Fica a
saudade…Prima
Sou o
tremolo e desafinado
Bater de
dente, momento sem brio
Parede
agreste no rosto lacrimejado
Sou o
moribundo de veste escura
Sou a sombra
de olho inchado
Alma em
velório, tristeza pura
Sou a
saudade do indignado
Porquê?
Porque sou o
pensar enevoado
Que no
silêncio pinto
O pontiagudo
momento do pulsar
A dor aguda
de uma brisa, que sinto
Como se
fosse o dono do pecado
Eu sei que
nada altera
Nada sou… Quando
sou o vazio
O vácuo que
rebenta a membrana
E me
transmite o eco do medo
Quem me dera
Ser o surdo
mocho sem pio
Ser o anjo
da chama
E trazer
ventos de amor
Saudade de
ti, dos dias que não falamos
Do tempo que
ganhamos quando perdidos
Vai em paz,
sejas recebida no Senhor
Lembra-te de
nós, quando chegar lá em cima
Nós te
amamos
Querida
prima
José Alberto
Sá
"Nada sou... quando sou o vazio..." linda homenagem a quem parte e pra sempre deixa a saudade!
ResponderEliminarObrigado Gislaine, pelo carinho e luz aqui reflectida. Beijinhos
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