brasa me aquecesse
Sentir por entre as pernas o teu perfume
O teu consolo
Se eu pudesse serias a cereja
No cimo do bolo
Beijaria teus pés com lábios sedentos
Língua de serpente procurando calor
Olhos brilhantes na visão dos ventos
O ar que respiras… Meu amor
Se eu pudesse… Roubar-te-ia
Aprisionava-te com minhas algemas
Se eu pudesse… Loucamente amar-te-ia
E na volúpia do amor, pedia que gemas
Se eu pudesse…
Eu seria o aconchego do teu peito
Se eu soubesse…
Tudo seria perfeito

José Alberto Sá

terça-feira, 26 de junho de 2012

Minha Rosa, minha vida


Minha Rosa, minha vida

E u te vejo assim
S ensível
P oderosa
I nigualável
N ua apetecível
H eroína espinhosa
O ndulada e comestível

D e pétala vistosa
E sbelta em qualquer jardim

R osa
O meu perfume em flor
S eiva apetitosa
A mor

A lma do vento
M escla das cores
O dor do tempo
R ainha das flores

D ádiva da natureza
E legante

S ua alteza
A mante dos meus olhos
N éctar triunfante
G igante quando aos molhos
U ma flor em minha vida
E ternamente… Querida

José Alberto Sá

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sempre nu


Sempre nu

Nasci nu
Alguém me lavou
Alguém me vestiu
O inocente
Ainda cru
Depois aprendi
Alguém me ensinou
Acompanhou
E conheci alguém
Docemente
Alguém me amou
Eras tu
Eu cresci
Beijaste-me
Pediste-me
Que somente
Novamente
Ficasse nu
Tal como nasci
Despiste-me
Sujaste-me
Usaste-me
Renasci
Amado
Confortado
Pensando que não cresci
Nu


José Alberto Sá

O teu silêncio


O teu silêncio

Torna-se quase impossível sobreviver
O silêncio mata-me
Vocês não ouvem?
Nem eu!
Impossível absorver…
O perfume da solidão
Vocês não ouvem?
O silêncio é teu!
Pensava que sentia o comboio passar
Mas no silêncio… Era o meu coração
Vocês não ouvem?
Não sou eu a sonhar
É o meu coração a bater
Eu sinto… Parecido com o soluçar
Um amargo entristecer
Do silêncio do amar
Impossível sentar à espera
O mundo parece não girar
O meu tempo já não é o que era
E o meu coração suaviza meu respirar
O silêncio é um barulho que me inquieta
Dói…
Mói…
Corrói…
Sinto o espetar de uma seta
Uma vontade de amar
O impossível sentimento auditivo…
Fala comigo
O teu silêncio é o meu castigo
Perdão…
O teu silêncio é dor que não quero
Espero…
Sou no silêncio, o estender de uma mão

José Alberto Sá

domingo, 24 de junho de 2012

Sempre verdadeiro


Sempre verdadeiro


Não consigo mais...
Meus braços já não te alcançam
Meu beijo secou
Mesmo com música, meus pés não dançam
Meu sorriso evaporou
Não consigo mais...
Cada foto tua que vejo, é o elevar dos sentidos
A tua pele de menina
O teu sorriso de bebé
Cada vez que te olho, sinto os gemidos
O bailado da libelinha
O teu corpo, o teu cheiro, num gole de café
Não consigo deixar de pensar em ti
Estás em tudo que alcanço
Não consigo mais...
Até a lua te reflete... Eu vi
Até o sol me dá o teu calor...
Até o mar é o teu rosto, lindo e manso
Até a terra tem teu perfume, o teu amor
Não consigo mais...
Em cada flor, eu vejo que me olhas
No céu vejo teus cabelos ao vento
Nos livros que escrevo, és tu que desfolhas
Até as palavras és tu que as ditas
Não consigo mais... Por quanto tempo
Sei que não acreditas
Sofro a cada segundo
És o ar que respiro
Vejo-te no alto, vejo-te no fundo
Não consigo mais... Te admiro
Então, já nada mais vale a pena
Sou um fracassado
Um inválido que sai de cena
Um ser mal amado
Incompreendido
Sofrido
Mas sempre verdadeiro, não choro
No meu mundo, onde moro
Te quero
Te amo
Te adoro

José Alberto Sá

sábado, 23 de junho de 2012

Aparição


Aparição

Escutava o velho
Sentia nas rugas o suor do tempo
A mão tremula apontava
Chamou-me... Fedelho
Falou-me com poder, numa voz de vento
Boca sem dentes que sabedoria mordiscava
E eu o admirava
Não tive medo... Ele era sábio
Roupa imunda e rompida
Saliva saltitante, corte no lábio
Olhos vidrados... No olhar da vida
E eu continuava a escutar
Ele tudo sabia... Tudo...
Falava de um mundo impossível
Eu não tive medo, o saber fazia-me mudo
Falava de uma vida incorrigível
Ele sabia do passado... Tudo me contou
As unhas imundas eram pretas
Eu... Não tive medo... Ele jurou
Que o que dizia, não eram tretas
O velho... Por fim sorriu
Olhou de novo para mim, me tocou
E me chamou...
Fedelho... Um calor por mim subiu
E ao me largar, não queria acreditar
Somente no chão uma borboleta
Uma alma que se iluminou
Ficando na vez de um velho que se evaporou
Eu... Não tive medo
E não é treta
Deus era o velho sábio, que me confirmou
Que a vida de ontem já passou
A de hoje ele explicou
A de amanhã será a vida que com Ele levou
Eu... Não tive medo... Deus me amou

José Alberto Sá

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O beijo da borboleta


O beijo da borboleta

Sentado no penhasco, ouvia as flautas dos pastores
Olhava o rio, caminhando para o mar
Imaginava-me a correr, para algo abraçar
E sorria, ao ver as ovelhas brincar por entre as flores

Uma manhã calma, onde as borboletas se beijavam
Miravam-se atravessando no seu bailado, o espelho do rio
No meu penhasco chorava, um coração frio
Saudades, verdades de tempos que me amavam

Tentava ali renovar, queria eu voar nas asas de um gemido
Recordar o tempo onde aos teus olhos vivi
Um coração, uma lágrima, um sentimento banido

Recordava o teu sorriso, olhando para o céu, olhava para ti
Na melodia das flautas, sentia-me de novo atraído
Sonhava que te beijava e de momento te senti


José Alberto Sá

Carro de marfim


Carro de marfim

Num carro de marfim, sentei-me com a lua
Os cabelos cor do sol, seu peito tentador
Fez-me sentir um rei, quanto amor
Disse-lhe: Quero ser teu. Respondeu: Quero ser tua

Suspirei, não queria acreditar e belisquei
Acordei com a dor e ela era de verdade
Num carro de marfim, quanta vaidade
Amamo-nos ardentemente, eu não sonhei

A sua luz, o seu clarão, a sua…
Guardei nos meus olhos aquele céu
Na minha boca senti sua pele nua

O seu ondular, o seu brilho, era todo meu
Húmida, delirante, amando na rua
À beira mar, o meu amor, no carro teu

José Alberto Sá

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Lágrimas


Lágrimas

São as lágrimas
Os olhos enevoados por algo perdido
No céu azul o brilho é da saudade
Sinto escorridos pela face
O pingar da dor sem liberdade
Os olhos vermelhos, um corpo dorido
E eu peço… Peço que a alma,
ultrapasse…
São lágrimas a poça no chão
O lago no fundo do vale
São lágrimas o mar, toda a imensidão
A dor, a mágoa, o vazio…
Não há quem cale
O frio….
O vento que sopra no meu olhar
A brisa do meu respirar
Quase em uníssono
Lágrimas sem dono
O rio corre tentando o mar alcançar
A dor é a lágrima, uma gota
Mais uma… Outra que vos quer falar
A ti… Menina marota
Não consigo parar de sofrer
Limpei a última lágrima, mas outra veio
Sou um impotente ser
Que deseja uma lágrima no teu seio
São lágrimas, a chuva que cai
O céu sente a minha dor
A terra larga o queixume que de mim sai
O mar é a saudade, o pedido
… Vem por favor
Vem ver uma cara triste
Uma lágrima em cada poro
Vem e mostra-me que o amor ainda existe
… E eu não choro

José Alberto Sá

Inesquecível


Inesquecível

Lembras-te dos pés marcados na areia fina
Ainda hoje o tempo não apagou
Estão cravados por mim acima
Numa saudade que nem o vento levou

Lembras-te do beijo molhado
Perto do mar, na duna que me cativa
Ondulada viagem num corpo amado
Molhado, por gotículas da minha saliva

Deves recordar o momento para lá do céu
Olhos revirados pelo delirar
Respiração ofegante, batida de um coração meu

Dois corpos abraçados num louco amar
Estasiadas vontades num corpo teu
Pés marcados na areia, para recordar

José Alberto Sá

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Lembranças


Lembranças

Tento não desperdiçar
As horas da minha existência
Tento controlar todas as badaladas
De um relógio que sabe contar
Delírios ou precipícios da nossa inteligência
Horas passadas
Cada segundo que passa, mais uma ruga
Tento fingir que não as tenho
Os cabelos brancos mostram a fuga
De um tempo em que me empenho
Sou do tempo da pedra na rua
De um tempo descalço
Relógio pendurado na charrua
Tempo de hoje envernizado, mas falso
Lembro os brinquedos de madeira… A roleta
Tempo bonito num jogo de pião
Lembro as caçadinhas, o arco e a gancheta
Badaladas pobres, mas ricas no coração
Tento não desperdiçar o tempo restante
As horas correm mais depressa
Ser homem, ser perfeito e ser infante
É contar as horas da promessa
Uma vida melhor… Que não se conta
Um tempo que tenho gravado
O puzzle que a vida nos monta
Peça a peça um ser amado
Amado porque lembra o tempo de trás
Amado por não desperdiçar o tempo de agora
Amado pelo amor, pela luz e pela paz
Amado por deixar escrito,
antes de partir… Ir embora

José Alberto Sá

Rico ou pobre, dinheiro ou amor


Rico ou pobre, dinheiro ou amor

C aro amigo
A riqueza é algo que nada me diz
S aúde aos sem-abrigo
A mor e ser feliz

C á está a minha vontade
A mar o mundo inteiro
R azão desta verdade
R ecordar a quem tem dinheiro
O real sentido do poder

E ao mundo do luxo dizer

D inheiro não é amor
I sso é de quem pensa, que tudo tem na mão
N ada como amar como se ama uma flor
H onrar-se amando o seu irmão
E quem assim não pensa
I rá ver que está errado
R aramente terá amor como recompensa
O u jamais será amado

Se és rico… Partilha
Se és pobre… Ama
O mundo da maravilha
É o amor, a minha chama

José Alberto Sá

terça-feira, 19 de junho de 2012

Já me sabes ler...


Já me sabes ler…

Quis colocar fragrâncias neste papel
Falar de mim, falar de ti
Já me sabes ler…
Escrevo palavras às quais sou fiel
Falo pelo que sinto, falo pelo que vi
Um olhar pela vida, o meu escrever
Sou feliz, mas a dor não me é impune
Sou simples, por isso sou amor
Falo de mim, falo de ti, isso nos une
Sou o jardim, tu és uma flor
Já me sabes ler…
Cada letra, um sentimento
Cada palavra, uma razão
Só assim sinto meu ser
Escrevo sem contar, as horas do tempo
Frases em mil batidas do meu coração
Já me sabes ler…
Mentiras… Talvez, sem magoar
Palavras que dançam a minha canção
Amor, harmonia, dois corpos a dançar
Eu e tu em louca erupção
É assim que desabafo sem querer
Palavras verdadeiras e sentidas
Já me sabes ler…
Frases de abraço sem despedidas
Hoje rabisquei o meu horizonte
Palavras sem segredos
Nascidas da alma, caídas na tua fonte
Sem medos
Um colo que me recebe
E me percebe
Um amor que me sabe enaltecer
Um sorriso que me sabe amar
Que me sabe dar
Já me sabes ler…

José Alberto Sá

Onde estás...


Onde estás…

Quero-te encontrar menina do tempo
Conversar contigo novamente
Sentir-te na brisa de um perfumado vento
Voz melodiosa, suave, comovente

Dizias-me: Bom dia, olá sol
Dizia-te: Bom dia, olá luz
Eras realmente a luz do girassol
Hoje és o calor da minha cruz

Tenho saudades de ti amor
Jamais te consigo esquecer
Lembro a magia da tua palavra

Tudo em ti era louvor
Amamo-nos sem nos conhecer
Sou a terra desejosa, onde teu coração lavra

José Alberto Sá

Deambulando por aí


Deambulando por aí


C horo…
O vermelho dos meus olhos é dor
N ódoas de agora, dias onde moro
S audades de uma flor
T antas vezes te ouvi
A mor meu, agora só o teu silenciar
N aco de pão que não comi
T ertúlia de amor, o nosso falar
E agora não me falas… Porquê?

S oberba criatura que amo
A nda e vê…
U ivos de um lobo perdido
D oido pelo tempo passado
A mando na saudade… incompreendido
D edos trémulos sem te ter abraçado
E faminto por um beijo, nunca dado

D ilúvio é o tempo em olhos de humidade
O lhos cravados em ondas de imaginação

M omentos de pura claridade
A lma poética, um lindo coração
R osas com espinhos, a saudade

Do meu mar… Amar
Pura verdade…

José Alberto Sá