Eterno
Acordei
a pensar, o que será que torna o mundo eterno, qual a base do universo, qual a
vontade da luz perante o meu pensamento.
Acordei
admirado com os raios que entravam pela janela, vi soltar no ar vazio o pó que
sem luz não existe…
Reparei,
que de luz apagada eu também não existo, existirei se me tocar!
Então
eu sou como o pó que se ilumina da luz, na vontade de poder voar, ou seja, na
vontade de que os meus olhos o admirem.
Corri
a persiana, quis sentir e imaginar o escuro, o pó sumiu… Tal como eu! Ou não…
Toquei-me e senti que existia, mas sem rosto, sem cor… Vazio…
Mas
o mundo é eterno para o pó… Para mim não, ainda sou mais fraco, o tempo me
ensinou que nascemos do pó e em pó nos tornamos, verdade!
Então,
talvez eu seja eterno!
Talvez
um dia eu brilhe num quarto escuro, quando a luz entrar pela fresta da
persiana… Talvez alguém me veja voar e se lembre de pensar…
Como
eu… Como ele, pó!
José
Alberto Sá
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