Boa tarde,
Hoje estarei ausente
Durante a luz branca do luar
Não vos levo fisicamente
Mas em meu coração ireis estar
José Alberto Sá.
Beijinhos/abraços
Os meus olhos são a luz que ilumina a minha mente, eles guardam as imagens da minha vida e o que viram terá de ser relatado. Se não o fizer não faz sentido a minha existência, escreverei no papel com a luz dos meus olhos e no fim cegarei em paz.
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quarta-feira, 31 de julho de 2013
terça-feira, 30 de julho de 2013
Resposta da brisa
Resposta da
brisa
E do alto do
penhasco
Gritei bem
alto
Queria-te
ouvir
Queria
sentir o coração dar um salto
E no ponto
mais alto, fiz-me sentir
Gritei…
Amo-te
E do vento,
da brisa
Recebi a tua
resposta… Amo-te, Amo-te, amo-te
O eco que me
abria a camisa
E novamente
gritei… Adoro-te
E vindo pelo
vazio
Recebi da
tua boca… Adoro-te, adoro-te, adoro-te
O eco que me
inundou… Senti frio
Então…
Gritei com toda a força
Quero-te…
O eco
chegou-me na voz de uma moça
Quero-te,
quero-te, quero-te
Eras tu…
Tinha a certeza
No alto
daquele penhasco,
imaginei-me
voar
E tu… Com
toda a tua delicadeza
Quiseste
amar
Amar a
candura do meu gritar
Resposta ao
meu chamamento
Vinhas no
vento
Fechei os
olhos… Parei o tempo
Senti o teu
respirar
E num sussurrar
ouvi… Desejo-te, desejo-te, desejo-te
Era a
resposta ao meu último grito
De um
coração aflito,
quando gritei…
Desejo-te
Foi no alto
do penhasco, que te sonhei
Deixei lá
toda a minha vontade
Ecos de
linda cor
Desejei,
adorei e amei
Os ecos da
minha liberdade
… O amor
José Alberto
Sá
Perverso imaginativo
Perverso
imaginativo
Interrogo-te
até à vulva sedenta
Quando
observo o teu olhar perdido
Sinto o teu
orgasmo em sofrimento
Gemidos de
quem não aguenta
Na lucidez
do desespero no dedo contido
Martírio
beliscado em seios sem tempo
Espio-te na
cena onde te escondes de mim
Sem dúvida
que me fustigas o verdugo gritante
A
consciência dilacerada pela carga electrizante
Olho,
apalpo, respiro… Esmagado pelo jardim
Onde o
esqueleto feminino se cobre de amor
O enchimento
de carne que me transmite o odor
Imagino-te no
acto copular, teu rosto, teu falar
Ornamentos
de um alibi que me arrepia
Uva que me
apetece esmagar e beber… Amar
É urgente
elogiar este meu dilúvio, húmido pela magia
Só tu
existes por detrás da cortina
Somente eu e
a lua espreitamos, a mais pura obra-prima
Interrogo-te
com veias carregadas, eu sou carne… Presença
Espio-te
porque te desejo de frente e não pelas costas
Imagino-te
antes do escândalo… Sentença
E tudo
porque te amo, sem perguntas… Mas com respostas
José Alberto
Sá
segunda-feira, 29 de julho de 2013
até amanhã
Boa noite
Já não é só
a luz do sol que me ilumina
Já não é a
luz da lua que me dá luar
São os olhos
de quem me lê e se fascina
São a luz
dos amigos que me sabem iluminar
José Alberto
Sá
Beijinhos/abraços
Lágrimas que soltei
Lágrimas que
soltei
Tentei
dizer-te em silêncio
O que tanto
te queria dizer a gritar
Meu coração
pulsou desgovernado
E se eu te
disser, que tentei sonhar
Prometer que
quando acordasse,
não precisasse
de gritar, por te amar
Não vou
chorar, mas sinto frio
Lágrimas de
amor que soltei um dia no rio
Tentei ao
olhar que me sentisses
Por isso te
olhei incessantemente
Meu coração
pediu que regressasses
E me
olhasses
Mas que de
verdade me dissesses e não me mentisses
Com esse
olhar lindo… Belo… Doce
Como só tu
sabes fazer, suavemente
Não vou
chorar, mas sinto tremuras
Lágrimas que
soltei pelo amor… Loucuras
Tentei
levar-te ao dobrar da esquina
Queria
beijar-te, ainda tentei pegar-te na mão
Mas tu… Com
teu olhar de céu
Fugiste de
mim e eu senti como golpe de esgrima
Um coração
que pulsava de emoção
Somente por
um beijo meu e teu
Não vou
chorar, mas sinto a tua ausência
Lágrimas que
soltei por não ter paciência
Tentei abraçar-te
para sentir o quente do teu sorriso
Queria que
me desses o mar
Queria que
me desses o sonho de rebolar
Num corpo
que peço, num desejo preciso
Um dia… Sim
um dia… Vou-te roubar
E contigo
passear no silêncio do meu gritar
Não vou
chorar, mas não te esqueço
Lágrimas que
soltei por ti… Porque te mereço
José Alberto
Sá
domingo, 28 de julho de 2013
Boa noite
Boa noite
Que os pássaros
poisem em vosso jardim
Que os vossos
sonhos sejam perfumados
Que o mundo
seja para vocês, como é para mim
E assim...
Seremos na volta os iluminados
Um bom
acordar
José Alberto
Sá
Beijinhos/abraços
Não aguento sentir
Não aguento sentir
Ninguém te pode tocar
És tão sensível
Tão apetecível
Que não aceito que alguém te possa levar
Que alguém te possa olhar
Nessa íris de cor celeste
Esse reflexo de luz que me quer amar
Esse sentido puro que me deste
Ninguém te pode tocar
És tão pura
És tão perfeita
Que não aceito qualquer loucura
Que alguém te possa sonhar,
se é o meu coração que te deita
Ninguém te pode tocar
És o espaço completo do meu sentido
És o tempo sem horas do meu pulsar
E mesmo agora... Sem ti... Sinto-me perdido
Não iria aguentar...
Sentir sem sentido, alguém a te amar
Ninguém te pode tocar
És mais bela que a lua
És mais radiosa que o sol
Que somente aceito, sentir-te nua
Sentada no amor, sentada em meu colo
Perfumada em sais de girassol
Sentada no meu céu, sentada no meu solo
Ninguém te pode tocar... Só eu
José Alberto Sá
sábado, 27 de julho de 2013
Quero ser, paixão e amizade
Quero ser, paixão e amizade
Quero sentir na linha de água salgada
O tom da tua voz e ouvir-te ao som do mar
Quero sorrir para ti, como se fosses a minha amada
E no tom melodioso sentir a frescura do teu amar
... Quero
Quero levar o teu perfume pelo meu caminho, no meu
colo
Quero cantar no teu ouvido, a música mais suave
Quero tanto em ti, ver a luz no céu
E no chão, deitar-te na sombra para que sintas o solo
E no céu, sentires que quero voar, ser contigo uma ave
E nas alturas sentir os teus lábios, unidos num beijo
meu
... Quero
Quero olhar a candura que me ofereces,
para não te esquecer
Quero tactear com os meus pequenos dedos, para te
gravar
A palavra “amo-te” que vou escrever
... Quero
Quero amar
Quero ininterruptamente, ter-te sem ter vergonha de te
pedir
Até de joelhos dizer
Que te quero tanto, que sem ti não sei viver
Que te quero tanto, que por não estares
já não consigo sentir
... Quero
Quero que me digas o que o teu amor, por mim sente
Eu te digo
As palavras que escrevo, são verdadeiras,
segredos da minha mente
De um apaixonado e amigo
José Alberto Sá
Lógica
Lógica
Cada peça
que te tiro… Tiro devagar
Não te quero
anunciada repentinamente
E cada botão
que desaperto… É um botão de rosa,
que se quer
denunciar
E devagar…
Muito calmamente
O meu
carinho é teu, de um corpo que se solta,
da bela e
formosa
A lógica do
meu nascer
E hoje me
sinto feliz, por te conhecer
Abraço
E tu…
Me fazes
sentir as tenazes flamejantes
As pernas
que abraçam e apertam como um laço
O nosso
momento… Essência de um corpo nu
A lógica do
meu sorrir
E hoje o meu
sorriso é por te sentir
E nesta
vontade que em nós nasceu
Eu sinto um
atentado abominável
De te
acariciar, como acaricio a vontade do céu
E peco…
Pecados de um ser inconfessável
Pelos
segredos das nossas conversas
Despidas com
amor e sem pressas
A lógica do
meu querer
E hoje o meu
olhar, sonha em te ter
Depois…
Depois nos vestimos para dançar
Sobre as
flores que se deliciam em nosso jardim
Flores como seios
que sinto plantados no meu peito
Eu danço… Tu
danças para mim
Com respeito
E assim… É a
lógica de um ser que nasce para viver
Na luz, na
paz, no amor… Por te conhecer
A lógica de
um amor, que vive em minha imaginação
E hoje já
não vivo sozinho, tenho-te em meu coração
José Alberto
Sá
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Ausência
Boa tarde
Hoje estarei ausente... Somente nas palavras
No coração... Vocês vão
No meu olhar... Vos vou levar
No pensamento... Sereis o contar do tempo
E quando regressar... Voltareis a estar
A minha porta é para que a abras... Em amor e palavras
José Alberto Sá.
Hoje estarei ausente... Somente nas palavras
No coração... Vocês vão
No meu olhar... Vos vou levar
No pensamento... Sereis o contar do tempo
E quando regressar... Voltareis a estar
A minha porta é para que a abras... Em amor e palavras
José Alberto Sá.
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Julgado pelo que sou
Julgado pelo
que sou
Sábio
coração que me leva
Neste corpo onde
a luz é o guia
Onde a alma
se eleva
Onde a mente
se tranquiliza
E tudo
obedece ao sangue que cria
Fluxos do
amor, que o olhar suaviza
Eis o ligar
do meu comando
Sou dono do
meu pensamento
Senhor de
mim
Escravo das
horas que me vão devorando
Cativeiro da
vida na contagem do tempo
A trilha ou
o caminho… O não ou o sim
Liberto-me
nas palavras reais
Sou o autor
Das
construções e dos actos
Circunstâncias
dos silêncios ou dos ais
A luta pela
bondade, pelo amor
O mundo de
flores, ou mundo de cactos
Sábio é o
meu conto, a minha fábula
Contada na
mais recôndita floresta
Onde a
ventania se esconde ou se vive sem vento
Bela é a
vida de uma parábola…
O reino da
fantasia que é tudo que me resta
Quando um coração
bate, sábias batidas como alimento
Sou esta
velha pessoa
Que sendo
árvore, já fui raiz
Com culpa ou
inocente
Má ou boa
Sou na alma
da vida, o advogado ou o juiz
De um corpo
sábio que tudo sente
Escritor de
palavras ou palavras somente ditas
Poeta de
sonhos, desejos ou realidades
Amigo de um
coração sábio, carregado de simplicidade
Advogado das
palavras por mim escritas
Juiz num
julgamento sem vaidades
Onde o
orgulho é a luz, que meus olhos sentem,
José Alberto
Sá
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Insónia
Insónia
Eu sei o que
é sonhar…
Sonhar é
sentir o vento e imaginar o teu respirar
Sonhar é
sentir a brisa e imaginar o teu perfume
Eu sei…
Que sonhar é
ouvir o mar
E imaginar o
teu queixume
Sonhar é
sentir tudo o que não me deste
Nem o que eu
te dei
Sonhar é
tocar na roupa, que teu corpo despe
Eu sei…
Eu sei o que
é sonhar…
Sonhar é
olhar o céu e ver a tua cor
Sonhar é
dançar ao luar e imaginar a tua candura
Eu sei…
Que sonhar é
beijar uma flor
E imaginar
que és tu… Meu amor
Quando sonho
a sorrir para as estrelas
E no seu
brilho sentir que são como tu…
Linda e pura
Eu sei o que
é sonhar…
Sonhar é
sentir o travesseiro e abraçar-te
Sonhar é
imaginar o teu corpo num vestido de folhos
Eu sei…
Que sonhar é
na luz do sol poder amar-te
Sonhar
contigo é sentir-te nua…
E
acariciar-te com os meus olhos
Eu sei o que
é sonhar…
Sonhar é
desejar-te
Beijar-te
Sentir-te
Sorrir-te
Amar-te
Isto é
sonhar, para ao acordar…
Levar-te
para longe do meu sonhar
José Alberto
Sá
terça-feira, 23 de julho de 2013
Plantada em mim
Plantada em
mim
Parei hoje
um momento para te escrever
Para sentir
em palavras, o que sinto à tua beira
Estava eu em
meu pomar e ao lembrar o teu olhar
Imaginei-te
nas flores de laranjeira
Já és o meu
pomar
De
laranjeiras verdes e tons laranja… Linda cor
Parei hoje para
te ter, escrita na minha alegria
Sentir no
perfume da macieira a tua magia
Nesta vida
que passa depressa no amor
Sinto que és
o meu pomar
O aroma
delirante que me leva a parar
Sem parar de
pensar em ti, linda e efémera flor
Parei por momentos
sentado na sombra do meu pomar
E senti
vontade de me lembrar... De ti meu amor
Linda flor
do meu pomar
Misturada
nas palavras que escrevo em traços sensuais
Parei para
somar os dias que já passaram
Contas que
quero ver agregadas a mim, a ti... Por isso normais
A soma de um
ser que ama, nos sonhos que nos levaram
Porque tu és
o meu pomar
E hoje
sinto-me bem em meu pomar
E hoje de
coração frutado… Sinto que amo tudo que sonhei
A luz que se
reflecte em mim do teu olhar
Por isso
escrevo deitado no meu pomar... Que te amei
Tu que és o
meu pomar
E cada
árvore que abraço… És tu nua
Cada fruto
que geme em minha boca... É de ti um beijo
Te quero
sentir deitada nas folhas do meu pomar... Crua
José Alberto
Sá
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Boa noite
Boa noite
Eu quero voar!
Eu quero cantar!
E nesse voar, quero sonhar
Que amanhã irei cantar
Poemas que vos quero ofertar
José Alberto Sá
Beijinhos/abraços
Somos um rio
Somos um rio
O rio passa
devagar, na corrente do meu corpo,
querendo
sentir a água tépida
e perfumada
A minha pele
se eriça ao sentir que és tu, somente
A deslizar a
língua nas deliciosas margens
Fazendo com
que eu sinta cada gotícula de um rio,
que me
inunda as entranhas e me leva na enxurrada
Meus poros
se abrem para acolher-te nestas viagens
O rio passa
e eu toco-te devagar
Deixo de
pensar…
E neste rio
humedecido, quero penetrar
Quero beber
as águas suadas de dois corpos
e amar
Sinto o
cheiro verdejante,
na candura
das flores da tua essência
Aí me elevo
em direcção aos teus lábios, querendo beijar
Uma
languidez onde me deixo ficar
Até que me
venhas buscar às águas da insistência
Pedindo que
te enroles como um rio de corpos quentes,
num rio a passar
O rio passa
e cada curva me leva a um trajecto de sonho
Não há
desvios consentidos
Em todas as
margens me ponho
E nas
profundezas do rio, me faço ouvir
Ouvindo
gemidos
O rio passa
a correr na sua missão
O amor fica
em cada gesto, em cada olhar
Na busca de
um corpo húmido que me deixe ficar
José Alberto
Sá
Procuro
Procuro
Procuro um
olhar
Procuro um
lugar
E não
consigo encontrar
… Perdido
… Sozinho
A dor no
peito
A frase sem
sentido
Sem
perguntar
Sem
responder
Sem jeito
Quem és tu?
A dor no
peito
Que me faz
procurar
Até
encontrar
Um olhar
Um lugar que
me faça chorar
Que me faça
sorrir
Um recanto
Um beijo
para sentir
Quem és tu?
Uma lousa
negra
Uma parede
que se atreva
A sentir o
desenho que faço,
em teu luar
Um olhar em
cada traço
O teu
encanto
Um beijo
Um abraço
Quem és tu?
Um olhar que
me olha
Um lugar,
uma escolha
Uma mão
Um coração
Uma voz que
me diga amor
Um sussurro
que me faça feliz
Uma flor
Um giz
Que procuro
para te escrever
Uma folha
branca
Uma alma
santa
Um olhar
José Alberto
Sá
domingo, 21 de julho de 2013
Até amanhã
Boa noite
Vesti-me de branco
Com as flores mais brilhantes que apanhamos
E eu assim vestido, vou dormir sobre o teu manto
E vestido de branco, vou sentir porque nos amamos
Assim vestido... Imaginando o teu sorriso
Assim vestido... Sonhando que sei voar
Vestido de branco quando de ti preciso
Assim vestido... Para te amar
José Alberto Sá
Beijinhos/abraços
Quero-te tanto
Quero-te tanto
Quero...
Que o tempo me venha dizer,
que preciso de ti para viver
Tanto quero, que me perco no pedido
Tanto quero, que me deixo levar
Por isso peço, só um beijo em mim sentido
E também peço o abraço do teu olhar
Tudo que eu quero...
Para te amar
Quero tanto
Tanto que nem sei
Se vou conseguir absorver toda a minha vontade
Quero tanto
Tanto amor que desejei...
... Um sorriso da tua boca... A minha metade
E também quero
Quero tanto sentir o teu odor
Quero...
E tu sabes desta minha obsessão
Cobrir teu corpo de calor
Sentir o teu coração
E de mãos dadas, voar no nosso amor
Quero tanto
Tanto, que me falta a respiração quando te vejo
Tanto, que me sinto frio quando me falas
E tão poucas foram as vezes, que demos um beijo
Por te querer, tens aqui um amor que não calas
Porque te quer
Porque te ama
Porque és mulher
Que sonho acordado... Deitado na cama
José Alberto Sá
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Boa noite
Boa noite
Sempre falo da luz... Sempre
Sempre vivo com ela
Durmo com ela e vejo-a ao acordar
Sempre vivo na minha luz... Semente
A luz que me espreita à janela
A que me faz namorar
Sempre... A minha luz
A vossa luz... De quem a sabe agarrar
Reluz... Na alegria de quem sabe amar
Sempre a dou... A quem me sabe estimar
José Alberto Sá
Beijinhos/abraços
Quero continuar contigo
Quero
continuar contigo
Não vou parar
o tempo
É impossível
este manusear da terra
Translação e
rotação sentida no perfume do vento
Sentida no
mar, sentida no céu, vivida na serra
Vem…
O tempo não
espera
Não vou
estancar os ponteiros, que fazem as horas passar
É impossível
e incessante
Parar a
qualquer instante, o movimento da vida
O movimento
do corpo, sentido nos olhos que não vou vendar
Vem…
Vem ver
Os olhos de
azul esverdeado que goza esta luz penetrante
Não vou
colocar a despedida
Nem quero
sentir o amago ou o penoso caminho
Nem reverter
o quadro que a vida diz que desejo
Quero sentir,
pela goela abaixo a água fresca de um beijo
Fugir com o
vento
Não vou
parar o tempo
E sem parar
correrei preso às tuas mãos sedosas
Dançarei em
abraços os apetites que o meu corpo tem
Quero
encontrar a leveza dos cravos, tulipas ou rosas
As flores de
um jardim que te querem sentir
Vem…
Não vou
parar o tempo
A vida muda
constantemente
Os olhos se
movimentam em várias direcções
O sangue
ferve em amor, nas veias de um louco que sente
E sem parar
desejam a união de dois corações
Vem…
Não vou
parar o tempo
Quero viver
o resto deste ciclo, sem que te perca um segundo
Sem mudar de
estilo, sem sentir sofrimento
E sem parar
o pensamento, eu mudarei o teu mundo
Quero parar
a monotonia desta rotação que nos ampara
Sem parar a
mudança do teu sorriso, do teu olhar
Seremos os
dois a força e o exemplo de quem quer amar
E sem parar
seremos a vida de um amor, que não pára
Vem…
Não vou parar
o tempo… Que nos separa
José Alberto
Sá
Viver
Viver
Vivam cada segundo, a vida nada reclama
Não sou o mundo, sou a simplicidade que vos chama
Vivam com a força do fruto saído da rama
Não sou perfeito, sou o carinho de quem vos ama
José Alberto Sá
Beijinhos/abraços
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Boa noite
Boa noite
Hoje senti a tranquilidade em vocês, uma
luz forte
A mesma luz que me dá todas as alegrias
Amanhã quero acordar e ter a mesma sorte
Ter a luz, paz e os amigos de todos os
dias
José Alberto
Sá
Beijinhos/abraços
Grito para que me ouças
Grito para
que me ouças
Grito
desalmadamente sobre as areias movediças
Sentindo o
enterrar do azedume,
por não te
ter… Por isso grito
Grito e berro
pela brisa que me atiças
Grito e
berro em aromas de um mar que acredito
… Para que
me ouças
Grita-me dos
becos obscuros de negro alcatrão
E faz-me
acreditar que a gritar…
Serei o
sonhado
A realidade
que quando acordado,
consigo
sentir, contigo o mesmo chão
… Para que
me ouças
Grito sobre
as ondas dos teus cabelos,
saboreando o
teu perfume
Desalmadamente
grito às pedras que se atravessam no meu caminho
Peço que me
deixem passar,
pelo grito
sem queixume
Que me
deixem passar,
para te
beijar e sentir o teu carinho
… Para que
me ouças
Deixa-me
gritar por favor…
Dizer em voz
alta o teu nome em amor
Quero sentir
sem medo de ter medo,
o que me
pode surgir
Mas deixa-me
gritar aos ventos que subtilmente
me fazem
sentir o odor
Um perfumado
sentir,
a vontade de
poder gritar antes de partir
… Para que
me ouças
Ouve-me
antes de fugir, na procura de um meio que desejo
Gritar
contigo de mãos dadas,
pelo
corredor do meu mar
E nas areias
movediças gritar pelo teu beijo
E ser
engolido pelas entranhas do meu mar,
para te amar
… Para que
me ouças
Deixa-me
gritar,
serei no
grito a vontade profana do teu olhar
Devagar
chegarei ao mais íntimo sentir do teu corpo de mel
E no meu
grito soltar o mais húmido gemido do meu sonhar
E contigo
gritar…
Gritos de
amor e união, iguais aos gritos que gritei…
Neste papel
José Alberto
Sá
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