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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Sou um mortal dos mortais

Sou um mortal dos mortais

Jamais direi as dificuldades de alguns, daqueles, a quem nem tudo o que tocam lhes é amor.
Jamais serei o esmagar de certas coisas, daquelas, que dizem e que não falam de amor.
Sou um mortal dos mortais, de penitências e rituais, de instrumentos e confissões, de consciência e subconsciência, dos homens e das mulheres, sou um mortal de todos, os que comigo fazem ecoar o amor.
Jamais direi do inimigo, da moral religiosa, da falsidade que odeio, do medo que já não tenho, jamais direi do inimigo que tenho e não conheço!
Sou imune a quem me aparece como objeto, estou no rigor da palavra, do olhar e do pensamento, eu sou um mortal e jamais direi uma palavra que doa, jamais farei um olhar que cegue, jamais sentirei uma loucura que me persiga.
Sou uma violência carregada de amor, sou digno das vírgulas que me deixam respirar, sou um sem fronteiras de braços abertos, sou valor para quem me ama… Sou eu!
Jamais conhecerei outro espaço que me ocupe, jamais consumarei a perfeição se a não merecer, serei eternamente grato aos beijos e abraços que transporto de todos os que ainda não me conhecem, aos que me conhecem, agradeço cada pedaço de mim, que já é deles.
Sou um mortal dos mortais, igual a todos os demais.


José Alberto Sá

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