Que mundo!
Encontrei o nunca
E soube o que nunca fui
Fui ninguém num nada do tempo
Num mesmo tempo, que nunca sonhei
Não sabendo eu…
Que acabei sem sonho
Sonhando o que nunca fui,
vivendo o que não me chegou…
Pois na ilusão fui nada,
um nada onde me ponho
Um tudo que não quero saber,
um tudo onde nada sou
E foi aí que nada encontrei
E sem me exaltar deixei partir
O sonho que nunca contei
Nem a realidade que está para vir
Incerteza?
Sim… Fui alguém que nada pude
Pois o puder em mim se ausentou
Tentei em vão olhar,
com olhos de ver e alcancei o nada
Um nada enorme,
pediu-me que tudo mude
Que mude a incerteza!
O mundo medíocre da ganância
Essa excelência!
Essa importância!
Dinheiro!
Na impotência minha mente girou
parada!
Igual ao mundo onde nada sou
Girou onde me encontro,
num mundo quadrado onde vivo… E pronto!
Procurei indeciso por palavras de
amor
E o nada se fez presente
Num vazio, como quem herda
E sem vacilar ofereci-me à dor
Sabendo eu que nada sou! Gritei a
toda a gente…
… Merda!
José Alberto Sá