Grito para
que me ouças
Grito
desalmadamente sobre as areias movediças
Sentindo o
enterrar do azedume,
por não te
ter… Por isso grito
Grito e berro
pela brisa que me atiças
Grito e
berro em aromas de um mar que acredito
… Para que
me ouças
Grita-me dos
becos obscuros de negro alcatrão
E faz-me
acreditar que a gritar…
Serei o
sonhado
A realidade
que quando acordado,
consigo
sentir, contigo o mesmo chão
… Para que
me ouças
Grito sobre
as ondas dos teus cabelos,
saboreando o
teu perfume
Desalmadamente
grito às pedras que se atravessam no meu caminho
Peço que me
deixem passar,
pelo grito
sem queixume
Que me
deixem passar,
para te
beijar e sentir o teu carinho
… Para que
me ouças
Deixa-me
gritar por favor…
Dizer em voz
alta o teu nome em amor
Quero sentir
sem medo de ter medo,
o que me
pode surgir
Mas deixa-me
gritar aos ventos que subtilmente
me fazem
sentir o odor
Um perfumado
sentir,
a vontade de
poder gritar antes de partir
… Para que
me ouças
Ouve-me
antes de fugir, na procura de um meio que desejo
Gritar
contigo de mãos dadas,
pelo
corredor do meu mar
E nas areias
movediças gritar pelo teu beijo
E ser
engolido pelas entranhas do meu mar,
para te amar
… Para que
me ouças
Deixa-me
gritar,
serei no
grito a vontade profana do teu olhar
Devagar
chegarei ao mais íntimo sentir do teu corpo de mel
E no meu
grito soltar o mais húmido gemido do meu sonhar
E contigo
gritar…
Gritos de
amor e união, iguais aos gritos que gritei…
Neste papel
José Alberto
Sá
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