Porquê?
Perguntam porque razão
é triste este meu verso
Perguntam porque está triste
este meu coração
Perguntam pelos gritos
no fogo disperso
Perguntam pelo amargo
e pela impotência da razão
Pergunta a minha vida
por esta triste canção
Pergunto o porquê do muralhar
de injustiça
Pergunto pela frieza e
inoperância no alcatrão
Pergunto pelo tombar
de morte que a alma iça
Respondem sem
resposta, sem valor e com dinheiro
Respondem na lembrança
de corpos, num mundo bruto
Responde embriagado
pelo fumo, o bombeiro
Respondo pelas vidas
que lutaram, contra árvores já sem fruto
Respondo sem resposta,
sem palavras, prisioneiro
Respondo em silêncio,
a rezar por um Portugal, hoje de luto
José Alberto Sá
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