Já
te contei…
Quando
abro meus olhos de pranto e dor, escorre-me uma lágrima de melodia triste.
Já
te contei…
Que
sossegadamente te vejo correr, pareces um rio que corre e me chama de menino.
Já
te contei…
Que
quando abro meus olhos de loucura e amor, escorre uma lágrima que galopa por
ti.
Belo
é, sentir-me rio, mas rio homem… Porque choro e sinto serenamente a prosa
comovente, o poema absorvente de ti.
Rude
é o movimento da intriga, da corrida, desse vento que passa por mim e te leva.
Quase te agarro… Tu não paras… Foges.
Quando
abro meus olhos de amargura, sem cor, escorre uma lágrima que me atura e me
deixa tranquilo num mar, quando chegado de um rio sofredor.
Já
te contei…
Lembras-te?
Falávamos por vezes e eu amava o teu sussurro, respiravas somente… Comovente.
Eu te amei sempre… Sempre…
E
de olhos abertos sinto uma espada a mim direccionada e atrás uma parede que não
me deixa fugir… E tu ali tão perto, corpo incrivelmente belo… Nu.
Já
te contei…
Que
sempre te imagino de corpo nu… E quando abro os olhos ferido pela ausência sem
razão… Tu sabes e feres…
Tu
sabes como sofre meu coração… Assim queres…
Já
te contei…
Tu
nada tens para me contar…
Quando
abro os olhos e não estás… É por te amar na lágrima do meu chorar.
Este
rio homem que deseja, desaguar no teu mar…
José
Alberto Sá
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