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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Voei


Voei


Voei sobre tua claridade

subi céu acima

Voei... Quanta vaidade

Quando transpus o teu sol que me estima

Voei não querendo parar

Subi, subi, subi, querendo te levar

Poisei numa nuvem

Quis te beijar.


Voei sobre tua saudade

Te vi e senti na dança do vento

Voei e senti liberdade

Voei sobre teu corpo de veludo

Meu contentamento

Meu tudo...


Voei para lá da imaginação

Voei, voei, voei na calma do amor

Voei contigo em meu coração

Voei em asas de Condor

A brisa me falava

Dizendo-me baixinho

Que teu amor, comigo voava

Na vontade de um beijinho.


Voei contigo todo o dia

Voei contigo ao deitar

Voaste comigo, em pura magia

Voamos os dois num lindo sonhar

Voei sem quer poisar

Tuas penas se misturaram nas minhas

Tinha medo de parar

Por isso continuei

dentro de tuas peninhas.


Voei, voei, voei...


José Alberto Sá

Tu...


Tu...


Tu...

Tu que me queimas

Tu que me rasgas

Tu...

Tu que me teimas

Tu que me amargas

Tu...

Que vives dentro de mim

Que me iluminas

Tu...

Tu que me desejas

Tu que me devoras

Que saltas em meu trampolim

Que me adivinhas

Tu...

Tu que me beijas

Tu que me namoras

Tu...

Linda em raios de luz

Olhar puro de cristal

Tu...

Que me amas em Jesus

Tu... Poder total

Tu...

És a diva

És a musa

Tu...

Que me cativa

Que me usa

Tu... Somente

Tu...


José Alberto Sá

No cinema


No cinema


Sentado

Num banco almofadado

Sentia quentinho em minha mão

Apaixonado

De cabeça no teu ombro

Descansando meu coração


Sentia quentinho por entre os dedos

Suavemente te levava à boca

Não existiam medos

Menina marota

Abrias tua boca sedenta

Ansiosa

Menina vaidosa

tecida de fios da roca

E eu te beijava

Eu te amava

Num beijo molhado

Sabendo a pipoca


Sentia quentinho

Pipocas na mão

Sentia entre os dedos o desejo

Daquele doce e estaladiço grão

Que nos envolveu aos dois,

num lindo beijo

O filme... Não sei

Estava escuro e só sentia

O teu cheiro doce

Das pipocas que amei


O filme passou, como se não fosse

Só a ti queria

Pipoca doce

do lindo pacote

Que me fez transpirar

Que te fez suspirar

Pelos grãos que caiam

no teu decote


Sentado

Só quis amar


José Alberto Sá

domingo, 30 de outubro de 2011

Preciso de ti


Preciso de ti


Na minha vontade, eu teria chegado,

muito mais além

Na minha vontade, eu teria amado

e

nunca ficaria aquém.


Palavras me transmitiram

me trespassaram

me feriram

Tive vontade de mais

Caminhar, ir até...

Tive vontades reais

Fugir, andar,

sangrar de pé.


Por ti tudo faria

Sairia do mundo,

no fogo caminharia

desceria mais fundo

Palavras não me quiseram

Ameaças me ofereceram

... Arrelias

Na vontade tudo querias

nada pedias

e me sorrias.


Um dia nada quiseste,

tudo perdeste

Não caminhei

Não andei

Não procurei

Fiquei quieto em minha metade

No silêncio

Na verdade

Na vontade

de

te querer de volta

minha revolta

minha saudade.


José Alberto Sá

Minha sede


Minha sede


Rios de amor

Correi em meu corpo

No labirinto das minhas veias


Tudo quero e tudo anseias


Desaguai no estuário

da minha vontade

Correntes de paixão

do meu imaginário


Pura verdade


Águas límpidas

como a sede do meu querer

Rios de vida

em meu coração

O meu ser


Gotas da nascente

da tua boca

Humidade que me rega

de água quente


Me lavo em ti... Somente

Menina que nada me nega


Pura água do rio

Sangue das minhas veias

Prendo-me a ti, num leve fio

Como aranha nas suas teias

Do rio ao mar

Do coração até ti... Querida

Linda e pura, sede de amar

Onde bebo de ti e minha boca

te sorri...


Gota da minha vida.


José Alberto Sá

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Aberto


Aberto


Abri as mãos de agradecimento

Abri meu olhar, meu enriquecimento

Abri meu coração de contentamento

Abri meu ser, meu sentimento

Abro-me ao mundo agradecendo

Abro-me de mãos e coração

Abro-me acreditando, mesmo não sendo

Abro-me querendo ser teu irmão

Abertura minha… Vos recebo

Abertura do meu abraço, vosso colo

Abertura da minha vontade, eu vos percebo

Abertura da minha casa, meu solo

Abre-te para mim sendo igual

Abre-te para em mim, sejas quem for

Abre-te comigo, também sou real

Abre-te amigo, de qualquer cor

Abrindo a mente te respeito

Abrindo meu coração me ofereço

Abrindo minha vida, te dou meu leito

Abrindo para ti tudo, nada te peço

Sou uma abertura em pensamento

Sou uma abertura no olhar

Sou uma abertura em alimento

Sou uma abertura em vos amar

Assim Deus me fez aberto

Sem cadeados, sem portas, em liberdade

Assim eu sou quando me liberto

Abrindo meu coração à minha vontade

Abri este poema em amor profundo

Escrevi estas palavras abertas, para vos contar

Recitarei esta prosa, aberto ao mundo

Dizendo que me abri para vos amar


José Alberto Sá

Sim... Poemas


Sim… Poemas


Até os anjos me vêem falar

Sim…

Até o mar me quer namorar

Sim…

Anjos do céu,

que de lindo véu, me vêem recitar

Poemas do meu caderno,

que convosco vim partilhar


Até as flores me vêem hipnotizar

Sim…

Até as árvores me vêem fascinar

Sim…

Natureza de lindo encanto

Relatos de ti, menina bonita

Poesia dita em voz de canto

Na dança da minha escrita


Até o rio me vem perseguir

Sim…

Até o sol me beija

Sim…

Sentimentos do meu sorrir

Poesia que a minha mente deseja

Nos desabafos do meu sentir

Sim…

Poemas que saem de mim


José Alberto Sá

Tua voz


Tua voz


Vi o sol

Vi a luz do luar

Ouvi cantos de rouxinol

Vi o mar

Vi uma estrela brilhante

Vi flores

Recebi beijos… Delirante

Vi no arco-íris mil cores


Senti calor

Senti felicidade

Senti amor

Senti claridade

Senti o vento

Vi os pássaros voar

Pareciam flores ao relento,

do meu sonhar


Vi e senti

De olhos fechados tudo senti

De olhos fechados tudo vi

Somente porque te ouvi

Abri os olhos,

estavas ali

Na tua voz melodia

Voz que para mim sorri

A minha alegria

Te ouvi, nesse dia


José Alberto Sá

Te ouvi...


Te ouvi…


Sentia-te nervosa

Tuas palavras soluçavam

Dessa boca melindrosa

Palavras que me amavam

Eu senti teu nervosismo

Eu percebi tua vontade

Leitura da mente, meu preciosismo

Sentimento da verdade

Compreendo-te amor

Foi o primeiro som

Tremias ao vento, linda flor

Eu tremia de coração

Teimei em te ligar

Teria de conseguir

Poder te ouvir, te amar

Num simples som do teu sorrir

Que bom aquele momento

Que voz linda, doçura de cordas vocais

Sussurro tremido, onde me sento

Com vontade de querer mais

Muito mais te quero ouvir

Muito mais te quero dizer

Palavras do meu sentir

Som de tua boca, meu enlouquecer

Foi bom te ouvir falar… Meu mar

Foi bom sentir-te… Meu mundo

É vontade minha te amar

Te imaginar a cada segundo

Tremíamos os dois pela paixão

Tremíamos os dois de ansiedade

Falamos com o corpo em combustão

E ficamos ainda com mais saudade

Ainda com mais querer

Com mais e mais calor

Vontade de te receber

E te dar todo o meu amor


José Alberto Sá

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Meu toque


Meu toque


Tacteando com meus dedos

Senti vontade de mexer

Imaginei-te sem medos

No tacto do meu escrever

Dedos delicados

Sensíveis ao tocar

Dedos apaixonados

Prontos a te amar

Tacteando melodias

Toques musicais em tuas linhas

Dedos meus a quem pedias

Teu amor, vontades minhas

Dedos que sobem e descem

Em movimentos suaves

Dedos que te levitam

No voar de muitas aves

Dedos provocadores

Toques arrepiantes

Deslizamentos de mil cores

Dedos humedecidos, como amantes

Tacteando teu ventre, teu umbigo

Dedos de malícia sem maldade

Dedos ansiosos do teu amigo

Vontades da minha vaidade

Sentis-te calor, num toque de dedo

Coras-te de apetite devorador

Meu corpo te possuiu sem medo

Meus dedos te amaram… Meu amor


José Alberto Sá

Realidade


Realidade


Mundo de corpos moribundos

Mundo sem respeito

Mundo sem fundos

Mundo sem berço, onde me deito

Terrível ansiedade e irritação

Poder monetário

Sem sensibilidade, sem coração

Corpos abandonados pelo poder… Otário

Todos sabem mandar, nada se realiza

Todos sabem governar

Mas ninguém suaviza

O mundo do meu amar

Mundo de material

Mundo de superioridade

Mundo animal

Não minto… É verdade


Cheira-me a podre, a porcaria

Putrefacção provocada

Num mundo sem harmonia

Um mundo em derrocada

Tempestades, furacões

Tremores e calamidades

São vozes de mil razões

Na revolta das atrocidades

Vozes de Deus revoltado

De um mundo sem regras, sem amor

Vozes de alguém preocupado

Com a injustiça, com a dor


Amo a vida, me ensinaram

Respeitar, trabalhar e amar

Abraço o meu mundo, que assaltaram

Simplesmente para nos roubar

Não tenho dinheiro

Isso não levaram

Só tenho amor… Amor verdadeiro

Isso rejeitaram

Nada mais tenho para dar ao mundo

Só respeito, amizade e minha vontade

Luto para que não me vá ao fundo

Luto pela minha liberdade

Neste mundo!


José Alberto Sá

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Imaginação


Imaginação


Miragem…

Dunas envolventes

Viagem…

Para os meus dentes

Atração...

Modelo magnético

Exaltação…

Pulsar frenético

Vontade…

Subir duna acima

Verdade…

No curvar da menina

Querer…

Fogo em meu membro

Ser…

A cada segundo me lembro

A verdade no meu olhar

Sedução…

Liberdade no meu falar

Palavras do coração

Miragens que todos comem

Viagem minha em corpo teu

Sendo homem

Seres tu... Miragem do Céu


José Alberto Sá

Se me lembro


Se me lembro


Lembras-te amor?

Lembras-te do apertado abraço,

que te dava?

Lembras-te de todo o meu fervor,

te dava todo o meu espaço?

Lembras-te que só a ti amava?


Lembras-te dos beijos sufocantes?

Lembras-te do olhar só teu?

Tudo que tinha te pertencia.

Todos os instantes.

Te dava todo o céu.

Lembras-te de toda a magia?

Lembras-te do meu corpo suado?

Lembras-te da minha alegria?

Tudo para estar a teu lado.


Lembras-te da chuvada que apanhei,

para que não te molhasses?

Lembras-te da canção que te cantei,

para que me escutasses?

Todo o meu tempo, tu esgotavas.

Lembras-te do banho a dois?

Lembras-te do meu perfume que inalavas?

Lembras-te pois.


Era só teu, até meu coração.

Lembras-te da minha promessa?

Lembras-te da minha confissão?

Era um amor sem pressa.

Era teu, lembras-te?

Hoje passas-te por mim, talvez por engano.

Me sorriste.

E lembrei-me que ainda te amo.

Porque partiste?

Lembras-te?


José Alberto Sá

Ao telefone


Ao telefone


Telefonei-te

Estavas ausente

Escutei-te

o silêncio somente

Teimei

ansiedade

Eu sei

da minha vontade

Te amo

e marquei novamente

não por engano

sou crente

Telefonei-te

queria te falar

Marquei-te

para te amar

Estava nervoso

Tremia

Era teimoso

Pois te queria

Repeti várias vezes

Teclei

Telefonei não sei se dias… Se meses

Eu sei

Que te telefonei repetidamente

Sem voz

Telefonei incessantemente

Para vós

Nada

O silêncio teimava

E eu inalava

A mudez que eu amava

Telefonei-te

Para contigo estar

Amei-te

Podes acreditar


José Alberto Sá

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Palavras


Palavras


Palavras ditas

Desculpas

Palavras malditas

Culpas

Palavras sentimentais

Pensamento

Em palavras ditas normais

Do meu alojamento


Palavras que digo

Sem ferir

Palavras de amigo

Do meu sorrir

Palavras de amor

Do meu coração

Palavras com dor

Da minha paixão


Palavras de encanto

Magia

Palavras que escrevo em meu manto

Poesia

Palavras minhas

As tuas

Palavras sobre as linhas

Nuas

Palavras


José Alberto Sá

Tu me dás


Tu me dás


O céu ofereceu-me uma estrela

O sol me deu todo o seu calor

As nuvens me deram a sombra

O mar me deu uma caravela

A terra me deu o amor

E nele meu coração tomba


Quanta oferta milagrosa

As árvores me deram abraços

As flores me deram o cheiro a rosa

O amor me deu, poesia nos traços

Me deram o veludo de teu rosto macio

Me deram tua pele perfumada, puro algodão

Me deram teu sorriso, meu agasalho do frio

Me deram tuas palavras, a minha paixão


Me deram veludo

Macia, algodoada

Sorriso hipnotizador

Minha amada

Meu tudo

Meu amor


Tudo me deram

Tudo me dás

Tudo te dou

Sabendo quem sou

Sem olhar para trás


José Alberto Sá

A vontade de Jesus


A vontade de Jesus


O mar nos separa

Muro das lamentações

Em nós, até as horas são diferentes

Mas em amor, nada nos pára

Viveremos contradições

Na beleza de nossas mentes


Cada estrela és tu… No meu namorar

Cada flor és tu… Em tua fragrância

Cada onda do mar, o teu visitar

Cada gaivota no ar, o teu sorriso

O encontrar da nossa distância

O amor que preciso


Meu pensar,

tem teu nome memorizado

Meu amar,

tem no coração, teu nome gravado

Mar… Assim começa

Anjo… Assim termina

No teu mar, vivo sem pressa

No teu voo de anjo,

és a linda menina

Minha estrela cadente

Amo teu glorioso rasto de luz

És para mim uma semente

Que em mim nascerá,

na vontade de Jesus


José Alberto Sá

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Procuro-te nos contos


Procuro-te nos contos


Conto os dias, as horas, os segundos

Procuro-te em todas as minhas perguntas

Procuro-te no coração e noutros mundos

Pois as saudades são muitas

Agulha perdida num emaranhado de palha

Menina orgulhosa de alma vaidosa

És perfume em poesia, poder que me valha

Palavras mágicas em versos ou prosa


Tanto tempo nos resta

Tantas horas para falar

Tantos minutos de festa

Tantos segundos para te amar


Mesmo longe me és perto

No cimo da serra te sentes imaculada

No fundo do mar és um coração aberto

Que mesmo dormindo me és acordada


Conto as gotas da chuva

Procuro-te nas margem do rio

Procuro-te no sumo da uva

Quero-te em dias de sol, quero-te em dias de frio

Estrela perdida no céu estrelado

Menina luminosa, linda e crua

Perdida no mar, em ondas agitado

Perdida em meus braços, menina nua


Espero no resto que falta

Dançarei contigo a ultima dança

Dormirei contigo ao som da flauta

Serás amada, no sorriso de criança


Conto as voltas dos ponteiros

Conto as rotações do meu pensar

Conto teus beijos, os meus herdeiros

Nos contos teus de encantar


José Alberto Sá

Melodia das penas


Melodia das penas


Deslizando suavemente

Pose de beldade

Melodia luminescente

Glamour e muita vaidade

Brancura, beleza de algodão

Singelo bailado

Alegria e emoção

Tango para mim dançado

Lindo, belo, admirável

Sensibilidade e beleza

Olhos que vêm, em tudo palpável

Elegância da natureza

Qual patinagem no gelo

Plumas incandescentes de luz

Reflexos brilhantes em todo o seu zelo

Oferta divina… Obrigado Jesus

Apaixonei-me pelo seu bailado

Amei cada gesto seu

Arrepiei se me olhou por um bocado

O amor que senti e não era meu

Abriu os braços, aumentou sua beleza

Vi ali um anjo caído do céu

Plumas de neve fina, minha alteza

Caídas em seu encanto como um véu

Estava hipnotizado, pelo seu luar

Adorável magia, lindo mago

Beleza na tua dança, em teu voar

Lindo cisne do meu lago


José Alberto Sá

Irmãos


Irmãos


Nas ondas do mar, recebi

Nas nuvens vindas, algo senti

Palavras doces, beijos de colibri

Numa flor que não vi

Senti somente que me queria

Senti somente que me admirava

Por momentos senti, que algo sorria

Do outro lado do mar, eu escutava

Recebi palavras encantadas

Ofertas de melodia para meus olhos

Palavras aromatizadas

Que com amor, chegavam aos molhos

Era bom sentir, me alegrava

Me faziam transpirar e rejuvenescer

Palavras femininas de quem me gostava

De quem um dia me queria conhecer

De longe me sussurravam

Cócegas me faziam, na distância

De longe me aconchegavam

Com pétalas e sua fragrância

Menina de olhos em mim

Menina de sotaque bonito

Flor de meu jardim

Menina do mar que acredito

Cada palavra é existência

Eu sou simples, mente pura

Tu és menina, a inocência

O revoltar de uma onda futura

Do meu mar, do teu gostar

Do teu mar, do meu amar


José Alberto Sá