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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Ventos da minha luz

Ventos da minha luz

Lembrar-vos-ei, que logo que saiba onde possa abrir a porta da inocência.
Serei breve na palavra e vos darei a chave do meu mundo…


José Alberto Sá

Ventos da minha luz

Ventos da minha luz

Quando me vejo só, brado de raiva… Nego o acesso ao impuro e prenuncio o teu nome… Flor…


José Alberto Sá

terça-feira, 29 de abril de 2014

Ventos da minha luz

Ventos da minha luz


O sexto sentido em relação a mim…
É a relação de interesse que suscita o ânimo e a minha curiosidade impaciente!
Quando vejo umas pernas, sinto vontade de subir ou então vontade de desfiar a linha!
A linha é a relação de interesse ao desmanchar a saia do meu sexto sentido.
Curiosidade impaciente… Ver a marca nua da linha branca!
O branco que separa a linha entre o negro da distância e o meu interesse…
O sexto sentido…
Pois a curiosidade… Vivo-a ao suscitar o ânimo impaciente…
Esta é a relação… Dos olhos que vêm, das mãos que tocam, do nariz que cheira, dos ouvidos que ouvem… Desmanchar a linha e sentir o fio é outro dos sentidos… O sentido único


José Alberto Sá

O meu barquinho...

O meu barquinho…


Sentia o meu próprio sorriso…
Na solidão é ele que sinto, se é contigo que estou de alma e coração.
Contigo na melodia do rio que passa, onde a corrente me leva numa viagem de sonho.
O sonho que acordado me faz sorrir, flutuando nas águas límpidas de um pensamento meu… Pois meu é o pensamento de ti.
E tu estavas ali, naquele barquinho de papel.
Fizera-o de uma folha de rascunho, de um poema incompleto e difícil de continuar…
Pois continuar seria navegar em rios de palavras sem som… O som vazio que o meu sorriso abafa.
A solidão me faz sorrir de vontade, uma vontade sem vontade de continuar.
Rasgar a folha de um poema de amor incompleto, fazê-la voar pela brisa, vendo-a agachar-se por entre as ervas daninhas…
E mais tarde… Mais tarde… Por te estar a sentir, fazer de ti um barquinho de papel…
E nesse papel te imagino navegar, num sorriso em direcção a mim… Um braço no ar… E me acenar…
Por isso sorri…
Senti o meu próprio sorriso, nas águas onde tu navegas…
Na minha solidão, vejo-te correr rio abaixo… Olhar e acenar… Não vás… Não vás… Meu barquinho de papel!
Quero ficar contigo na melódica canção do rio e seguir-te com o olhar… Até te ver diluir e desaparecer na cachoeira…
Corro… Corro… Quero ver o meu barquinho de papel…
Não o vi… Não mais o vi…
A cachoeira da vida e do sonho o levou… Espero-te… A ti
Novamente senti a brisa e o meu sorriso…
E quando olhava mais uma vez na procura do meu barquinho…
Vi-te acenar, estavas nas profundas águas do meu olhar… Uma lágrima caiu… Acenaste-me… Senti no meu próprio sorriso…
Estavas comigo de alma e coração… Por isso continuo contigo… Contigo em amor… Não vás… Não vás barquinho de papel! É em ti que vejo quem não vejo…

Um sorriso aos que sentem a ausência de quem amam.
Façam um barquinho e façam-no navegar…
Com certeza sentirão uma brisa sair das águas do vosso rio de amor… O amor vos fará sorrir.


José Alberto Sá

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ventos da minha luz

Ventos da minha luz

A reflexão procura-me solitário… Aí reencontro-me contigo…


José Alberto Sá

íris de um sol

Íris de um sol

Esse olhar… Ele é luz da minha vida
Esse olhar… Ele é vontade do luar
Teu sentir… Ele é amor… Minha querida
Teu sussurro… Teu abraço… Teu beijar
São loucuras de um poema
Travessuras de uma pena
Tua suavidade
Tua claridade

Esse olhar… Me cativa e me leva
Esse olhar… Me relata uma aventura
Teu sentir… Ele me arrepia… E me eleva
Teu sussurro… Teu corpo… Tua ternura
São loucuras de uma prosa
Travessuras de uma rosa
Tua paixão
Tua razão

Esse olhar… Ele é tudo que eu sonho
Esse olhar… Ele é tudo que desejo
Teu sentir… Corpo onde me ponho
Teu sussurro… É a luz que sempre vejo
São loucuras de um abraço
Travessuras que eu faço
Tua perdição
Tua mão na minha mão

Esse olhar… Nossa união
A íris de um sol que vi nascer
Meu olhar… Teu olhar… O apetecer…

José Alberto Sá

domingo, 27 de abril de 2014

Para ti... Amor...

Para ti… Amor…

Calo-me às palavras saídas sem som
Calo-me aos gestos de um ventre na mão
Calo-me ao fogo de um coração
Que arde em gritos de louca paixão

Calo-me à humidade de puros sentidos
Calo-me à fome de lábios perdidos
Calo-me ao gemido de momentos sabidos
Que sabem o poder de corpos queridos

Calo-me a tudo para te ouvir
Calo-me ao tempo de um sol que me queima
Calo-me na vontade que nos leva a subir
Pelas paredes de um amor que é nosso… E teima


José Alberto Sá

sábado, 26 de abril de 2014

Ventos da minha luz

Ventos da minha luz

A lua marcha no céu límpido
Uma donzela alvíssima, que me leva a reflexos mágicos.
Assim me encanta pela noite
Para que a sonhe durante o dia…


José Alberto Sá

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Ventos da minha luz

Ventos da minha luz

Obrigado pelo que sinto no meu erguer
A minha gratidão se encontra na poesia
A minha recompensa é o erguer da palavra
A minha confiança é voz erguida
A esperança é o amor de vós…
Que sinto no erguer deste nosso encontro…
… Aqui… Agora…


José Alberto Sá

Ventos da minha luz

Ventos da minha luz

Eu não habito o inocente… Eu sou aquele que morde no pão…


José Alberto Sá

Cravos de Abril

Cravos de Abril

O meu jardim chora…
Desânimos da terra onde plantaram flores
Acreditaram em mudanças e amores
E já ninguém sabe onde mora!

Semearam sementes de pétalas vermelhas…
Cravadas nas armas de cor esperança
Semearam o sorriso da criança
Com os arados de fogo… Que hoje nos lavram a vida
E os velhos desse canteiro… Gritam por amor e liberdade
Numa louca vontade de se gritar novamente…
Que haja uma nova semente… De lindas flores de Abril…
Nesta maldade viril… Governada sem igual…

O meu jardim chora…
Pelos cravos que plantaram em Portugal


José Alberto Sá

Quando a luz partilha

Quando a luz partilha

Santos e anjos no céu encantam…
As vozes soam dos homens de coração…
As mulheres vestidas de véu parecem nuas…
Acendem o fogo da emoção…
Porque os santos e anjos dançam a mesma canção.
Assim é o céu dos que sabem viver…


José Alberto Sá

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Quando tu danças e eu penso

Quando tu danças e eu penso

Não penses sequer… Que me sacio de beijos prometidos…
Não penses sequer…
Eu sou desejo de um rubro lábio, que deseja a tua boca…
Eu quero e penso
Olho-te pelo brilho de um sol que vem de ti… Não penses…
Pensa somente que o tempo é curto e tudo vale apena…
Quero-te sem pensar
O pensamento é quem me leva, pela poeira de um vento,
que sopra mesmo antes de te beijar
Olho-te pelo brilho de um arco-íris que nasce de ti… Não penses…
O vento é o teu respirar
Não penses sequer…
Que me sacio de abraços não sentidos…
Não penses sequer…
Pois eu sou o argumento do azul céu, que desejo viver…
Eu quero e penso

És pétala de uma flor que aromatiza o meu jardim… Eu penso que sou…
E sou assim…
Sou este pedaço de chão onde podes caminhar…
Sentir teus pés junto dos meus pés, como se dançassem uma valsa
Não penses sequer…

Dança… Dança… Dança…
E voa pelo brilho de um diamante que vem de ti
Esse sorriso que atravessa as entranhas do meu pensar…
Não penses sequer…
Olho-te pelo brilho de um espelho de água…
Essa gota cristalina que se inspira nas lágrimas que solto
Não penses…
Eu penso por ti… Sei bem o que queremos os dois…
Dança… Dança… Dança…


José Alberto Sá

Pensamentos:

Pensamentos:

Envio uma carta a Portugal… Nela escrevi as delícias de um cravo…


José Alberto Sá

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Pensamentos

Pensamentos:

Uma noite treparei por ti acima… Calarei as vozes da lástima em rima


José Alberto Sá

Porque te vejo assim? Meu amigo!

Porque te vejo assim? Meu amigo!

Carrancudo… Cabelos eriçados, olhos remelentos… Assim te vejo neste dia.
Olá… Amigo…
E as tuas calças rompidas que se misturam com as nódoas da camisa… Assim sinto este dia…
Olá… Amigo…
E não adianta fugir, sinto nos teus pés descalços a passagem entre a dor e a lama… És tu hoje, no meu olhar
Só caprichaste na orelha, colocaste um brinco novo… Que hoje realça o teu sorriso… Quase fiquei feliz… És rebelde…

Porque te vejo assim? Meu amigo!
Assim nessa tua voz rouca… Por onde o álcool se faz notar por entre os olhos vermelhos… E a droga se cheira no ar que não quero sentir…

Olá… Poeta…
Sou sim… Um rebelde carrancudo… Que acorda triste... Sem amor.
Sou sim… O rapaz de cabelos eriçados… Que acorda sem ter banho… Sempre sem amor
Sou sim… O olhar pobre remelento, de um frio sem vontade… E sem amor.
Sou sim… O despido e rasgado pedinte desta desilusão… A vida sem amor.

Sou sim… A nódoa da minha cidade, a nódoa arremessada, pelos que não sabem, o que é ter pés descalços… E viver sem amor.
Sou sim… A lama que nunca quis pisar, que nunca pedi para calçar… olha-me? Vez em mim algum amor?

Sou sim… O brilho que trago na orelha, a única lembrança que me resta de minha mãe… O meu pai nem sei… Talvez tenha sido o que herdei…
Hoje coloquei o brinco que o amor me deixou… Hoje este carrancudo se vestiu de brio… Minha mãe… O amor e a saudade…

Poeta!
Não sei ser como tu… Somente sei ser teu amigo…
Hoje senti amor… Há muito que não me falavam… Já não me olhavam…
E tu… Tu poeta… Apertaste-me a mão!

Sou sim… Este pobre, que se sente rico por ser teu amigo.
Vales pela amizade, como vale o amor de um naco de pão
Sou sim a continuidade da minha aventura… Obrigado poeta, por me olhares… Sou sim…
Como tu… Humano!

Dedico este poema:

Aos meus amigos, a quem a sorte não sorriu.
Têm o meu abraço, a minha amizade… Todo o meu amor…

Sou sim… A impotência…


José Alberto Sá

terça-feira, 22 de abril de 2014

Pensamentos:

Pensamentos:

Os meus olhos se sentem expressivos… Olham com candura e alma.
Usam a energia com dignidade… E inspiram-se no tempo, na afeição e no respeito


José Alberto Sá

Silêncio da carne

Silêncio da carne

Tocar na carne pelas palavras…
É tão fácil dizer que amo, que me esqueço…
Que amar se faz perto ou longe… Muito longe… Na distância entre dizer e ser
Escrevo o que sinto por entre palavras, que deliciosamente enfeito…
Realizo um labirinto entre o medo, a indecisão e a vontade de ter, a fuga do corpo que se esconde da vontade… Vontade da carne

… O silêncio da carne, que conto de ti

E conto por palavras… Porque em palavras é fácil demais te amar… Mas… Esse mas que teima em se deter perante a visão.
Olhos que desejam amar, sem palavras… A verdadeira forma de se sentir a beleza oculta.
Um escondido dedilhar de êxtases, perfumados pela sensação de que tenho tudo, quando nada tenho, na vontade da carne.

… O silêncio da carne, que desejo provar de ti

E provo por palavras… Que nada sei, que tudo é doce ou amargo, esse mel que amo e por vezes não vejo o frasco que o contém.
Até a boca se sacia da humidade verdadeira, numa saliva contida na língua que ama… Não pela fome das palavras humedecidas pelo sentir… Somente o sentir vazio, a falta de carne…
Quem ama, ama num todo.

… O silêncio da carne, que sonha tudo de ti

E vivo do sonho… Intensamente vivo a realidade… Vivo… Amo…
Sonho para caminhar até que a verdade se converta em carne…
A carne que sente e ama… A carne que me segura aos olhos da satisfação.
Deixo aqui o meu amor, para que entendam que nada sou por palavras… Somente serei quando morrer…
Morrerei feliz um dia… Pois levo um corpo amado, que amou e vos deixa palavras que me definem perfeitamente…
O que quero, o que sou, o que levo e o que dou.

… O silêncio da carne, que ama tudo de ti

Amar não o serei somente em palavras, sou carne que sente cada folha que rabisco… E tu sabes bem do que falo… Porque sempre soubeste rabiscar comigo…
Poesia porque eu sou e tu és poema, quando me dás amor…
Ondulas, voas e me deixas sem palavras…
O amor é carne… Sem carne, sou nada… Nem a palavra eu sou…


José Alberto Sá

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Preciso saber... Agora...

Preciso saber… Agora…

Quero saber se é verdade, o que oiço de ti
Quero que digas à luz, a vontade que vi
Quero que me leves por aí…
Quero que me escrevas o que já senti

Quero tanto amor…
Que não sei escrever neste papel
Quero tanto amor…
Que meus olhos já te falam em tons de pastel

Porque te amo….

Quero que fujas dessa solidão…
Vem ter comigo e sente o carinho da minha mão
Quero que sigas o teu destino… Ames este teu menino…
Homem de luz e coração

Eu sou o tempo…

O tempo que resta para viver… O tempo que falta conhecer…
O tempo…
Que me imagino contigo
O tempo…
Onde meus braços serão teu abrigo
O tempo…
De te ter… Te saber… Te beber

Quero saber se é verdade, o que oiço de ti
Quero tanto amor… Porque o tempo que já vivi
Foi um tempo tão bom… Um tempo de amor e paixão
Que me levou até ti…
Quero saber se nosso tempo é aqui
Um tempo que te implora

Quero tanto amor… Preciso saber…
Agora…


José Alberto Sá

Areias num mar de amor

Areias num mar de amor

A areia movediça espera a onda do verde-mar
Para beijá-la no dia que começa
Na maresia de espuma e sem pressa
Louca por a levar

A lua espera a noite, para se fazer brilhar,
em seu céu anil
A musa aguarda as carícias de cada verso seu
Quando a manhã chega de mansinho
Eu sonho com esse olhar de mar… Que quero meu
E ali… O mar abraça a praia com carinho
E nos embriaga em perfumes… mais de mil

Quando a lua nasce bela e nua
O céu se ilumina onde ela flutua
E reflectida no mar… Ondula no mesmo espaço
É quando a musa chega devagarinho
E desenha a forma da sua vontade, no seu caminho
Como num beijo e num abraço

E a poesia se faz
De sol
De mar
De céu
De luar

E a poesia nos trás
O arco-íris de todas as cores
Com todos os tons do amar
Com cheiro de flores
Com sabor de fruta
Com gosto de mel
Em areias movediças em mares de tons pastel

Textura
Pintura
Loucura
Mistura de formas, em toda a candura
Acordes
Perfumes
Num mar de queixumes
E as estrelas mais belas sentem ciúmes
Da musa que acorda as suas canções
Dedilhando as areias movediças
Na espera de um mar, que una os corações

Dueto:


Tereza Maria/José Alberto Sá

Sinto o teu perfume

Sinto o teu perfume

Tens um perfume suave,
que imagino na cor algodão
Para mim és luz, clarão designado magia
Pois te sinto alma, o sol que perfuma o dia

Me vejo na tua doce e pura sensibilidade
Tens um perfume que adoro
Uma essência a quem imploro
O exalar em todo o aroma do amor
E por onde passas,
Traças o caminho do meu sorriso… Esplendor!

Teu perfume é natural,
tem o cheiro da fragância corporal…
O teu elixir
A vontade do meu ser…
Tornando-te essa candura irresistível
que me leva a um êxtase fenomenal.
Te ter… Apetecível…

Destilas sentimentos inexplicáveis,
que somente o amor compreende
Inebrias-me os sentidos, extraindo pura paixão,
aos meus insaciáveis instintos de ti

Ai como alimentas a minha alma,
esta alma que te persegue com muita emoção!
O mágico perfume que transpiro
O louco olhar que admiro
É assim que te desejo na saudade…

Sonho nu
A verdade… Um abraço… Um beijo
Um carinho sonhado
Eu e tu…
No mesmo corpo perfumado

Dueto:


Jan Mell/José Alberto Sá

sábado, 19 de abril de 2014

Pensamentos:

Pensamentos:

Que espelho é esse, onde te vês e não te conheces?


José Alberto Sá

Minha estrela

Minha estrela

Ao olhar o céu,
amo cada estrela
E nesse céu sinto vontade de roubar uma…
Uma que me faz lembrar de ti

Em certos momentos sinto-me tão longe…
Longe do teu brilhar
Sinto-me presente, mas distante…  
E a minha vontade é perguntar, porque foges de mim?
Porque me trazes a saudade, desse teu olhar?
Tu és a minha estrela… Minha, porque és a que mais brilha…

Todos os dias… Sinto que me espreitas…
E eu me sinto o vaso da minha varanda,
onde as rosas se humidificam em cada espera
Em cada segundo…
A eternidade sentida nas lágrimas deste meu…
… Teu rosto
Somente pela vontade de te ver, por te sentir
e sofrer por não te ter

É à noite que me refugio na varanda adornada de rosas,
as flores que enfeitam a razão de ali estar
Eu conto cada estrela…
Na esperança que me acene… Que fales comigo…
Que venhas…
E que sejas tu… Como só tu és…

Que sejas a estrela cadente, que vem poisar
no chão da minha varanda.
Conheço tantas estrelas, sei-as de cor…
Conheço tantos brilhos, sei-os de cor…
Mas tu! És única na luz que me reflecte

E quando nasce o dia, recolho-me na saudade…
A lágrima se solta pela face de um cego por amor
Sempre que te sonho… Vejo-te a sorrir…
Olhos brilhantes… Beleza como dantes… Igual a ti
E hoje ao escrever neste meu céu…
Quero deixar claro…
Tens em cada noite a minha varanda
Cada roseira que nasce, tem o teu aroma…
Espero… Espero que um dia me possas sentir
como desejo
Nem que seja a última noite na minha varanda…
O meu coração se abre para te receber…
Vem e brilha junto dos meus lábios

Ao olhar aquela estrela, sinto-te!
Será que me sentes?
Espero que venhas e sejas o calor,
de um cego por amor


José Alberto Sá

sexta-feira, 18 de abril de 2014

O meu Sol...

O meu Sol… 

No sol em frente a mim, vi-Te ardente…
Tempo que me aquece… Simplesmente
Amo-Te…
Tempo humano, tempo de um coração doce…
Simplesmente és Tu
Amo-Te… Sou eu que Te vejo em frente a mim…
Meu Sol… Meu Tempo… Meu Instante
Amo-Te mais além… Muito mais além de…
De mim, de todos… Simplesmente…
Te amo…
Este amor mistério… Que só a Ti confesso…
Mesmo que hoje me abra em palavras a Ti dirigidas…
Ninguém saberá o quanto eu Te amo… Só Tu…
Sabes…
Amo-te assim… Assim de repente…
Desde que nasci… Até morrer…
Enfim… Amo-Te tão simplesmente,
que nem dou pelo tempo…
Esse Teu tempo, simplesmente Teu…
Que me ofereces por uns dias… Até me levares
E hoje… No sol em frente a mim… Vi-Te ardente…
Senti o Teu calor… Um enorme Coração…
A Ressureição… Do meu Deus… Do meu tempo…
Do tempo que vi no sol em frente a mim…
Tu… Divino… Tu perdão dos infelizes…
… Amo-Te


José Alberto Sá

Acende a luz... E agradece

Acende a luz… E agradece

Acendi a luz do meu candeeiro… Bom dia… Dizia a quem me iluminava
Sabia que ao colocar os pés no chão, teria de agradecer a dádiva
Abri a janela…
Lá fora a lua ainda me sorria… O escuro e o fresco da madrugada me adornavam o rosto
Ouvia-se ao longe o galo que cantava… Agradecendo também o acordar…
Fechei os olhos e agradeci… Pai Nosso Que Estais No Céu…

Acendi a luz da minha feição… O bom dia do meu coração… Abri os olhos…
Por detrás da serra o sol se fazia presente… Escondido…
Deixei-o e foi-me purificar no banho… Frescura na pele… Aromas de mel… O meu gel
Senti o deslizar da espuma… A água que corria acordava-me os sentidos…
Ali agradeci… Creio Em Deus Pai Todo Poderoso…

Acendi a luz de um corpo fresco e pronto a seguir a viagem…
O trabalho para mim era o amor, o suor da minha profissão… Era meu Pão
Vestido na maior das simplicidades… Peguei na chave que me levou à porta
Aquela chave me iria fazer sentir livre… Sair e desfrutar de tudo o que O Pai nos dá
E ao fechar, olhei para dentro de casa por instantes… Saboreei mais um pouco o calor do meu abrigo
Olhei a madeira castanho-escuro da minha porta, perguntei, Meu Deus, Porque Sois Tão Bom?

Acendi… Como acendo o sonho todos os dias… Como vivo aceso se acordo… Como desejo se me deito na luz… Como agradeço todos os dias se me levanto iluminado…

Acendi o meu coração…
A Luz… É Ele… No meu candeeiro, na minha feição, no meu banho… Todos os dias em Mim


José Alberto Sá

terça-feira, 15 de abril de 2014

Quando entras no meu sonho

Quando entras no meu sonho

Enorme é o céu que hoje me convidou a sair… Sonhar
Um sonho que por ser azul, se quer diluir perto do sol
Devagar… Conduzia o meu velho carro…
Novo era o sonho que me levava
A estrada… Fugia por debaixo do meu coração… Sentia o pulsar do meu sonho.
As mãos no volante pareciam seguras… Majestosamente agarradas nos ombros de quem me esperava…Sonhava…
O céu… Esse enorme azul continuava a olhar-me.
Algumas nuvens vestiam-se de rosa… Uma cor reflectida pela intensidade do amor.
O sol despedia-se ao longe… E eu devagar… Continuava a sonhar…
Hoje queria sentir cada curva… O sorriso que se rasgava, não era só meu… Alegria estampada no vento que entrava pelo vidro aberto…
E eu devagar… Continuava a sonhar…
O céu me convidava… A estrada fugia… E eu de mãos no volante sentia cada curva…
Belo deslizar de dedos… Sonhava…
O céu me deu um beijo! Sim… Senti como se fosse realidade…
Deu-me vontade de fechar os olhos… Queria sentir mais… E o céu continuava azul…
A estrada que me fugia… Fugia por debaixo de mim… Sentia o vibrar dos pneus…
Cócegas de um sussurro… Talvez pertencesse ao meu sonho…
E eu devagar… Parei… Parei na berma, junto ao mar
O céu também parou… Parou a estrada…
O sol continuou e escureceu… O meu sonho e as minhas mãos sorriram…
Mais um beijo… Outro… Outro… Olhei! E pelo vidro aberto do meu carro… Estavas tu
O céu continuava ali… Agora estrelado…
Entra… Vamos… A final não sonhava… Porque o céu continuava…
A estrada fugia por debaixo de mim… Regressava a casa contigo…
Vamos amor! Tudo é real… Mais um beijo… Outro… Outro…
As mãos… Sonhavam…



José Alberto Sá

Um sol de amor

Um sol de amor

Um dia o amor se foi...
Se foi…
Sem sair do meu coração
O meu rebento… O lamento
Imaginem como me senti… Uma flor sem um jardim
Ele era todo o meu amor
O amor que eu tinha dentro de mim...

Um dia… Lágrimas e emoção
… Meu amor
Um dia, aquele dia em que perdi um pedaço meu...
Era o meu fim...
Pés descalços sem chão

A loucura que se diluía nas lágrimas do meu rosto
O meu sol partia… O meu amor… O meu gosto
A vida continuava assim
E de repente… Acordei.... E senti...
Eu vi ... Juro que vi...
Ele novamente na luz do meu dia… Aqui...
...Sem o ter…  Nunca o perdi...

Ele sempre dorme em mim...
Meu coração o sente, fechado pelo seu calor
Não quero que alguém mais entre...
Que tome o lugar que a ele pertencia
Um dia… Se foi a minha flor
A noite fria… A luz sem dia…

Tanto medo de sofrer... De tudo novamente acontecer...
Ah! Bendita a hora em que me distraí...
Por alguém vindo do nada
Me encontrei completamente tocada... Apaixonada...

Doce amor...
Que em perfume me vieste fazer feliz,
desta vez não mais me deixarás
Eu sei...  
Nem te implorei
Apenas te aceitei...
Sem nada te pedir.... Estás em mim
...E me sinto assim...
Iluminada por ti...

Um sol diferente... Gente... Onde a simplicidade mora...
Onde a humildade aflora...
Uma estrela... Um brilho... Um carinho vindo do céu...
O céu onde eu vivo... aqui...

Um sol de amor... Que cobre o corpo meu...
Aquecendo a minha alma... Como eu sempre quis!
Um dia meu amor se foi… Vieste tu…
Para que eu sentisse o luar
Um céu… Um sol… Para eu viver…  E amar


Dueto de:
José Alberto Sá/Su

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Tu sabes... Volta...

Tu sabes… Volta…

Tu sabes que o tempo é hoje
Que o tempo não foge
D’um coração partido…
Um coração demolido

Tu sabes que o tempo vai
Que o tempo não sai
D’um coração magoado
Um coração apaixonado

Tu sabes…

Tu sabes que o tempo repara
Que o tempo não pára
N’um coração com ardor
Um coração de amor

Tu sabes que o tempo é louvor
Que o tempo nem sempre é flor
N’um coração que é meu
Um coração que é teu

Tu sabes…

Tu sabes que o tempo volta
Que o tempo não é de revolta
N’um coração que te quer
Um coração de mulher

Tu sabes… Volta…



José Alberto Sá