Quando os pólos se
desejam
Faz amor, faz-me
notável, faz-me ser artista, um artista só teu, só para ti.
Faz amor, faz-me
coroar frutuosamente, faz-me ser, faz-me emergir em emoção, faz com que eu não
te resista.
Faz-me ser.
Ser artista!
Faz-me contagiar pelo
teu corpo, pelo sortilégio de te sentir arte e espectador, faz amor… Faz!
Faz-me chegar ao ponto
mais alto e dominar a aguarela, com esbatidos suaves, brandos, feitos pela língua
húmida de quem quer ser artista!
Faz amor, faz-me
sentir por entre… Por tudo, por mais, faz-me sentir profundamente a tua
seriedade, faz-me ser teu!
Faz amor, faz-me ser
consciente na escultura do teu produzido e belo ser.
Faz-me ser a exceção e
deixa-me delirar com expressões de amor.
Faz amor, faz-me
acreditar que sou raro na arte de amar.
Faz-me sorrir com o
ideal concretizado, faz amor, faz-me espreitar o segredo para que suba alto e
toque esses dois pólos, o amor e a arte de amar.
Faz amor, faz-me ser
artista… Só para ti!
José Alberto Sá
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