Amo-te no papel
Intercepto na minha
mente, os olhos que fitam as palavras, os olhos que na loucura do meu lápis, o
segue, o sente, o estimula e o leva.
O lápis de fluxos
macios, derretidos no branco papel, onde o olhar se mistura, e me faz deslizar
pelas palavras que penso, que dito e ofereço.
Não é uma fábrica de
palavras, é uma máquina somente com ritmo, com cadência e com desejo.
Não é filosofia, é a
evolução de um ser que logicamente abraça, vê e se conecta à produção do ideal.
Intercepto os olhos
que fitam as palavras, os meus olhos.
E escrevo na melodia
de uma esfera que brilha e me ilumina.
Cada palavra uma
cópula, um gemido abstrato, enquanto não lhe dou a origem e a beleza do meu olhar.
Cada olhar uma
máquina, que penetra e sente a lealdade entre o lápis, a folha e a cópula que faz
desabrochar as palavras…
Eu vejo, sinto e
escrevo… Para ti…
… Depois do amor…
José Alberto Sá
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.