A mudança
Tão jovem eras tu e
sempre me encorajavas com esses teus olhos secretos.
Tão jovem eras tu e eu
não resistia à circunstância dos teus apetites diretos.
Tão jovem eras tu e
indefesa perante a força do meu olhar.
Tão jovem eras tu, que
no frenesim arrebatado por mim, te abrias para amar.
Eram os toques obscenos
aos quais me dedicava com amor.
Eram momentos de
energia que se redobravam ao nos possuir.
Eram pele na pele, os
dedos nervosos e apetites acetinados em flor.
Eram investidas,
esforços sorridentes, suspiros contentes e lábios róseos a pedir.
Tão jovem eras tu, de
mão trémula e macia, que se faziam passear.
Tão jovem eras tu,
brilhante como a lua e de excitante estremecer.
Tão jovem, tão bela,
tão sublime, que de perfeição nada mais era como o teu salivar.
Eram fervorosos os
movimentos de cintura, que hoje lembro com ternura o nosso apetecer.
José Alberto Sá
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