Quimera do meu sonho
Eu vi na transparência
um corpo selado, de vestido de rendas e tecido num corpo inviolável ao toque,
somente os meus olhos, me fizeram relembrar exéquias e honras na minha imaginação.
Nesta prosa ou poema,
conto o estado de alma, quando na doce calma, transpirei pela íris do olhar, ao
ver e imaginar o doce corpo vestido.
Disfarcei e de bloco
na mão escrevi estas palavras, desenhei com estes dedos que tremiam, porque tremer,
até os meus olhos o faziam. Aquele corpo vibrava por entre folhos, sem que lhe
pudesse mexer.
Esta é uma afirmação,
este é o meu ar cândido de um homem sensível, num corpo vestido, que eu via
transparente, que me quebrava a paciência e me era apetecível.
Famoso com certeza é o
costureiro, que assim veste formosa dama, olhava sem ser o primeiro, nem o
último ao convite da chama.
Calcinha branca de
ilusão, sutiã de renda cor romã, curvas de sonho, num infinito deserto que me salta
e me faz falta ao oásis que disponho.
Cruzou a perna a
maldita em atrevimento, saltou-me aos olhos sentimento e um poder sem poder,
correu-me o sangue pelas veias ao infinito, subiu-me o íntimo e acreditei, que
o mundo é tão perfeito, que a quimera ao se cruzar, fizeram os meus olhos
gritar e ao mundo agradecer a cor transparente do meu sonhar e do meu apetecer.
José Alberto Sá
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