Por
entre as nuvens
As
nuvens carregaram em tons brancos, a melodia do momento, porque eras tu que as
pintavas, com esse carregado olhar de algodão doce.
Se
eu pudesse e se tudo fosse… Abraçava.
Abraçava
os teus olhos que se evaporaram para se diluir naquele céu, naquele doce sentir
penetrante igual ao meu… Pois meu era o azul, a cor celeste que as nuvens levavam,
gritando o teu nome, teu querer, teu sorriso num transbordar de amor…
Se
eu pudesse e se tudo fosse… Eu te amava.
Amava
os teus olhos que me penetraram e eu não consegui dizer que não… Agora tenho-te
dentro de mim, como o céu tem as estrelas… Imponentes, altivas, eu amo as
estrelas dessa tua íris, dessa tua boca que grita nua sem nada dizer, mas
completa de desejo…
E
as nuvens carregaram até mim, aquela chuva miudinha que molha devagar, mas
intensa e provocante em humidade…
Se
eu pudesse e se tudo fosse… Eu te roubava.
Roubava
esses teus olhos que chamaram para que eu os tocasse, para que eu tocasse o teu
corpo, tua pele… Quis-te dizer que eras o universo no meu olhar… Eu senti por entre
as nuvens pintadas por ti, que também me querias roubar… Nem que fosse um breve
momento
Que
mesmo num dia cinzento… Fossemos o sol unido e presente…
Os
teus olhos gritaram vontades, teu corpo me chamou... E nesse chamar de verdade,
nesse olhar docemente, o amor nunca mente… O teu olhar quer… O meu olhar sente.
José
Alberto Sá
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