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sexta-feira, 30 de março de 2012

Porque choras


Porque choras


Porque choras… Amor

Porque te fazem mal?

Tu és uma flor

Como é possível não gostar

Quando a essência animal

É amar…

Como se consegue!

Como existe gente que persegue!

Gente horrível

Incorrigível

Gentinha…

Pobre mente miudinha!

Porque choras… Amor

Porque te fazem mal?

Tu és na vida o calor

Tu és perfume de Portugal

És a luz durante o dia

És durante a noite o luar

És alegria… Harmonia

És a essência do mar

Porque choras… Amor?

Ignora…

Vem comigo… Vem embora

A vida tem almas maliciosas

Vidas raras

A vida tem espinhos e rosas

Duas caras

Porque choras… Amor?

Vem… Eu te espero

Eu te quero

Sem pedir nada de ti

Vem… um dia serás

A menina que me sorri

E tudo terás…


José Alberto Sá

Sabores da Páscoa


Sabores da Páscoa


De vestido colorido

Chamava à atenção

Acetinado laço ao pescoço

Olhei-a e senti-me atraído

Numa louca tentação

Engoli… Notou-se no caroço

Redondinha

Uma perfumada bolinha

Olhei fixamente

Toquei…

Desapertei-lhe o laço

Lentamente

Agarrei…

No pensamento um abraço

Caído no chão a fita pequena

Abri-lhe o vestido

Uma linda morena

De sabor apetecido

Mordia… doce

Mas mesmo que não fosse

Teria derretido

Saboreei-a até ao fim

Sem medo…

Abria e peguei no brinquedo

E ali…

Comi…

O ovo de Páscoa


José Alberto Sá

quinta-feira, 29 de março de 2012

Páscoa


Páscoa


Mestre!

Estendo a mão

Quero ser... Quero amar

Tu és a luz que me reveste

Entrego-me Senhor

Novos céus de um anunciador

Irmão das novas terras

Perfeito em tudo... Um louvor

Louvando os mares e as serras

Deste a vida para me salvar

Numa reunião de luz e amor

Por mim te deixaste maltratar

Por mim choraste

Por mim foste humilhado

Perdoa-me... Senhor...

Também eu sou pecador

Também eu sou teu criado

Entrego-me...

Encho meu peito com tua luz

Teu amor é imenso

Tu és vida... Em ti eu penso

Neste dia lembrado na cruz

Páscoa... Boa nova

A tua prova...

A tua ressurreição...

Na amizade... A tua verdade

É a aliança... A reflexão

Liberdade...

Uma páscoa de amor

Rico ou pobre seja quem for


José Alberto Sá

Corro na estrada


Corro na Estrada


Caminho pela rua

Pedras me saltam à frente

O vento corta-me a pele nua

Corro…

Morro…

Pelos caminhos da gente

Salto pelas pedras da calçada

Pedras verdes pelo tempo

Polidas…

Pedras crescidas

Corridas ao vento

Vento que me empurra em rajada

Corro…

Morro…

Pelos becos em socorro

Caminho pelas feridas de um chão

Pelas estradas do moribundo

Pelas arestas de uma mão

Mãos que agarram as cinzas do mundo

Pedras queimadas

Onde corro…

Onde morro…

Pelos caminhos de pedras carentes

Pedras enlameadas pelas lágrimas mimosas

Caminho pelos espinhos das rosas

Passos descalços, pés dormentes

Morro…

Corro…

Mas…

Não morrendo …

Somente correndo

Sou eu caminhando

Amando…

Pelas pedras da vida


José Alberto Sá

Lenço azul


Lenço azul


Azul a cor do meu lenço

Até o céu teve ciúmes

Até o mar sabia o que penso

Naquele azul de queixumes

Meu lenço…

Testemunho de tons suaves

Perfumado pela maresia

Voou…

Lenço da minha alegria

Macio e algodoado… Como as penas das aves

Aconchegado a mim… Senti

Azul…

Cor dos meus olhos em ti

Meu lenço aromatizado em gelatina

Dobrado… Parecia uma menina

Num azul de sonho

Meu lenço…

Onde nele, a vontade ponho

Onde no azul da vida, vivo suspenso

No ar…

Nas nuvens… No chão

Meu lenço em tua mão

Perfumado… Beijado

Oferecido… Querido

Azul…

Azul claro… Azul-escuro

Lenço sem muro

Amado no tempo

Uma noite levado

Levado no vento

Lenço de amar

Perdido no mar

O meu lenço… Azul


José Alberto Sá

Amiga Luna


Amiga Luna


L embrei…!

U ma luz branca apareceu

A lma brilhante que ganhei


E m raios caídos do céu


M ar abraçado à lua

A seiva de morango

R osas bailando na rua


L inda poetiza, beleza num tango

U m mar de harmonia

N éctar de perfumado Jasmim

A menina da alegria

M ar ondulando no jardim

A razão do meu rimar

R azão do luar


A menina da Póvoa de Varzim


José Alberto Sá

quarta-feira, 28 de março de 2012

Não consigo ter


Não consigo ter…


Não consigo ter maldade

A vida, essa corredora do tempo

Começa na mocidade

Levada no vento

Não consigo ter vaidade

A vida, essa devoradora de segundos

Começa em liberdade

Acaba vadiando pelos mundos

Não consigo ter vontade

A vida, essa luz que me acompanha

Começa na puberdade

No inundar da entranha

Não consigo ter castidade

A vida, essa luxúria sensual

Começa em qualquer idade

Numa vontade carnal

Não consigo ter a realidade

A vida, essa maravilha de luz

Começa na minha vontade

Acabando por ser minha cruz

Não consigo ter luminosidade

Começo por ter a mente confusa

Acabo por ter na mentalidade

O prazer da minha Musa

Não consigo ter, mas ela é verdade

Começa sem volta, sem ida

Acaba na minha vontade

O amor da minha vida


José Alberto Sá

Falo contigo


Falo contigo

Falo todo o dia
Mas não chega
Penso na imensa alegria
Nas palavras que me inundam
Numa conversa que me cega
Das palavras que me afundam

Falo toda a hora
Mas não chega
Penso na imensa flora
Na chuva que me rega
Nas palavras que embalam
Das doces risadas que me amam

Falo com todo o amor
Mas não chega
Penso na imensa dor
Das palavras que não me nega
Das canções que me canta
No amor de uma santa

Falo com toda a saudade
Mas não chega
Penso na voz da claridade
Na palavra que me pega
Falo sem ter medo
Palavras sem enredo
Palavras de louca paixão
Falo de todo o coração

José Alberto Sá

terça-feira, 27 de março de 2012

Nenúfar sonhado


Nenúfar sonhado


M enina diamante… Tesouro

E spampanante alteza

N enúfar do lago de ouro

I nteligência e beleza

N uvem de um céu perfeito

A lturas onde me deito


P ura água cristalina

R eal no sorriso seu cartão

O ndulada e carinhosa menina

I ntriga do meu coração

B ailado de lindo vestido

I luminado corpo se veste

D oido fico, parecendo falido

A mando o corpo que me reveste


É s a menina de diamante

S ensual e altiva


O tesouro guardado


M enina dança, para que eu cante

A ma como eu te amo… Amiga

R azão da escrita de um poeta amado


José Alberto Sá

Salpico de amor


Salpico de amor


A água ao vento salpicava

Eram gotas dos teus olhos

Lágrimas de um chafariz

Perdidas no ar, caída em folhos

Num corpo que te esperava

Sedento, carente, mas feliz

Gota do teu olhar

Sentado, sentia a água cor de prata

Gotas de uma menina

Como se fosse uma carta

Escrita no cavalgar de uma crina

Gotas de cor lilás

Lágrimas de aroma alecrim

Cheiro que me satisfaz

No cavalgar da água sobre mim

Gota do teu amar

Estendo a mão para te apanhar

Belo… Uma lágrima me tocou

Água do chafariz, o teu luar

Uma gota sentida que me amou

Salpicos de frescura

Água de cristal, cor do teu rosto

Menina pura

Água do chafariz, de quem gosto

Gota do teu respirar

Desnudo-me para que me banhes

Quero sentir-me húmido e amado

Não te acanhes

Água de amor salpicado

Quero-te sentir

Quero ver-te sorrir

Gota do meu chafariz

Vem regar-me, eu sou flor

Vem rega-me a raiz

Dar-te-ei o meu amor


José Alberto Sá

segunda-feira, 26 de março de 2012

Sinto cá dentro


Sinto cá dentro


A poesia invade-me a alma

Calma…

Calma José

A poesia faz saltitar teu coração

Faz correr o sangue nas tuas veias

A tua fé…

Calma José…

Recita para além das meias

Colhe as sementes da erosão

Pedaços de um vulcão

Calma José…

A poesia é o que é

É profundeza… A entranha

É pureza…É a manha

É a calma da tua mente

Sente… Sente José

A poesia que fala

A poesia que entoa

A poesia que entala

A poesia do José…

Que voa… Voa

Voa nas ondas da maré

Num mar de encanto

Mar de poesia

Calma José… Aprecia

Acaricia… o manto

Onde te acalmas

E pelas almas… Sente

Sente José…


José Alberto Sá

Aromas


Aromas


A lma… Muita alma

R imas, canções e perfume

O ndas bravas, areia calma

M ar de louco queixume

A ves e ventos gritaram

S ons que ecoaram


E m mim


P oesia em grupo

O aromatizar do momento

E legantes aromas de fruto

S ensações ao vento

I man do meu gostar

A alma de recitar


Amar… Amar… Amar


José Alberto Sá


Uma noite


Uma noite


Menina do sol

Senti os ventos correrem sobre a minha pele

O ar voltou… aromas de girassol

Um segundo apenas

Uma onda nos inundou

Naquela noite… vi voarem as renas

Poisarem as borboletas

O mundo parou…

A espuma branca deslizou

Como tinta de mil canetas

Menina do sol… O vento parou

Olá mar! Que bom te conhecer

Mar de longe… Minha vertigem

Olá meu amar! Meu querer

Menina do sol… Para mim virgem

Desejo-te… Meu corpo é teu

Amo-te deveras

Vê quem sou

Eu vi quem eras

A menina do sol

Não sei se os sonhos têm asas

Mas… Eu voo em teu perfume

Dei a volta ao mundo… Coração em brasas

Meu poetizar… Meu lume

Teu queixume

Olá… Menina do sol

A lua naquela noite foi minha

Naquela noite cantou o rouxinol

E o mar te contou… Uma adivinha

Qual é a coisa, qual é ela

Uma menina à janela

O sol da minha sina

Olá Menina do sol

Tu já és minha…


José Alberto Sá

domingo, 25 de março de 2012

Amor só meu


Amor só meu


Silêncio...

Deixai-me ouvir este gemido

...

Silêncio...

Fechem os olhos... Que castigo!

Tremo ao ouvir sons abafados

Ferrares de língua... Delírios

Silêncio...

Quero ouvir sons apaixonados

Rosas, Giestas... Lírios

Quanto aroma nos gemidos

Silêncio...

Já consigo tocar, além de ouvir

Já consigo cheirar

Já consigo sorrir

Silêncio...

Já flutuo e somente sinto um respiro

É perto... Perto de mim

Silêncio... É um suspiro

Dentro de mim

Senti... A magia contida no sonho

Silêncio...

É a magia onde me ponho

Fechem os olhos... Só eu posso ver

Silêncio...

Só eu posso tremer

Só eu posso querer

Deixai ouvir os gemidos em flor

Silêncio...

Sou eu, fazendo amor


José Alberto Sá

Penetrações


Penetrações


Queria apertar o botão

Não conseguia... Tremia

Não conseguia... Que sensação!

Quase me atrevia...

A voar num voo sem asa

Botão que segurava... Na mão

A mão que tremia... Nervosa

Ansiedade... Medo

Somente uma chave teimosa

Que não entrava... Credo

Porque tremia o meu botão?

...

Parecia picado pelo espinho de uma rosa

Somente queria de todo o enfiar

Somente sentir-me apertado

...

Sentir-me aconchegado

Sentir o meu brio

E apertar o botão... Somente

Queria a união...

A perfeição...

Camisa apertada...

Mais nada...

Queria somente parar de tremer

Ver o botão apertado no meu colarinho

Somente queria o que não conseguia

Vê-lo apertado, somente um pouquinho

Seria feliz... Eu e o meu botão

Seria feliz... Num louco apertar

Seria feliz... Eu e meu coração

Somente... Vê-lo na casa penetrar


José Alberto Sá

sábado, 24 de março de 2012

Amor em tempestade


Amor em tempestade


No silêncio da noite

Ouvia-se a trovoada

Rebuliços de um beijo

Um açoite

Uma palmada

No silêncio... Gritos

Suspiros... Algazarra

Sons agudos... Uma guitarra

Gemidos em nada aflitos

...

Trovoada de emoções

Tempestade de prazer

Terramotos em dois corações

Vendavais... Loucuras de um ser

No silêncio... Tudo quebrou

Uma revolta em potência

Toda a força se esgotou

Na tempestade da existência

...

Louco corpo moribundo

Sobreviventes da loucura

Nus... Amor profundo

Num tempo revoltoso

Mas apetitoso que o mundo procura

Tempestades de amor

Terramotos e vendavais

Tsunamis de calor

No silêncio dos normais


José Alberto Sá

sexta-feira, 23 de março de 2012

Até o sol...


Até o sol…


Nada mais vou pedir…

Já sinto o vento passar

Na sua passagem… O meu levitar

Nada mais além do sorrir

Uma aragem… vinda no ar

Nada mais pedirei…

Já sinto o perfume… hálito doce

Já nada mais… Por mais belo que fosse

Eu amarei…

Já tenho tudo… Que feliz eu sou

Nada mais… Até o sol me conquistou

Já sinto o abraço… E é tudo

… Tudo que sou…

Já nada mais interessa…

Já nem tenho pressa

De ver o vento passar

Já tenho tudo… A terra, a serra… O mar

Já nem a lua está sozinha

Já nem o rio passa a correr

Nada mais quero… Somente uma florzinha

Pura, bela, única… O meu ser

Já nada mais… Sentido profundo

Já tenho tudo… Naquela Flor

Tenho nela o meu mundo

Já tenho tudo…

Porque tudo… É amor


José Alberto Sá

Aos poetas


Aos poetas


Poesia?

O que é poesia?

Ah… Poesia é o vento!

Poesia é a chuva!

Poesia é o sol!

Poesia é alimento…

É uva…

Poesia é o canto do rouxinol…

Poesia?

É cantar imensas palavras

É fazer sorrir, abrir caminhos

É compreender a terra que lavras

É das flores fazer raminhos...

... Para vos dar

Poesia?

É amar!

Amar… Sim… Dar amor

Em palavras de qualquer cor

É dar alegria

Falar da saudade

Mas na verdade… A poesia é…

Poder olhar os amigos

É amar… Ter um Solar

Poesia é escrever sem tinta

Sem papel…

Ser poeta…

É às palavras ser fiel

Fazer tremer para que o corpo sinta

Um coração com alma, uma porta aberta

É poesia…É saber... Ser poeta


José Alberto Sá

quinta-feira, 22 de março de 2012

Deixa-me entrar...


Deixa-me entrar…


Queria entrar…

Chegado à porta

Senti desejos impossíveis de controlar

Que importa

Se sinto vontade de amar

Queria entrar…

No teu quarto… E olhar-te

Sinto desejos de beijar-te

Teu corpo devorar

Queria entrar…

No teu coração permanecer

Sinto vontade ao amanhecer

E à noite um louco sonhar

Queria entrar…

Ouvir-te sorrir… lábios sedosos

Sinto um corpo a carpir

Ao olhar-te… sem poder tocar-te

Movimentos apetitosos

Nuance de um céu que há-de vir

Queria entrar…

Tocar teu vestir… despindo-te

Olhar teu corpo e saciar-me

Deixa-me entrar…

Serei suave e perfeito

Minha boca te quer… Sorrindo-te

Teu corpo puro a derramar-me

A entrar… Entrar… Devagar

Melodia no jeito

Meu amar, numa vontade de entrar

No teu quarto… Teu leito

Onde tudo é perfeito


José Alberto Sá

Não posso...


Não posso…


Magoar-te… Nunca poderia

Teu corpo é frágil, puro cristal

Como posso tocar-te…

Se a tua pele é macia

Puro céu celestial

Como posso olhar-te…

Sem ferir a íris do teu olhar

Olhos brilhantes… pura magia

Magoar-te… Nunca poderia

Como posso sentir teu sorriso

Se teu rosto é perfume

És o sol em alegria

Toda a essência que preciso

Faces rosadas… Puro lume

Como posso pedir-te um beijo

Se tua boca é o meu queixume

A fragrância que desejo

Magoar-te… Nunca poderia

Teu falar é a chuva que me humedece

Palavras que me embalam a mente

Como posso… Se tudo me apetece

Ouvir-te sem levitar

Num corpo que sente

Sílabas de amar

Magoar-te… Nunca poderia

Mereces ser perfumada

Mereces ser uma donzela

Como posso querer-te… Amada

Se o tempo é teu, sem dares por ela

Um tempo meu, esperando à janela

Magoar-te… Nunca poderia

Deixa-me só sonhar contigo

Deixa-me só falar-te no vento

Amar-te no tempo

Ser teu amigo

Mas… Magoar-te nunca poderia


José Alberto Sá

quarta-feira, 21 de março de 2012

Hoje...


Hoje…


Hoje acordei

E levei comigo o sonho, ouvi o teu falar

Hoje amei

E levei comigo a realidade, do teu gostar

Estavas semiacordada

Imaginei-te despenteada

Mas linda… uma flor a desabrochar

Falamos os dois em aroma e fragrância

Dissemos borboletas e corações

Falamos como que agarrados

Sem distância

Perfumados

Hoje acordei olhando o sol

Levei comigo a vontade de ser feliz

Hoje acordei um girassol

E amei-o da copa à raiz

Hoje amei a lua e o mar

E levei comigo ardente desejo

Um louco amar

Ondas de paixão… Espuma num beijo

Uma voz melodia

Senti um teclar de piano, em Dó, Ré, Mi

Suave timbre ao nascer do dia

Uma luz brilhante saída de ti

Hoje o tempo é de calor

Um dia bem acordado

Uma manhã de amor

… Deus seja louvado…


José Alberto Sá

terça-feira, 20 de março de 2012

Continuo


Continuo


Disseste que me abraçavas

Disseste…

O tempo passou

Ninguém me abraçou

Disseste que me beijavas

Disseste…

A boca secou

Ninguém me beijou

Disseste que me querias

Disseste…

No chão escreveste com um giz

Ninguém me quis

Disseste que me oferecias

Disseste…

Que teu coração era meu

Ninguém apareceu

Disseste que fazias amor

Disseste…

E sem pudor, oferecias a quimera

Sem abraço, beijo e sem amor

Continuo à espera


José Alberto Sá