Número total de visualizações de páginas

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Todas as noites

Todas as noites

É durante o dia que sou cúmplice e navegador…
É durante a viagem nas águas deste meu mar de sonho, que me embriago nas ondas e saboreio o sal e o sol da noite anterior.
É durante e depois…
Que me vejo endiabrado e embriagado, pelo sentir nu de um corpo que se fez ao mar, naquela noite estrelada.
Cada um de nós se fascinou pelo olhar, cada um saboreou a boca e absorveu a loucura salivar, como se de espuma se tratasse… Loucos beijos e braçadas de aflição amorosa, apertos de braços e dedos aflitos na humidade, num botão de rosa!
É durante o dia que exalto a arte e pinto de ouro o meu pensamento, não esqueço, não abandono, pois a cumplicidade acompanha-me ao segundo.
E o mundo!
É durante o dia, a lembrança de todas as noites, onde navegamos em amor.


José Alberto Sá

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Grito no silêncio dos meus sentidos

Grito no silêncio dos meus sentidos

Esforço-me por demonstrar os gritos dos meus sentimentos.
Tenho em atenção a forma como vivo, como vejo, como sinto, como quero, como desejo, como sonho, como realizo, como falo, como beijo, como abraço, como amo e como aceito a outra parte…
Até a memória conservo sem a julgar.
Lembro que sendo homem, brincava com bonecas, aos médicos e nessas brincadeiras, sabia sorrir e sucessivamente amar.
Quando vejo as costas de uma mulher em formato de violino, sei ouvir a melodia que soa dentro de mim, saindo dela!
Quando visito um museu de arte sensual, sei sentir cada pedaço de tela, cada pedra ou outra matéria, como se fossem amantes do espaço, sinto as obras como donas de mim, sinto que a minha boca poderia gritar, pois elas não reagiriam, somente eu lhes posso dar vida pelos meus sentimentos, pelas minhas vontades, pelo meu fetiche e pela minha loucura!
Esforço-me e o que me faz crescer… É esta vontade de sentir, de querer e de um dia já crescido, saber que valeu apena viver, no sonho desta louca carne que veste os meus sentidos.
Esforço-me sem gritar, pois o eco que oiço não é da minha voz, é da loucura do mundo que não me deixa sonhar… Ignorando que tenho sentimentos e o mais forte é amar!


José Alberto Sá

Quando vieres...

Quando vieres…

Como não estás… Olho-te durante algum tempo em cima da minha cama!
E imagino-te a janela virada para o universo do amor.
Os teus lábios vermelhos tombam no tapete do quarto, e sempre que os toco beijo-os arduamente!
O chão é de um azul acinzentado e nele posso beijar todo teu corpo, como se fosse num céu enevoado… Cada nuvem um suspiro meu imaginado, cada beijo um suspiro teu sonhado.
É no tapete que me enlaço no teu corpo e voo contigo sobre o universo do amor… E tu és a janela virada para esse horizonte que amo,
Como não estás… Amo-te a cada segundo no meu silêncio e quando vieres saberás que foste o universo da minha imaginação, saberás sentir o céu de um azul acinzentado igual ao meu!


José Alberto Sá 

Corri...

Corri…

Ao levantar-me afastei as pernas…
O meu olho esverdeado quis olhar e fazer-me sentir presente.
Recordo a pele branca…
Nunca vi, nunca senti na íris destes meus dois olhos, um caminho tão perfeito!
E ao levantar-me tinha defronte de mim a prova, a razão, a vontade e uma conquista…
O meu olho esverdeado olhou em volta e colocou-se em posição…
Recordo os meus dedos a tocar o chão!
Deram partida e eu corri para a meta, queria ganhar…
Ao levantar-me afastei as pernas, olhei o caminho, recordo ainda hoje a pele branca das pernas dos outros atletas, estavam de calção, tal como eu!
E na perfeição olhei os meus colegas de prova e corri… Corri… Corri até ela.
… Voando até à meta!


José Alberto Sá

Espinho, cidade encantada!

Espinho, cidade encantada!

É Natal e vivo numa cidade encantada, dizem aqueles, que sem encanto se vêm como duendes numa floresta inexistente.
Cidade encantada para o seu criador, teoria de uma mente puramente abstrata, pois quem lhe dá este nome “encantada”, teria obrigação de lhe dar encantamento!
Na realidade vivo num quadro de mar, estrelas e sorrisos de quem vive na esperança de se encontrar, num encanto em que o Natal seria para todos.
É Natal e nada nos pertence, mas vivo intensamente cada fragmento, cada pormenor que a natureza me oferece, sempre na esperança de olhar a minha cidade e lhe poder dar esse encanto prometido, mas que alguém cósmico, se excita e somente sonha, levando a se acreditar que eu também vivo numa cidade encantada!
E quando acordarmos deste sonho, vamos querer um novo Natal, um novo Pai Natal, uma nova cidade encantada, mas de verdade!
Feliz Ano Novo, com desejos de uma cidade encantada na verdade e no amor… Espinho merece encontrar o caminho e ser abraçada com dignidade!


José Alberto Sá

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

O nosso amor

O nosso amor

Nosso amor se organiza,
quando é perfeição
É amor lábios nos lábios
Olhos nos olhos e é a perdição
E o nosso amor se organiza,
quando queima dentro de ti
É amor braços nos braços
Corpo no corpo, sussurros loucos
Tu suspiras e eu vivi

Nosso amor se organiza,
na surpresa do momento
É amor beijo no beijo
Dedos nos dedos
e a saliva é o sustento
E o nosso amor se organiza,
quando pulsa o gemido
É amor carne na carne
É loucura de nós os dois,
vestidos de amor
Tu comigo eu contigo

Nosso amor se organiza, é suor
É a verdade que nos eterniza


José Alberto Sá

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Feliz Natal... Meu menino

Feliz Natal… Meu menino

Hoje quase chorei!
Quase!
Nos meus olhos vermelhos, sentia o sol, a saudade!
E quase chorei!
Não sei como expressar o que sinto…
Sei somente, que tenho tudo e tudo se reflete nos meus olhos
Estás longe, tão longe que na saudade, sinto-te no peito
Na saudade, tenho-te tão perto que posso sentir teu cheiro
Tão perto, posso ouvir o teu chamar por mim
Bebé… Um dia foi assim… De um sol pleno de amor
Vieste, cresces-te dentro de mim e agora… És o sol desta saudade
E hoje, quase chorei
Hoje não consegui chorar, as lágrimas tiveram pena de mim
É que todos os dias te desejo ouvir
E tu… Tão longe, ainda me consegues abraçar de amor
Eu sei e tu sabes… Que hoje quase chorei tal como tu,
tu que não me dizes e choras da mesma forma
Nessa tua, minha, nossa saudade
É Natal e o inverno chegou… O frio não me mete medo
Mas tenho saudade do teu calor
Um dia… Seremos completamente perfeitos
Um dia… Saberás porque quase chorei
Quase, porque hoje descansei…
Amanhã não sei! Mas chorar por ti é bom
Amo-te incondicionalmente… Filho


José Alberto Sá

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Amo...

Amo…

Amo… Amo a encarnação viva da beleza, quando me beija, quando sinto a sua pele nua… Branca, pujante e me deito na melodia carnuda…
Amo!
Então, peço a complacência até ao fim, cabelos soltos e imensos caracóis a me acariciarem o pescoço!
Então, peço mais verdade nos cabelos riçados, mais ouro, mais ébano e incenso, todos os perfumados gemidos como presentes!
Amo… Amo o odor que se desprende dos cabelos, quando a sua boca se mistura com a minha e a anca estreita me faz cegar os dedos ao toque!
Então, peço que se acentue, que me exija carne, que eu seja fonte naquele confronto de suores!
Então, peço que seja a boneca das minhas brincadeiras, quando os encantos dos meus anseios se fazem inegáveis ao momento!
Amo… Amo quando ela me ama!
Então, somos completamente um só!


José Alberto Sá