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quinta-feira, 9 de março de 2017

Acordo e vou...

Acordo e vou…

Por vezes acordo longe do surrealismo e penetro no que realmente vejo, que utilizo e penso.
Por vezes lúcido, numa lucidez capaz de me levar a utilizar os lábios, onde a indiferença é a diferença entre um beijo meu e uma vontade louca de tocar o céu!
Também, por vezes tímido, quase sempre, não avanço sobre uma folha em branco para escrever, sem que na mente já tenha feito o esboço.
É ao desenhar-te, ao escrever-te que idealizo uma personagem, que por vezes chafurda contemporaneamente, ora na moderna e exposta arte feminina, que és tu, ou na antiguidade de um corpo que me ficou eterno, o teu.
Por vezes a iluminação do que escrevo, se faz na última página, naquela que considero mais ousada, por vezes comediante, hilariante na imensidão da mente que transporto para uma folha branca, esboçada dentro de mim.
Também acordo pela vontade secreta, pela mensagem, pelo espaço, pelo olhar e pela loucura que imagino lá fora, então o absurdo acontece, ninguém me chama e eu vou, ninguém me leva e eu vou, ninguém me traz e eu volto… E este voltar é por vezes, ou quase sempre, para adormecer depois da escrita, que é esboçada na mente e se faz presente, e que eu acredito e ela acredita.
Por vezes, também penetro na brutalidade de um poema, de uma prosa, isto sim é imensamente real, pois surreal é penetrar na candura quando me deito e levantar-me pela manhã na doçura de uma rosa, por vezes lúcido, tímido ou com ternura.
Por vezes, somente acordo e vou, é lema e vontade de um Deus Maior!
E na volta, alguém me espera, é poema e vontade de um grande amor!


José Alberto Sá

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