Perverso
imaginativo
Interrogo-te
até à vulva sedenta
Quando
observo o teu olhar perdido
Sinto o teu
orgasmo em sofrimento
Gemidos de
quem não aguenta
Na lucidez
do desespero no dedo contido
Martírio
beliscado em seios sem tempo
Espio-te na
cena onde te escondes de mim
Sem dúvida
que me fustigas o verdugo gritante
A
consciência dilacerada pela carga electrizante
Olho,
apalpo, respiro… Esmagado pelo jardim
Onde o
esqueleto feminino se cobre de amor
O enchimento
de carne que me transmite o odor
Imagino-te no
acto copular, teu rosto, teu falar
Ornamentos
de um alibi que me arrepia
Uva que me
apetece esmagar e beber… Amar
É urgente
elogiar este meu dilúvio, húmido pela magia
Só tu
existes por detrás da cortina
Somente eu e
a lua espreitamos, a mais pura obra-prima
Interrogo-te
com veias carregadas, eu sou carne… Presença
Espio-te
porque te desejo de frente e não pelas costas
Imagino-te
antes do escândalo… Sentença
E tudo
porque te amo, sem perguntas… Mas com respostas
José Alberto
Sá
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