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domingo, 15 de janeiro de 2017

Menina de olhar meu

Menina de olhar meu

Eram olhos nos olhos, eram lábios deslocados, eram expressões sem equívocos.
Eram sentimentos que se misturavam e se ofereciam ao alimento vivo do desejo.
Eram perturbação, eram imaginação, eram contraste e loucura erótica… Quando de olhos nos olhos, sorrimos.
E sem segredos durante a noite, se abriu a concha e uma pérola surgiu, durante a noite o equilíbrio nos uniu e tudo explodiu num céu de duas estrelas.
E quando o mundo nasceu de novo, olhos nos olhos nos amamos como poetas, eram olhos nos olhos e o ventre no ventre, como ondas brancas a bater na areia de um mar perdido em nós.
Eram olhos nos olhos e o mundo era sol, a lua continuava à espera, à espera que uma estrela nos facultasse a eternidade em mais uma noite…
Eram olhos nos olhos e uma tatuada memória de sensações, que um dia nos aconteceu, eram olhos nos olhos… Tu e eu…
Um dia… Que nunca mais vou esquecer… Olhos meus, olhos teus, até morrer.

José Alberto Sá

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