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terça-feira, 30 de abril de 2013

boa noite...

O céu é azul...
E amanhã ao acordar, 
ele assim vai continuar
Azul sem alteração... 
como também não se altera,
o vermelho do meu coração.


José Alberto Sá.

Erótico ser


Erótico ser

Sou arte erótica
Sou a história dos olhos
A importância de estar vestido
Sou feito de cores ou o preto da Gótica
Sou Narciso ou nu, um retrato de folhos
Anatomia do amor... Querido

Sou arte perversa
Sou manequim
A poesia que violo
Com entranhas na conversa
Sou a afirmação do sim
O não é a misera birra que atiro ao solo

Sou corpo nu
Sou a doentia palavra, a febre do amor
O estimulante e apetecido pecado sem tabu
Com paixão entre carnes com odor
Sou o tecido que se mistura e confunde
Por entre nossas vontades
Quando se funde
Tu e eu... Eternidades

José Alberto Sá

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Amor

Amor

Amor é... 
Tudo que possa sonhar na vontade de Deus
Amor é...
Dormir, sonhar e acordar junto dos seus
Amor é...
Ser simples para com a luz
Amor é...
Receber da simplicidade de Jesus.
Amor é...
Ter amigos para abraçar
Amor é...
Somente amar

José Alberto Sá.

Memórias do tempo


Memórias do tempo

Recordo-me de um tempo,
sem tempo para mim
A bola que rolava
e fugia levada no vento
Um vento frio, distante do fim
Memórias...
Recordo-me de um espaço,
sem espaço para alguns
O arco que rodava
e se perdia entre amigos no abraço
Arco da estrada,
na ruela de terra
Onde a história é minha guerra
Histórias...
Memórias...
Espetos no chão, buracos abertos
sem rótulo, sem marca
Recordo-me dos afetos,
sem carinho da gente fraca
Memórias...
De um tempo de criança,
onde era adulto
Recordo-me do grito a chamar,
a chama da dança
Culto...
Histórias de adulto,
onde sou criança
Na mesma dança
Memórias...
Do tempo que passou,
mas por mim não passa
Histórias da vida,
memórias da raça

José Alberto Sá

Visto-me de ti


Visto-me de ti

Vesti o meu perfume de grama
Cor verde,
que todos os dias me chama
Uma roupa perfumada
Essências da minha gana
Um imenso mar em mim vestido
Um deserto de areias movediças
Perfume tão apetecido
A grama... O verde olhar que me atiças

Minha gana, pela impotente razão
Onde somente...
É a saudade do meu coração
Que vestido de ti... Reluz
Mesmo com o brilho teu apagado
Se sente por ti apaixonado
E se veste de verde, no olhar da tua luz

Vesti o teu sorriso,
quando nu me sentia
E sem aviso senti o perfume que me percorria
O teu lábio vermelho, da cor do beijo
Perfume teu, tatuado em mim
É verde... É verde sim
... O teu olhar
Tal como é vermelho o meu desejo
Vermelho do meu coração
Verde numa luz de amar
Perfumado por minha mão
Vestido pela roupa do teu olhar
É verde... É verde sim
O vermelho desta paixão

José Alberto Sá

domingo, 28 de abril de 2013

Até...


Até amanhã

Boa noite

Não existe no meu sono a escuridão
Em cada segundo a luz sai do meu coração
E mesmo a dormir ou a sonhar
É essa mesma luz que me faz acordar

José Alberto Sá

Beijinhos/abraços

Nunca estou sozinho


Nunca estou sozinho

Quando acordo sinto amor
Ao colocar os pés no chão, sinto-O
O ar traz aromas de flor
E ao levantar, naquele espaço vazio!
Tudo é amor...
Amor...
Tudo é...
Só assim consigo viver

Eu não estou sozinho!

Nunca estive sozinho,
em cada segundo, um carinho
Em cada passo um caminho
Em cada gesto meu
Um abraço do céu

Eu nunca estou sozinho!

Quando acordo quero viver
Ao colocar os pés no chão, amo-O
O ar abraça-me e sinto o Seu Ser
E ao levantar, naquele vazio, chamo-O
Meu Deus... Meu Jesus de Nazaré
Obrigado por todo o amor
Amor...
Tudo é...

Eu não estou sozinho na minha fé

José Alberto Sá

Olá Lua...


Olá lua...

Bom dia...
Bastava um bom dia
Para me erguer de pé
Bastava um olá para minha alegria
E eu sentiria
Nos ponteiros da vida,
alguma fé

Silenciaram-se as auroras boreais
As andorinhas,
essas nem me viram
Nem elas se lembraram de mim
Mas bastava um olá,
nada mais
E as cores das auroras se despiam
E coloriam o meu jardim

Veio a noite iluminada
E agora que a ela chegou.
quis ver a lua
Estava linda como sempre
Sempre a senti apaixonada
E nua,
olhos nos olhos,
o tempo connosco ficou
Agora que a noite chegou,
sou nada
E o que não tenho,
a lua levou

José Alberto Sá

Bronzeando-se para mim


Bronzeando-se para mim

Bronzeando-se no muro
A linda borboleta me acenava
Um sol que brilhava de tão puro
Perninhas no ar, ao vento baloiçava

E eu quieto... Imaginava

O contraste do frio muro,
ao quente corpo de mel
Tiravam à pedra o tom mais escuro
E davam à musa a beleza da sua pele

E eu quieto... Delirava

Cabelos soltos como fios de linho
Calcinha branca de algodão
Asas de anjo batiam devagarinho
E aceleravam o meu coração

E eu quieto... Hipnotizava

Olhava para mim com olhos de luz
Sorriso de perfume violeta
E eu quieto... Pedi a Jesus
Que me desse aquela borboleta

E eu quieto... Observada

José Alberto Sá

Faces


Faces

Não me escondo da verdade.
A verdade é que se esconde de mim.

Não me escondo da minha liberdade
A liberdade é que me fez assim

José Alberto Sá.

sábado, 27 de abril de 2013

agora sim


Agora sim... Me vou

Agora sim... Voarei a sonhar
Sonhos de perfumada borboleta
Um amanhã para vos amar
Em palavras da minha caneta

José Alberto Sá

Beijinhos/abraços

Nuvens


Nuvens

Nuvens carregadas
... Carregadas de amor
Tal e qual o meu sonhar
Nuvens no vento levadas
... Levadas em aromas de flor
Tal e qual o meu acordar

Sinto-me voar

São nuvens que hoje passam
... Passam na procura de um sol
Uma luz que a vós desejo
São nuvens que nos abraçam
... Abraços com fragrâncias de girassol
Flores que imagino nas nuvens de um beijo

José Alberto Sá

Até amanhã em palavras de amor


Até amanhã em palavras de amor

Boa noite em lençóis de cetim
Boa noite em sonhos de rosa
Boa noite são os desejos do meu jardim
Boa noite em palavras, versos ou prosa

José Alberto Sá

Beijinhos/abraços

A minha luz


A minha luz

Ao acordar não estava sozinho
Olhei em volta, pelo branco vazio
Entre paredes repletas de segredos
Sentia um adocicado aroma de rosmaninho
Uma brisa a meu lado, algum frio
Arrepios no corpo, tatuados por dedos

Foi ao acordar...
Olhei em volta, somente uma luz entrava
Por entre a fresta da persiana
Foi ao levantar...
Entre paredes e um chão que me chamava
Que vi uma menina, vestida de porcelana

Imensa luz no seu olhar
Olhava para ela hipnotizado
Foi ao acordar...
Que senti que estava ao meu lado
Foi ao levantar...
Que senti o seu olhar apaixonado
Fui-a buscar...

Hoje agradeço ao sol, à lua
A luz que entrou naquele dia
Foi ao acordar...
Que caiu o vestido de porcelana, estava nua
Foi ao levantar...
Que em amor se fez magia

José Alberto Sá

sexta-feira, 26 de abril de 2013

boa noite


Boa noite amigos
Até amanhã

Durmirei de mente tranquila
Hoje tive um dia de paz, de luz e louvor
Escrevi poesia, nasceu maravilha
E amanhã estarei na luz ao sentir o calor
A mão de Deus, a minha Luz, Deus do amor

José Alberto Sá

Beijinhos/abraços

Rosa menina


Rosa menina

Rosa...
Trepei teu caule
Trepei sem mal
Vaidosa...
Em cada espinho
Senti o arranhar
Subi sem parar
Até o teu ninho

Rosa...
Vermelho carmim
Sente este frenesim
Vontade viscosa
Em cada espinho aguçado
Senti a picada do amor
Subi... Subi... Mais calor
E logo vi o teu botão em rebuçado

Rosa...
Cheguei às tuas pétalas macias
Suguei teu néctar de mel
Linda de sorrisos tons pastel
Amei o que temias
Gostaste
Porque te trepei
Adoraste
Porque eu te amei

José Alberto Sá

Que mais digo?


Que mais digo?

Eu quero ter,
o teu sorriso só para mim
Eu quero ter,
o teu olhar na minha luz
Eu quero ser o teu amor,
diz-me que sim
Eu quero ter o teu calor,
meu Deus... Jesus

Como eu te amo...
Como eu te adoro...
Eu não me engano
Eu por ti choro

Eu quero ter,
diante de mim o teu carinho
Eu quero ser,
diante de ti o teu abraço
Eu quero ser,
na felicidade o teu beijinho
Eu quero muito...
Eu mesmo faço

Eu faço tudo
Eu digo tudo
Na delicadeza de uma flor
Como eu te adoro
Como eu te imploro
Vem para mim,
meu amor

José Alberto Sá

Não desisto...


Não desisto...

Porque me tratas desse jeito
Porque me tratas assim
Eu sou teu e teu quero ser perfeito
Eu sou flor de um só jardim

Quero te ter, eu quero ser teu

Porque me tratas sem amor
Porque me tratas friamente
Eu sou no mundo o teu calor
Eu sou no mundo a tua semente

Quero te ter, eu quero ser teu

Porque me tratas sem carinho
Por que me fazes sofrer
Eu sou no mundo um cantinho
Eu sou no amor o teu querer

Quero te ter, eu quero ser teu

Porque me tratas com rebeldia
Porque me dás a escuridão
Eu sou o sol na luz em todo o teu dia
Eu sou a paz e o amor do coração

Quero te ter, eu quero ser teu

Porque me fazes sermão
Porque me dizes não ser
Não ser o abraço em união
Não ser, nem ter... O meu querer

Quero te ter, eu quero ser teu

Teu amor
Até enlouquecer
E não desistirei de ti... Minha flor
Quero te ter, eu quero ser teu

José Alberto Sá

Mar encapelado


Mar encapelado

Gosto do mar assim
... Bravo
Mar de espuma embravecido
Aragem perfumada, meu festim
Aromas de cravo
Fragrâncias que se entranham em mim
E fazem de mim um vencido

Gosto do mar assim
Mar azul esverdeado
Horizonte de velas marfim
... Mar encapelado
Mar que banha a terra do meu jardim
Beijando as rosas, aromas de cravo
E eu me sinto teu escravo
Por gostar de ti assim

Gosto do mar assim
Amo as ondas, muralhas altivas
Imponente e audaz
Água salgada que ao toque parece cetim
Mar bravo que me cativas
E me deixas sentado a olhar-te
Transportas-me à paz
E quando me molhas, pareço beijar-te

Gosto do mar assim...

José Alberto Sá

quinta-feira, 25 de abril de 2013

até amanhã

Eu... 
Hoje ao deitar
Amanhã ao acordar
Sempre para vos amar

José Alberto Sá.

Será poema?


Será poema?

Como será?
Como será a próxima estrada?
Se o cruzamento me faz confusão
Como será?
No caminhar a minha amada
Como vai reagir meu coração
... Nessa estrada tão estranha
Onde sinto o cruzamento
Partes íntimas da entranha
Na estrada de nosso tempo
... Como será?
Como será a vida contigo?
Serei poeta, serei amigo
Como será?
Serei amor
Serei castigo
Mas te prometo
Não serei dor
Que na estrada serei perfume
Serei poema sem queixume
Mas amar... Como será?
Será contigo... Meu calor
... Será hoje neste poema
Será como ontem no amanhã
Será futuro, nosso dilema
Como será
Será poema?

José Alberto Sá

quarta-feira, 24 de abril de 2013

boa noite

Para sentir
Basta olhar
Para sorrir
Basta amar


Para sonhar
Basta querer
Para acordar
Basta viver

José Alberto Sá

Estou aqui...


Estou aqui...

Não adianta me esconder
Sempre dás comigo
A vida já não me esconde, é meu abrigo
Mas nela escondo abertamente o meu escrever

Não adianta dizer que não quero
Sempre acabas por conseguir me ofertar
A vida é a dádiva neste imenso mar
Águas salgadas, águas doces onde te espero

Não adianta...
A vida é uma manta
Um xaile envolto em fado
Cantigas que me levam pelos cantos do mundo
Refrãos repetidos em amor, cantados a meu lado
Querida vida onde o amor me bate fundo

Não adianta me esconder de ti
De ti... Mulher escondida na beleza
Não adianta me derreter só porque te vi
Adianta sim olhar-te e amar-te, pela certeza

Não adianta...
A vida é luz num olhar que me encanta
Um reflexo, um raio do sol
Vontades escondidas num céu de olhares
És tu onde me escondo belo girassol
És tu a terra, a vontade que é tanta
És a luz de mil luares
Sempre me encontras...
Esconder-me já não adianta

José Alberto Sá

terça-feira, 23 de abril de 2013

até...

Os anjos esperam o adormecer
A luz espera o amanhecer
Eu espero aparecer
E amor vos oferecer

José Alberto Sá.

Sempre...


Sempre...

Eu já nem sei, porque não te tenho
na minha vida...
Eu já nem sei de onde venho
Sou alma perdida...
Tu me queres assim
Tu me queres perder

Volta para mim
Teu amor é o meu ser
Eu já nem sei por que razão
Olhaste a vontade, seguiste caminho
Eu já nem sei porque parou o meu coração
A tua verdade era meu carinho
Tu serás meu fim
Se um dia me esqueceres

Volta amor, volta ao meu jardim
Volta amor, sou nada se me perderes
Não imaginas o abraço que te dou,
neste momento
Não imaginas o beijo que ficou,
tatuado no tempo

Eu já nem sei o que faço aqui
Eu já nem sei a razão do meu chamar
Tu me queres sozinho
Mas eu... Sempre te tenho agarradinho
Aqui... Em qualquer lugar
Aqui... Onde possas imaginar

Eu já nem sei...
Pois ao perder a voz... Gritei
Amo-te

José Alberto Sá

Cada dia... O infinito...


Cada dia... O infinito...

Conversas...
Olhares que se cruzaram
Promessas...
Que não se cumpriram
Dois corações que se abriram
E loucamente se amaram

Não te vás embora...

Sou capaz de não sorrir
Aos ventos e mares, onde tudo se evapora
Sou capaz de no silêncio te sentir
Sentir um olhar que em mim mora

Não te vás flor...

Sou capaz de me ausentar
Ao céu e a terra pedir perdão
Pela persistência do meu amor
Pedir à luz o meu amar
Uma luz, um sorriso... A tua mão

Não te vás...

Porque já não sou capaz
De aguentar o silêncio da tua distância
Não te vás linda e perfumada
Fica comigo neste canto de paz
Minha musa, minha amada
Minha beldade, minha ganância

Mas não te vás...

José Alberto Sá