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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Realidade


Realidade


Mundo de corpos moribundos

Mundo sem respeito

Mundo sem fundos

Mundo sem berço, onde me deito

Terrível ansiedade e irritação

Poder monetário

Sem sensibilidade, sem coração

Corpos abandonados pelo poder… Otário

Todos sabem mandar, nada se realiza

Todos sabem governar

Mas ninguém suaviza

O mundo do meu amar

Mundo de material

Mundo de superioridade

Mundo animal

Não minto… É verdade


Cheira-me a podre, a porcaria

Putrefacção provocada

Num mundo sem harmonia

Um mundo em derrocada

Tempestades, furacões

Tremores e calamidades

São vozes de mil razões

Na revolta das atrocidades

Vozes de Deus revoltado

De um mundo sem regras, sem amor

Vozes de alguém preocupado

Com a injustiça, com a dor


Amo a vida, me ensinaram

Respeitar, trabalhar e amar

Abraço o meu mundo, que assaltaram

Simplesmente para nos roubar

Não tenho dinheiro

Isso não levaram

Só tenho amor… Amor verdadeiro

Isso rejeitaram

Nada mais tenho para dar ao mundo

Só respeito, amizade e minha vontade

Luto para que não me vá ao fundo

Luto pela minha liberdade

Neste mundo!


José Alberto Sá

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