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domingo, 28 de abril de 2013

Bronzeando-se para mim


Bronzeando-se para mim

Bronzeando-se no muro
A linda borboleta me acenava
Um sol que brilhava de tão puro
Perninhas no ar, ao vento baloiçava

E eu quieto... Imaginava

O contraste do frio muro,
ao quente corpo de mel
Tiravam à pedra o tom mais escuro
E davam à musa a beleza da sua pele

E eu quieto... Delirava

Cabelos soltos como fios de linho
Calcinha branca de algodão
Asas de anjo batiam devagarinho
E aceleravam o meu coração

E eu quieto... Hipnotizava

Olhava para mim com olhos de luz
Sorriso de perfume violeta
E eu quieto... Pedi a Jesus
Que me desse aquela borboleta

E eu quieto... Observada

José Alberto Sá

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