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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Rezei


Rezei


Apertei ambas as mãos

Cruzei os dedos

Fechei os olhos... Meus irmãos

Refleti sem medos

Consegui no escuro

Ver mil estrelas reluzentes

Consegui passar o negro muro

De vozes e pecados das gentes

Apertei os dedos mais forte

Não temi...

A vida e a morte

Rezei pela minha impotência

Rezei pela minha ignorância

Rezei pela minha inocência

Rezei para chegar mais perto

Para que não houvesse distância

Não temi...

O aperto...

E apertei um pouco mais

Minhas mãos eu já não sentia

Mas para minha alegria

Via sonhos reais

Meus dedos pareciam cravados

Nos sonhos por mim sonhados

Refleti e os olhos eu abri

Mais leve e de sorriso rasgado

Abracei tudo que senti

E guardei no meu coração

Muito bem guardado

A vontade dos dedos de cada mão


José Alberto Sá

Pobre ou rico


Pobre ou rico


Já entendi o que não percebia

Já sei o porquê nas perguntas

Já conheci as duas histórias

Pobres e ricos na sua alegria

Pobres e ricos conversas juntas

Pobres e ricos as nossas glórias

Já entendi que o rico é falado

Já entendi que o pobre é o fado

Já conheci ricos famosos

Já conheci pobres honrosos

Conversas juntas

Nas minhas perguntas

Não quero ser rico, tenho medo

Não quero ser pobre... Credo!

Então? Mais perguntas

Conversas juntas

Ser pobre ou ser rico...

Onde fico?

Nas respostas que não sei

Talvez vida de rei

Talvez a vida que procurei

Vida de pobre ou vida de rico

Talvez alguma eu serei

Já entendi que sou rico

Já entendi que sou pobre

Rico em palavras que recito

Rico em coração que sabe amar

Pobre porque não acredito

Que a terra e o mar

Quiseram-me apresentar

As duas desigualdades

Verdades...


José Alberto Sá

Erro e perdão


Erro e perdão


No chão

Estavas dobrada

Parecia sem coração

Parecia um pouco de nada

Teu rosto estava escondido

Teus cabelos despenteados

Algo estava ferido

A respiração saía aos bocados

No chão soluçavas

Tuas mãos tremiam

Choravas...

Lágrimas que se ouviam

...

Levantei teu cabelo

Limpei tuas lágrimas com a mão

Olhei teus lábios... Caramelo

Pedi-te um beijo, sem razão

Olhaste-me em azul celeste

Pedi-te perdão

E... Encostada a mim, um beijo me deste

Que consolou meu coração

...

Peguei-te no colo

Levei-te nos meus braços

Sem saber se mereço o mesmo solo

Sinto-me em pedaços

...

Peço desculpa sem pecado

Peço desculpa por ter errado

Peço desculpa por ter magoado

Peço desculpa por não ter visto,

o outro lado.

...

Por vezes magôo sem querer

Por vezes teimo sem saber

Por vezes não ouço o meu perder

Por vezes sou perdoado sem merecer

...

Sei que também sou humano

Faz parte da vida errar

Perdoar não é engano

Perdoar é saber amar


José Alberto Sá

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Poesia é vida


Poesia é vida


A mar

M uito mais que querer

O limite do meu ser


A mar e dar amor


V iver sentindo o vento

I mitando o seu flutuar

D ar carinho, sem contar o tempo

A mar


A ndar pela harmonia

M escla da cor da alegria

O ndas de prazer


A mar querendo ser


P erdoar e saber dar

O ntem, hoje, amanhã, sabores de maresia

E star para o outro e saber voar

S entir a vida e a poesia

I r em busca do luar

A mar


José Alberto Sá

O piano


O piano


Ouvia a tecla suave

Do teu piano

O som voava como uma ave

E faziam vibrar meu coração

Não existia engano

Nas notas dessa canção

...

Teus dedos... A pura magia

Nas ondas do teclado

Perfume e quanta harmonia

Nos lábios que via a meu lado

Ouvia cada nota com amor

Toques verdes, cor da esperança

Dedos de borboleta numa flor

Na melodia quanta lembrança

Beleza, carinho e verdade

Amor, paixão na mesma balança

Notas de liberdade

...

Vôos numa canção

Tocada por mãos de fada

Mãos melodia em linda união

Mãos de tudo, querendo nada

Ouvi em cada tecla, lindas letras

Amei cada gesto teu

Adorei ter subido ao céu

Ao som das tuas borboletas

...

Ouvia o teclado

Fiquei apaixonado


José Alberto Sá

Amigos


Amigos


Olhava os pássaros e voava

Olhava o rio e corria

Olhava as árvores e sonhava

Olhava as nuvens e sentia

Os meus amigos

Olhava o sol e sorria

Olhava a lua e cantava

Olhava as estrelas... Aleluia

Olhava o céu e pensava

Nos meus amigos

Olhava o mar e flutuava

Olhava as areias e dormia

Olhava as pedras e pulava

Olhava as flores e pedia

Ter mais amigos

Olhava o vento e amava

Olhava a terra e agradecia

Olhava os meus poemas e recitava

Olhava o amor na vossa alegria

Abençoados amigos


José Alberto Sá

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O outro lado


O outro lado


Quero água, por favor

Quero pão, estou faminto

Quero só um pouco de amor

Tenho frio, o corpo não sinto

Olhai para mim...

Estou sujo e mal cheiroso

Eu não era assim

Era pobre, mas vaidoso

Quero roupa mesmo que velha

Quero pão mesmo que duro

Não tenho casa, vivo sem telha

Durmo ao frio na sombra do muro

Olhai para mim...

...

Deus me ajuda a suportar

Deus me ajuda nas noites sem sono

Deus me dá alegria, quando levanto

Deus sabe amar

Deus...

Ele é meu dono

Deus nas noites frias é meu manto

Mas tenho necessidades...

E tu... Sim...

Tu que escreves estas palavras

Porque não consegues ajudar

Porque minha terra não lavras

Eu sei...

Amigo de lindo poetizar

...

A vida não é igual

É injusta, é cruel

A tua impotência é real

São desabafos no papel

...

O poeta escrevia e chorou

O poeta escrevia e lamentou

A sua vontade a nada chegou

Somente se ajoelhou

E pelo mendigo rezou


José Alberto Sá

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Só tu


Só tu


Contigo... Sim querida...

Sinto-me o mar

Sinto-me uma pena voando

Contigo... Sim amiga...

Sinto-me voar

Sinto-me no vento levitando

...

Olha meu rosto... Ele sorri

Olha minhas mãos abertas

Querem te abraçar

Meu sorriso são portas abertas

Podes entrar

...

Contigo... Sim amor

Sinto-me em paz, leve

Sinto-me uma flor

Ou...

Um beija flor, que o mel bebe

...

Olha-me nos olhos chorados

Olha e sente

O meu coração não mente

Contigo... Sim... Namorados

Não sentes? Eu sinto...

Que te quero, que te adoro

Sinto-me no teu recinto

Sinto e imploro

Olha-me e vem

Contigo... Sim... Mais ninguém


José Alberto Sá

Um grito


Um grito


Não tinha voz

Tinha no colo o luar

Tinha agarrado o sol

Não mais tive momentos sós

Tinha levado o mar

Tinha as melodias do rouxinol

Mas... Não tinha voz...

Tinha comigo o amor

Tinha levado a amizade

Tinha em meu jardim toda a flor

Tinha nas mãos a liberdade

Eu tinha gritado...

Eu tinha pedido...

Eu em gritos tinha perguntado

Se podia levar um amigo

Mas... Já não tinha voz...

Doía...

Tinha as bênçãos da maresia

Tinha a paz em meu regaço

Tinha o meu coração puro

Tinha a poesia que faço

Tinha gritado todo o dia

Ao mundo que sempre aturo

E tudo na voz levei

Tudo que amarei

Ninguém nos deve parar

Não existirá muro

Para o nosso grito futuro

Um grito de amar


José Alberto Sá

Mais um dia


Mais um dia


Hoje lembrei o sol, meu astro rei

Esqueci o frio

Fui à janela contar o sorriso

Tantos sorrisos eu anotei

Calor de corações com brio

Saudades dos raios que preciso

Hoje levantei cedo

Queria estar contigo mais tempo

Hoje vou deitar tarde, sem medo

E recordar o sol no meu leito

Um sol que veio no vento

Sonhar comigo, onde me deito

...

Hoje esqueci os momentos maus

Lembrei mares de flores

Onde a paz e a felicidade, eram naus

A harmonia e a amizade eram amores

Hoje ao lembrar o lindo dia

Esqueci que existia

Era somente teu

E tudo que te sorria

Era eu...

Hoje sinto o sol tão perto

Sinto o teu calor, minha paixão

Linda sensação de aperto

O sol de meu coração

...

Hoje ao levantar pedi

Que passeasses comigo

E ao deitar agradeci

O passeio dado, como amigo

Hoje o sol me iluminou

Comigo passeou

Na vontade de uma luz que me levou

Hoje eras minha, teu eu sou


José Alberto Sá

domingo, 25 de dezembro de 2011

Salvação


Salvação


O lhai em volta...


M edo de quê

E le nasceu, pobre como eu

N asceu feliz... O Divino apareceu

I nteligência que o mundo vê

N asceu, como nasce uma flor

O Menino nasceu... Deus de amor


N asceu O nosso rei

A lma pura nos deixou

S angue em vinho transformou

C riador de tudo que sei

E le... Meu Deus e Senhor

U nha da minha carne... Meu salvador


José Alberto Sá

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Sejam felizes


Sejam felizes


F elicidades

E m vossos corações

L embranças de paz e amor

I rmãos do mundo, de tantas nações

Z elai pelos necessitados


N o Natal perdoai

A mai o próximo, dai-lhes amor

T ende piedade dos infelizes

A braçai os incapacitados

L ouvai o senhor


Desejo a todos um feliz Natal e um Próspero Ano Novo


José Alberto Sá

Doce Solar


Doce Solar


Pensei...

Que tinha enviado

Que tinha escrito

Algo que sinto

Pensei...

Que tinha gravado

Que tinha dito

Algo que pinto

Não sei... Se troquei

Ou não terei, trocado

Mas repito

Pois eu não minto

Agora sei

Que o ser louvado

É o ser mais bonito

A chave do labirinto

É a menina...

Menina do nosso olhar

Beleza no seu sentir

Cara que me instiga

No nosso solar

De belo sorrir...

E linda amiga


José Alberto Sá

A uma Flor


A uma Flor


Uma flor

Amizade...

Vento de amor

Em cada pétala verdade

Flor...

Menina de sorrisos mil

Amizade e beleza

Menina de puro perfil

Em palavras, sua alteza

Flor de encantos

Amizade em poesia

Carinho e amigos... São tantos

Perfume de maresia

Flor dos poetas

Amizade... O nosso respirar

As suas portas abertas

Flor do nosso solar



José Alberto Sá

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Amo...


Amo...


Amo...

Eu amo sentindo

Amo dormindo

Amo sorrindo

Eu... Amo demais

Amo sentimentos reais

Amo momentos leais

Eu... A mim e ao outro

Amo...

Parece pouco

Mas amo... Amo de louco

Sem falar eu amo

Eu amo sem escrever

Eu amo se nada disser

Hoje, todo o ano

Eu...

Amo...

No silêncio eu amo

Amo na escuridão

No amor não engano

Amo de coração

Eu...

Amo, porque sou

Amo porque digo

Quando digo que não vou

Ou se vou para ti amigo

Eu...

Amo...


José Alberto Sá

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O meu Natal


O meu Natal


Ontem chorei

É Natal...

Ontem imaginei

Este Natal...

Ontem sonhei

Com este Natal...

Ontem desejei

Ser o Natal...

Ontem procurei

Por aquele Natal...

Sim... O de ontem

E não encontrei...

Onde está?

O meu Natal

Que tanto amo, tanto amei

Ontem chorei

Porque não sei...

Do Natal de amanhã

Ontem...

Foi Natal

Hoje espero que seja...

Amanhã

O meu coração deseja...

O meu natal


José Alberto Sá

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Amizade


Amizade


Quantas lágrimas de felicidade

Quantos sorrisos de afeição

Escrevo em linhas a melodia

Que falo com toda a vaidade

Dos amigos de coração

Toda a noite, todo o dia

Tantos…

Que minhas palavras são uma gota,

no lindo mar.

Das pessoas de encantar.

São mantos…

Da cor do céu

Fazem parte de um coração,

que já não é só meu.

Ventos do meu respirar

São eles que olham meus gestos

As palavras de cada mão

Os sentires modestos,

de meu olhar.

São eles a luz do meu entender

Rostos do meu leito

São a voz do meu ser

Amigos do peito

São eles em tudo a imensidão

Quanta amizade me assola

Como se fossem minha fragrância

Um perfume que consola

Aromas de meu desejo

Que aproxima na distância

Uma flor, uma amizade, um abraço…

Um beijo


José Alberto Sá

Amigos


Amigos


Uma flor

É amizade

Duas flores são realidade

Mais amor…

Três flores são verdade

Quatro flores são liberdade

Mais louvor…

Cinco flores são claridade

Seis flores são vaidade

Amizade…

Sete flores são o sim

Oito flores são o confirmar

De muito mais amar

Nove flores são tudo para mim

Dez flores são os amigos

O meu jardim


José Alberto Sá

Salpicos de sal/mar


Salpicos de sal/mar


P êndulos sem sono

E mbalos do meu mar

D ádivas com dono

R aízes de encantar

A lmas em vagas

S alpicos de sal


D iva das vagas

E m pedras do mal


S aliva do mar salgado

A mor de sal amado

L embranças do meu gostar


D o meu amar

O ndas de sabores


M el dos amores

E u…

U nto de perfume


M alicia sem lume

A mores do mar

R aízes do meu salgar


José Alberto Sá

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Sorrisos de ontem


Sorrisos de ontem


Atrás de mim

Ficaram os passos passados

Pessoas que amei

Pessoas que amo

Para trás, não foi o fim

Foram tempos amados

Tempos que passei

No contar de cada ano

Atrás de mim

Foi o sentir de menino

Que cresceu para amar

Amar… Sim…

Atrás de mim

O ser adolescente

Que passou docemente

Numa vida sorridente

Enfim…

Atrás de mim

Estavas tu menina que conheci

O perfume que não esqueci

Tactos de pele

Que me fazem estremecer

Atrás de mim… O meu ser

O vosso reconhecer

Uma flor a florescer

Uma vida que até hoje, chegou

Atrás de mim

Amou

E cá ficou

Sou eu no meu jardim

No passado feliz

Em tudo que fiz

Atrás de mim…


José Alberto Sá

Passado na eira


Passado na eira


Foi na eira…

Que sentado na minha vontade

Senti o calor da fogueira

No recordar da saudade

Em tudo vaidade

Foi na eira…

Que em tempos dancei

Que em tempos cantei

Paixões da minha terra

Do meu berço e companheira

Foi no folclore que cresci

No teatro que aprendi

A doçura de ser gente

Nas artes a minha paixão

Ser feliz e ser semente

Da cultura do meu coração

Foi na eira…

Que conheci tesouros reais

Amigos em tudo leais

Tanta riqueza verdadeira

Sementes da minha eira

Foi…

Sentado que sonhei

Na vontade que mais amei

A primeira…

Ser dançarino…

Ser menino…

Ser semente…

Ser gente…

Da minha terra… Minha emoção

Na minha eira…

Meu coração


José Alberto Sá

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sonho acordado


Sonho acordado


O ponto…

O horizonte onde me fixei

De olhos vidrados

Na mente um conto

No coração a lei

Na alma, tempos passados.

Reflecti no perder

Reflecti em louvores

Redes ou filtros do meu ser

Amores…

Lá longe… Muito longe do olhar

Onde já não se alcança

Via cores de outro corar

Cores com música, outra dança

Um horizonte, um ponto, um olhar

Cada piscar de olhos

Uma luz que se apagou

Xailes de folhos

Num fado que se cantou

O silêncio perdura

Olhar fixo… Suave

Alma carente, mente pura

O voar de uma ave

No ponto…

No horizonte do meu sonhar

Sonho, História ou conto

De uma linha de imaginar

Por momentos não existi

O ponto na linha me chamou

Por momentos eu senti

Seja louvado…

O ponto que me levou

Neste sonhar acordado


José Alberto Sá

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Água de amor


Águas de amor


Rio que corres sem ninguém

Por entre as margens da vida

Leva-me em teus braços

Ao encontro de alguém

Talvez encontre a minha alma perdida

Talvez encontre a menina de meus embaraços

Rio que danças

Águas límpidas e cristalinas

Leva-me em teu galope e vê se alcanças

O vento que sopra em tuas crinas

O vento trás a tua humidade

Rio do meu contentamento

Águas em liberdade

Levai-me em vosso colo

Navegai no tempo

Água do meu solo

Rio que por mim passa

Rio que por mim chama

Leva-me e afoga o coração que assa

Um coração que arde

Nas brasas de quem ama

Leva-me até ao mar, rio que me cativa

Saberei penetrar junto contigo

Amarei sem tréguas a minha diva

Amarei para sempre a musa do mar

Rio de encanto e pureza

Musa das águas de quanto odor

Diva do rio, minha alteza

Minha flor

Leva-me contigo, águas de amor


José Alberto Sá

O rumo


O rumo


Porque caminhas tu

Sem direcção

Porque caminhas nu

Despido de preocupação

Vagueias pelos valados

Deambulando sem cuidados

Porque te atreves

A seguir sem destino

Caminhos a quem deves

Pagas tuas, da vida sem tino

Não existe meta na tua prova

O limite é a tua exaustão

Caminho do nada… Cova

Caminhas deveras na ilusão

Pés dormentes deves sentir…

Tu…

Corpo sem cor, sem sorrir

Nu…

Caminhos pelados

Caminhos sem horizonte

Desgovernados

Sozinho… Ou tudo ao monte

Homem sem fronteiras

Sem vontades

Sem vaidades

Cansado da vida… Olheiras

Uma escolha, sem solução

Uma vida sem rumo

Pára homem, sem coração

Não existe fogo sem fumo

Caminha no caminho da vida

Caminha alegremente, sem pudor

Serás caminho com saída

Serás o caminho e amor


José Alberto Sá