Dor e esperança
Sangram os cantos
salgados, de uns olhos que desde o acordar te amam.
Sangram desde os primórdios
da vida, desde que me vi respirar em teus lábios. Foi aí que a vida começou!
Sangro e me vejo no
anonimato, ninguém enxerga o sal derramado desde o acordar e o deitar do sol.
Recordo o tempo
contigo, desculpa mas, o teu corpo não era ficção, o teu traseiro ainda o
recordo tactilmente… Sangram os cantos salgados!
Sangro sozinho pela
pobreza em que estou, sem ti.
Não esqueço cada
nádega em cada mão, não esqueço os seios no meu peito, não esqueço o quente, o
macio, a respiração… E a tua boca se afirmava na minha!
Sangram os cantos
salgados, já nada se equivale ao sonho de repetir o ato, de sermos um só.
Espero reencontrar-te
e de olhos nos olhos, sentirmos o salgado da saliva na mistura com as lágrimas
de saudade.
Espero que um dia, se
transforme em imensos desejos.
Tu és mulher e eu sou
homem, dois seres que sangram por não esquecer o tempo agridoce da vida, numa
mistura de lágrimas, sangue e um amor eterno.
Sangram os cantos
salgados, por ti.
Espero-te, ambos somos
o que desejamos.
E só Ele sabe se
merecemos o Pão e o Sangue da Vida reencontrado!
Eu somente sei que te
quero de volta.
Por isso sangram os
cantos salgados… Meu amor!
José Alberto Sá
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