Espero por ti
Alimento-me pelas íris
ao olhar o horizonte, alimento-me do mar, das ondas, da areia e volta e meia da
sereia, que vem nas ondas, mesmo de fronte.
Já não me chega sentir
a terra, quero mais, mais aventura, quero mar, quero sol e um brilho lá do céu
que me chega da altura.
Alimento-me das
estrelas, dessas sentinelas do luar, que me vêm a olhar, a sentir e a sonhar,
que a donzela vem a remar numa linda caravela!
Alimento-me da
criação, deste mundo vigilante, e sonho como amante, nas ondas de um mar, que
me levam o coração.
Olho, vejo velas e
mastros, sinto em mim muita alegria, gaivotas a adivinhar que a noite está a
chegar e o mundo adormece o dia.
Olho e vejo alguém ao
leme, vem a brilhar pela luz dos astros, velas ao alto abraçando os mastros e
uma menina que me acena, porque já não teme.
Vem caravela, vem
acender este meu pulsar, alimenta esta solidão que sempre me gela e deixa
ancorar, essa linda mulher que continua a acenar.
Alimento-me desta
vida, alimento-me do Deus dos homens à nossa semelhança, na certeza porém que o
alimento convém até que exista esperança!
Vem ao longe no
horizonte, uma donzela mesmo de fronte!
José Alberto Sá
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