A analogia ao desejo
de um calcanhar!
Por incrível que
pareça o amor tem destas coisas, o motivo, a compreensão, a dúvida, a certeza e
uma mistura de beleza animal!
O olhar cega, para que
veja melhor o conteúdo vazio, os espaços a preencher!
Por incrível, é
bastante comprometedor quando supomos que a outra parte, não parte sem que
exista união! Aí tudo já é, mesmo não sendo a versão completa daquilo que
levamos em mente!
Os braços apoderam-se
desde o início, logo que o olhar já tenha penetrado e se aromatizado até ao céu-da-boca!
As orelhas entram em
conflito, numa mesma batalha em que os narizes se submetem à excitação, e à
loucura dos rostos suados e despenteados!
O desejo é ramificado
pelas extremidades dos dedos que dançam, é imortal o aroma e a humidade que nos
ensina a canção! A árvore cresce e o fruto amadurece!
Afogo-me nesta
analogia de um calcanhar!
Sinto-me delirado com
a perfeição humana! No amor, tudo se pode exaltar!
Amo a fonte que me
sacia a sede, a carne, a pele e a intensidade do pulsar!
Os corpos se idealizam
desde a cabeça aos pés, gemidos, mãos que deambulam e calcanhares fincados na
parede!
Assim é um corpo
noutro corpo, no sentido total!
Esta é a analogia ao
desejo de um calcanhar, que um dia também amou, por saber amar!
José Alberto Sá
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