Minha
estrela
Ao
olhar o céu,
amo
cada estrela
E
nesse céu sinto vontade de roubar uma…
Uma
que me faz lembrar de ti
Em
certos momentos sinto-me tão longe…
Longe
do teu brilhar
Sinto-me
presente, mas distante…
E
a minha vontade é perguntar, porque foges de mim?
Porque
me trazes a saudade, desse teu olhar?
Tu
és a minha estrela… Minha, porque és a que mais brilha…
Todos
os dias… Sinto que me espreitas…
E
eu me sinto o vaso da minha varanda,
onde
as rosas se humidificam em cada espera
Em
cada segundo…
A
eternidade sentida nas lágrimas deste meu…
…
Teu rosto
Somente
pela vontade de te ver, por te sentir
e sofrer
por não te ter
É
à noite que me refugio na varanda adornada de rosas,
as
flores que enfeitam a razão de ali estar
Eu
conto cada estrela…
Na
esperança que me acene… Que fales comigo…
Que
venhas…
E
que sejas tu… Como só tu és…
Que
sejas a estrela cadente, que vem poisar
no
chão da minha varanda.
Conheço
tantas estrelas, sei-as de cor…
Conheço
tantos brilhos, sei-os de cor…
Mas
tu! És única na luz que me reflecte
E
quando nasce o dia, recolho-me na saudade…
A
lágrima se solta pela face de um cego por amor
Sempre
que te sonho… Vejo-te a sorrir…
Olhos
brilhantes… Beleza como dantes… Igual a ti
E
hoje ao escrever neste meu céu…
Quero
deixar claro…
Tens
em cada noite a minha varanda
Cada
roseira que nasce, tem o teu aroma…
Espero…
Espero que um dia me possas sentir
como
desejo
Nem
que seja a última noite na minha varanda…
O
meu coração se abre para te receber…
Vem
e brilha junto dos meus lábios
Ao
olhar aquela estrela, sinto-te!
Será
que me sentes?
Espero
que venhas e sejas o calor,
de
um cego por amor
José
Alberto Sá