Se comigo for
A tua voz de certo
modo
dilata-me a íris do olhar
Faz-me soltar no céu-da-boca
uma língua inquieta
A tua voz sabe dosear
o grau que faz exibir
algo que sonha e quer
continuar
Na voz de um poeta
E a tua voz grita
cristalina,
na língua que saboreia
de boca aberta
É tão nua a tua voz,
que me apetece vestir
essa garganta de
menina
De poema numa voz que
me desperta
A tua voz suspende-me
as ideias
e faz-me flutuar sobre
os sons suaves de ti
É tão nobre e doce a
tua voz,
que ao fechar os olhos
te vejo nua e minha
Tão minha que não
consigo falar,
somente escutar
uma voz como nunca
ouvi
Uma voz que sabe sentir,
como sabe a saliva
resistir
à vontade do teu amor
A tua voz na
perfeição, no poema,
na canção e a falar se
comigo for
José Alberto Sá
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