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domingo, 24 de junho de 2012

Sempre verdadeiro


Sempre verdadeiro


Não consigo mais...
Meus braços já não te alcançam
Meu beijo secou
Mesmo com música, meus pés não dançam
Meu sorriso evaporou
Não consigo mais...
Cada foto tua que vejo, é o elevar dos sentidos
A tua pele de menina
O teu sorriso de bebé
Cada vez que te olho, sinto os gemidos
O bailado da libelinha
O teu corpo, o teu cheiro, num gole de café
Não consigo deixar de pensar em ti
Estás em tudo que alcanço
Não consigo mais...
Até a lua te reflete... Eu vi
Até o sol me dá o teu calor...
Até o mar é o teu rosto, lindo e manso
Até a terra tem teu perfume, o teu amor
Não consigo mais...
Em cada flor, eu vejo que me olhas
No céu vejo teus cabelos ao vento
Nos livros que escrevo, és tu que desfolhas
Até as palavras és tu que as ditas
Não consigo mais... Por quanto tempo
Sei que não acreditas
Sofro a cada segundo
És o ar que respiro
Vejo-te no alto, vejo-te no fundo
Não consigo mais... Te admiro
Então, já nada mais vale a pena
Sou um fracassado
Um inválido que sai de cena
Um ser mal amado
Incompreendido
Sofrido
Mas sempre verdadeiro, não choro
No meu mundo, onde moro
Te quero
Te amo
Te adoro

José Alberto Sá

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