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sábado, 29 de novembro de 2014

Onde vais...

Onde vais…

Onde vais amor
Com esse fugidio olhar
Onde vais nesse grito,
que é teu, só teu sem dor
Onde vais amor
Com essa garganta de cantar
Onde vais nesse curvar do gemer
Nesse lábio carmim
Onde vais… Onde vais…
Com olhos de saber
Em amor que geme sim
Que ondula pelos ais
Onde vais… Onde vais…
Meu amor
Onde vais de perfume louco vestido
Meu amor, onde vais
Eu vou contigo


José Alberto Sá

Vou casar

Vou casar

Namoro uma flor desabrochada
Uma lua no céu plantada, na luz do jogo
Vestida de amor de pele molhada
Na água exaltada pela vontade do fogo

Namoro um sol que se ergue pela graça
Um mar de horizonte marcado pela alma
Vestido de azul de sonho com raça
Num corpo de mulher que o homem acalma

Namoro a candura de um poema cantado
Uma prosa maliciosa pela beleza sensual
Vestida de calor num desejo marcado

Vestida de ardor neste corpo tão real
Que namora a vida pelos sentidos do amado
E assim vestido, vou casar com o mundo tal e qual


José Alberto Sá

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

O teu poeta

O teu poeta

Fustigas-me assim…
Espias-me a cena…
E mesmo sendo tu pequena
Apertas-me a essência do frenesim
E num mundo que diz sim…
O não, não vale a pena

Olho-te e apalpo-te com a íris do azul olhar
Respiro-te e absorvo-te completamente
E no esmagar das vontades, bebo-te docemente
Num desafio embriagado pelo teu luar

Fustigas-me e te amo na contemplação
Mulher de rendas e pernas desnudas
Formosura de intensa copulação
Na vontade cega do pensar,
na esperança das tuas mudas
E na verdade do meu poetizar

És o álibi quando te vejo… E é tão pouco
Que imagino por entre pernas,
o magma em carne viva
E rouco… Muito rouco
Grito por ti, no silêncio das arribas
Erguidas como eu… Poeta louco

O teu poeta…

José Alberto Sá

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Já te contei...

Já te contei…

Quando abro meus olhos de pranto e dor, escorre-me uma lágrima de melodia triste.
Já te contei…
Que sossegadamente te vejo correr, pareces um rio que corre e me chama de menino.
Já te contei…
Que quando abro meus olhos de loucura e amor, escorre uma lágrima que galopa por ti.
Belo é, sentir-me rio, mas rio homem… Porque choro e sinto serenamente a prosa comovente, o poema absorvente de ti.
Rude é o movimento da intriga, da corrida, desse vento que passa por mim e te leva. Quase te agarro… Tu não paras… Foges.
Quando abro meus olhos de amargura, sem cor, escorre uma lágrima que me atura e me deixa tranquilo num mar, quando chegado de um rio sofredor.
Já te contei…
Lembras-te? Falávamos por vezes e eu amava o teu sussurro, respiravas somente… Comovente. Eu te amei sempre… Sempre…
E de olhos abertos sinto uma espada a mim direccionada e atrás uma parede que não me deixa fugir… E tu ali tão perto, corpo incrivelmente belo… Nu.
Já te contei…
Que sempre te imagino de corpo nu… E quando abro os olhos ferido pela ausência sem razão… Tu sabes e feres…
Tu sabes como sofre meu coração… Assim queres…
Já te contei…
Tu nada tens para me contar…
Quando abro os olhos e não estás… É por te amar na lágrima do meu chorar.
Este rio homem que deseja, desaguar no teu mar…


José Alberto Sá

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Em tom vermelho

Em tom vermelho


É vestido de quimeras e aromas canela
Que vivo num olhar puro e selvagem
Que procuro por entre folhas a luz amarela
Um amor vestido de folhas em camuflagem

É no rio a transbordar de canela, minha cor
Que translúcido desejo o aos ao relento
Que sonho loucuras de cegueira e amor
Numa dança de folhas canela, num ventre sedento

E no perfume que queima a minha boca
Caminho rio abaixo até ao joelho
E vestido de sede, bebo na doce e louca

Na cor canela de uma folha que aparelho
Quimera selvagem que a minha voz põe rouca
Em gemidos de prazer, numa folha de tom vermelho


José Alberto Sá

domingo, 23 de novembro de 2014

Por entre as nuvens

Por entre as nuvens

As nuvens carregaram em tons brancos, a melodia do momento, porque eras tu que as pintavas, com esse carregado olhar de algodão doce.
Se eu pudesse e se tudo fosse… Abraçava.
Abraçava os teus olhos que se evaporaram para se diluir naquele céu, naquele doce sentir penetrante igual ao meu… Pois meu era o azul, a cor celeste que as nuvens levavam, gritando o teu nome, teu querer, teu sorriso num transbordar de amor…
Se eu pudesse e se tudo fosse… Eu te amava.
Amava os teus olhos que me penetraram e eu não consegui dizer que não… Agora tenho-te dentro de mim, como o céu tem as estrelas… Imponentes, altivas, eu amo as estrelas dessa tua íris, dessa tua boca que grita nua sem nada dizer, mas completa de desejo…
E as nuvens carregaram até mim, aquela chuva miudinha que molha devagar, mas intensa e provocante em humidade…
Se eu pudesse e se tudo fosse… Eu te roubava.
Roubava esses teus olhos que chamaram para que eu os tocasse, para que eu tocasse o teu corpo, tua pele… Quis-te dizer que eras o universo no meu olhar… Eu senti por entre as nuvens pintadas por ti, que também me querias roubar… Nem que fosse um breve momento
Que mesmo num dia cinzento… Fossemos o sol unido e presente…
Os teus olhos gritaram vontades, teu corpo me chamou... E nesse chamar de verdade, nesse olhar docemente, o amor nunca mente… O teu olhar quer… O meu olhar sente.


José Alberto Sá

Meu e teu

Meu e teu


Meu é este corpo que sente falta de ti
Teu é o desejo que eu sinto e já amo tudo…
O que ainda não vi
Meu é o sofrimento pelo orgasmo da ausência
Teu é o corpo que sonho e já amo tudo…
O que existe na tua essência

Meu é o flamejante querer, transes que ardem comigo
Teu é o fogo que não me deixa aquecer e já amo tudo…
O que quer acontecer na luz e na vontade… Contigo
Meu é o pincel que retrata a delícia de um olhar perdido
Teu é o esconder de uma tela perfeita e já amo tudo…
O que retrata a nudez de um perfume escondido

Meu é o Cristo redentor, que sabe de minha vontade
Teu é um sol, uma lua que ilumina e eu já amo tudo…
O que conscientemente me leva sem idade
Meu é o existir num homem que diz e fala
Teu é o elixir numa mulher bela e eu já amo tudo…
O que te peço e o que meu olhar não cala


José Alberto Sá

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Queres-me tal como te quero

Queres-me tal como te quero

Queres-me…
E eu fujo da tua fome, pela minha carne
E eu quero-te…
E eu desejo assim de ti, esse charme
Ambos queremos…
Tal como te quero, te sinto
Tal como te desejo e não minto
Tu queres-me,
num amor perfeito, um oceano, um labirinto
E eu quero-te,
na perfeição de uma rosa
Com espinhos que agarram e amam
Como a palavra que sai melodiosa, gulosa,
num querer sem igual.
E as vontades chamam…
Chamam e navegam, levitam por aí, tal e qual
Como me queres… Como te quero…
Tu és... Eu sou... Nós somos.
Somos o quê?
Somos a razão de quem lê!
De quem sente como nós…
Eternos sonhadores, perdidos de amores!
Mas nunca sós
Tu queres-me…
Eu quero-te…
E peço que,
não me deixes perder de ti.
E pedes…
Que não me faças sofrer pela carne,
que desejo e não vi


Dueto: José Alberto Sá/Musa

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Inquietude do sol

Inquietude do sol

Lá fora o tempo passa, cá dentro o tempo ultrapassa o que se passa por aí…
Penso somente… Enroscado, nu na pedra fria do meu chão.
Fecho os olhos e vejo o tempo lá fora! O escuro, humidade, frio, pouca claridade… Somente o chão da minha casa… Que me lembra a solidão.
Cá dentro foi-se o brio… Lá fora, o tempo não me abre os olhos para que veja a luz, que faz tempo não vem…
Estou só… Muito só, estou triste cá dentro… Lá fora a chuva é indiferente… Menos o meu chão, neste corpo cru.
Penso somente… Sentado, nu… Neste chão sem amor… Tu.
Até tu és tempo que passa… Que passou… Que passará…
Lá fora a chuva é companhia, se de olhos fechados o meu pensamento é noite… É dia… Porque penso… Penso alto, muito alto… Muito acima do meu chão.
Porque até tu és tempo que passa…
Cá dentro, eu penso que a chuva é tempo, de um tempo que lá fora me faz lembrar.
Que cá dentro o tempo passa, tão rápido, tão devagar…
Que nem dou pelo corpo despido… Cru e nu, a pensar num tempo, onde o pensamento… És tu. Que passou, que passa e que passará.
Abro os olhos e o sol se inquieta… Lá fora a chuva é voz que liberta… Cá dentro no meu pensamento, a porta é luz e se mantém aberta…


José Alberto Sá

domingo, 16 de novembro de 2014

Voo da íris

Voo da íris

És o olhar branco, que voa juntinho do céu
És a pluma que suaviza o mundo de um coração
A luz que te procura sou eu, neste azul que é meu
A mistura que desejo em teu olhar branco…
Teu amor franco… Na minha mão

És a pomba que voa num céu estrelado
És o sonhar que realiza o que eu sinto
A luz que te ilumina é esse teu olhar, por mim levado
A mistura de tons pastel, as cores que eu pinto
Teu amor doce… Na minha mão poisado

És nuvem que passa e ama na doce textura que sois
És perfume mesclado num voo de menina
A simplicidade num olhar, que voa para um depois
A vontade num céu, onde o olhar branco adivinha
Teu amor, meu amor… Voando num olhar a dois


José Alberto Sá

Meu coração

Meu coração

É na copa de um coração, o meu talento
Que eu vejo a luz do firmamento
Que eu sinto a arte tão docemente
Que a maior proeza é voar num vento
Que sopra amor livremente
Como sopra o meu carinho, certamente

É na copa de um sorriso, que quero sonhar
Que eu contigo sinto as brisas do horizonte
Que levo no peito a alma a pulsar
Que maior riqueza que a água da tua fonte
Que salva as areias do meu mar
Como salva os abraços e eu que os conte

É na copa de um beijo, em ti menina
Que brilha o sol, por entre teus lábios, meu alimento
Que canta a humidade na voz tão pequenina
Que maior é com certeza, o olhar do pensamento
Que na copa do amor, sente o ardor por ti acima
Como sinto na copa um coração, o meu talento


José Alberto Sá

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

E...

E…

E se o mundo me dá
Eu sei o que ele quer
Quer que eu seja amor
Que eu seja flor
Igual a um Malmequer

E se o mundo me dá
Eu sei de seu coração
Sei a vontade e o sabor
Sei a vontade do amor
Igual ao amor de irmão

E se o mundo me quer
Eu sei o que ele me dá
Mares de amor, num mundo qualquer
Um amor num olá
Uma luz para mim, se ela vier



José Alberto Sá

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Violação!

Violação!

Violação colectiva! Vou deixar aqui alguns pormenores…
Foi burlesco sentir tantas vontades em agarrar… E o incrível é que elas deixaram!
Um escândalo capaz de levar num emaranhado, os olhos e os pensamentos mais sensíveis.
Sinto que fui excessivo até, dá para rir, para chorar, para sentir e para voar…
Sinto-me autor dessa tamanha façanha, essa escandalosa página da minha vida!
Vou deixar pormenores…

Violação, pois elas deixaram que eu as desnudasse para mim!
Burlesco, pois elas deixaram que eu as deitasse dentro dessa página!
Incrível, pois elas deixaram que eu as sentisse por dentro!
Escândalo, pois elas me desafiaram a percorrê-las até ao fim!
Excessivo, pois elas queriam que os outros soubessem!
Façanha, pois conseguir com que elas me sentissem, não foi fácil!
Vou deixar pormenores…

Violação colectiva! Foi um momento como tantos outros na minha vida…
Amo violar as palavras e ser burlesco com elas, deitá-las em minha página ou erguê-las para mim… Sentir o incrível que elas transportam em meu pensar.
Escandalosamente as sinto, porque elas continuam nuas, prontas a outras violações.
Vou deixar pormenores…

Sigam-me e leiam as palavras violadas por mim!
Sozinho… Sem vergonha!



José Alberto Sá 

Eterno

Eterno

Acordei a pensar, o que será que torna o mundo eterno, qual a base do universo, qual a vontade da luz perante o meu pensamento.
Acordei admirado com os raios que entravam pela janela, vi soltar no ar vazio o pó que sem luz não existe…
Reparei, que de luz apagada eu também não existo, existirei se me tocar!
Então eu sou como o pó que se ilumina da luz, na vontade de poder voar, ou seja, na vontade de que os meus olhos o admirem.
Corri a persiana, quis sentir e imaginar o escuro, o pó sumiu… Tal como eu! Ou não… Toquei-me e senti que existia, mas sem rosto, sem cor… Vazio…
Mas o mundo é eterno para o pó… Para mim não, ainda sou mais fraco, o tempo me ensinou que nascemos do pó e em pó nos tornamos, verdade!
Então, talvez eu seja eterno!
Talvez um dia eu brilhe num quarto escuro, quando a luz entrar pela fresta da persiana… Talvez alguém me veja voar e se lembre de pensar…
Como eu… Como ele, pó!


José Alberto Sá

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Oh... Não!

Oh… Não!

Se os sentidos são…
Os beijos sentirão
As lágrimas saltarão
As mãos agarrarão
A boca humedecida soltará respiração
Serão… Línguas unidas
Pelos sentidos do coração
Se os sentidos são…
Os prazeres de um sim,
no êxtase do não…
Não… Oh… Não!




José Alberto Sá

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Bebo-te no fogo

Bebo-te no fogo

Vós que em vosso inferno ardeis… Beijai-me
Amo-vos tanto e nada me dizeis… Falai-me
A sede de ti é pedido de inverno…  Abraçai-me
E em braços de um corpo carente… Levai-me

Vós que ardeis num fogo de insaciedade
Amo-vos tanto, que meu coração cheio é teu
A sede de ti é calor, se me derreto contigo na verdade
Nessa tua boca, que a dizer te amo é meu céu

Vós que de ancas e seios sois bela, mas escondida
Amo-vos tanto, que já só a pose me encanta
A sede de ti são uvas pisadas numa adega de calor

Numa voz doce como mel, que a nada se obriga
Vós que ardeis num olhar de luz, que me espanta
No fogo de ti que sinto, meu perfume, meu amor


José Alberto Sá

domingo, 9 de novembro de 2014

Vá lá...

Vá lá…

Vá lá…
Erguei este meu sorriso e dai-me de vós
Vá lá…
Sejas com pressa a vontade deste meu pedir
Desejai comigo a queda dessa camisa
e tudo sem nada
Vá lá…
Sejas a luxuria deste meu sentir,
sem as tuas mãos a impedir
Desejai comigo a nudez do umbigo
e que sejas a minha fada
Vá lá…
Falo para vós, para mim contigo… Sós

Desejai sentir a minha voz dizer – Amor
Desejai sorrir pelo meu corpo – Calor
Desejai comigo sentir a doçura – Fervor
E na nudez dos nossos olhos,
deseja comigo a união da nossa cor

Vá lá…
Tudo farei,
tudo farás num desejo perfeito
Beijai-me e calai-vos agora!
… Céus! Sente a melodia, estamos a meio da refeição
Tendes razão!
Vá lá…
Esse que beijas é o meu coração
Desejai sentir no pulsar do teu ventre, a minha mão
Vá lá… Amor

José Alberto Sá


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Simples nascer do êxtase

Simples nascer do êxtase.

Nasceu o êxtase quando vi a donzela virgem amarrada num laço de cetim.
Rendas… As rendas torneavam-lhe o corpo aos olhos dos que gritavam babados!… Gritos de quem queria um pouco de pele…
Os braços bracejavam em chamamentos loucos… Nasceu o êxtase aos olhos de mim.
A praxe ou o castigo ofereci ao meu coração, senti na garganta o pulsar, boca seca.
Tremia de tesoura na mão… Um laço de cetim, pele sedosa, menina vaidosa, nascida para amar, queria ser eu a cortar!
Queria! Queria tanto cortar o laço, eu gritava… Os outros também gritavam…
Balburdia num recanto de mar, onde a donzela num barco á vela acabava de chegar.

Queria eu ser o primeiro, amo a arte, o corpo… O amor.
Empurrões e palavrões saíam por entre gargantas famintas… Um corpo deslumbrante, sorriso triunfante e os olhos rebentavam ansiosos derretidos pela vertigem…
Suores, respiração ofegante… Descia a virgem.

E eu, novamente gritei o nome, quis passar na frente e desejei que ela me olhasse.
Todos!
Todos correram pela areia da minha praia, todos quiseram tocar a menina que descia sem saia… Todos! Menos eu, que fiquei paralisado!
Só… Só eu e a areia fina. Todos quiseram ver a virgem de perto, tocar-lhe, levá-la se possível.
Fechei os olhos e me ajoelhei, estava triste sem forças, sem vontade de me erguer.

Sussurros de um mar feminino perguntaram - Quem és tu?
Respondi - Sou aquele que de tesoura na mão, quis cortar as rendas e sentir um corpo nu. Sou aquele que desejou sentir um coração transparente, como as rendas e um pulsar vermelho igual ao laço de cetim.
Uma voz doce de maresia perfumou-me - Levanta-te, o coração é o teu viver, as rendas são parte de uma vida transparente, o vermelho do meu laço são a cor do teu abraço e o cetim são texturas puras que te querem por seres assim.

Olhei para cima e me ergui… A donzela deixou cair as rendas, a minha tesoura tinha cortado o laço vermelho de cetim… Virgem diante dos outros era agora uma flor em meu jardim.
Nasceu o êxtase, a donzela veio! E na louca corrida, venceu o amor diferente dos outros… Eu…
Nascido em êxtase, crescido em amor, quis falar de uma virgem que vive para os outros como vive para mim… Fui escolhido para que o amor não tenha fim.

Gritem, amem, mas não se atropelem… Não sereis vistos na multidão, o amor aparece nascido em êxtase. Simples, harmonioso e belo… Basta sentir o mundo diferente aos olhos dos que gritam obcecados.


José Alberto Sá

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Caminho pela estrada da vida

Caminho pela estrada da vida

A estrada?
Não é o tesouro prometido
Não é o jardim das delícias
Não é a lenda de um amor amigo
Não é o paraíso de suaves carícias

A estrada?
É abismo se fores da sua cor… Cinzento!
É medonho se fores da mesma temperatura… Frio!
É obsceno se nela parares… Não terás tempo!
É sofrimento se correres com vergonha… Sem brio!

A estrada?
É igual ao caminho que Deus nos ensinou… Vai
É igual ao caminho onde Deus nos criou… Segue
É igual ao caminho que Deus quer hoje… Estai
Pois a estrada de Deus, é um amanhã se O seguir… Não se negue

A estrada?
É o caminho por onde pisas… É Amor
É o caminho por onde sorris… É Amizade
É o caminho por onde acenas... É Louvor
É o caminho por onde te sentes acompanhado… Deus É a Verdade

Caminha direito e verás… Não há idade!


José Alberto Sá

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Poisado em ti

Poisado em ti

Digo eu…
Sonho-te em momentos em que a roupa cai… E nunca te despes!
Metes a mão e desces… Tudo sobe, tudo ferve e bate meu coração.
Secreto é o dedo que foge, que desliza por entre as rendas da camisa, movimentos de fogo, em que o jogo é o secreto cair de roupa que desejo, mas não vejo.
Somente vivo num sonho, poisado em ti.
Digo eu…

Sonho-te em mimosos contornos num esquentado e humorado sorrir, pois anseio pelo milagre da noite… Sentir o ventre surgir e entrar despido no escuro. Não acenderei a luz, não poderia estragar o meu sonho… Sentir-te será a vontade de um anjo sem asas, sabendo que estás ausente do mesmo voo.
Porque somente vivo num sonho, poisado em ti.
Digo eu…

Sonho-te em bebidas espirituais, sucos divinos, humidades que me saciam os lábios, como correntes de lava de uma boca vermelha… Espero-te… Vem para te despir na minha luz, ela te mostrará ao sol que entra através da do meu céu, no sonho a minha telha.
O sonho é contínuo, não pára de ser meu amante… Tu vens a roupa cai e nunca te despes!
Digo eu…

Nos sonhos feitos de ti, menina diamante.
Tão simples como a realidade, se vens, se queres, se amas o amor num sonho de liberdade.
Digo eu…


José Alberto Sá