Sou
um mortal dos mortais
Jamais
direi as dificuldades de alguns, daqueles, a quem nem tudo o que tocam lhes é
amor.
Jamais
serei o esmagar de certas coisas, daquelas, que dizem e que não falam de amor.
Sou
um mortal dos mortais, de penitências e rituais, de instrumentos e confissões,
de consciência e subconsciência, dos homens e das mulheres, sou um mortal de
todos, os que comigo fazem ecoar o amor.
Jamais
direi do inimigo, da moral religiosa, da falsidade que odeio, do medo que já
não tenho, jamais direi do inimigo que tenho e não conheço!
Sou
imune a quem me aparece como objeto, estou no rigor da palavra, do olhar e do
pensamento, eu sou um mortal e jamais direi uma palavra que doa, jamais farei
um olhar que cegue, jamais sentirei uma loucura que me persiga.
Sou
uma violência carregada de amor, sou digno das vírgulas que me deixam respirar,
sou um sem fronteiras de braços abertos, sou valor para quem me ama… Sou eu!
Jamais
conhecerei outro espaço que me ocupe, jamais consumarei a perfeição se a não
merecer, serei eternamente grato aos beijos e abraços que transporto de todos
os que ainda não me conhecem, aos que me conhecem, agradeço cada pedaço de mim,
que já é deles.
Sou
um mortal dos mortais, igual a todos os demais.
José
Alberto Sá