A dança
Bailarino é o quanto
me sinto no espaço e no átrio da imaginação.
Em cada passo possuo fenómenos,
de retratos que um dia me mostraram.
A moldura me faz
erguer os olhos e rodopiar em êxtase, sempre te imagino deitada no chão.
O vidro estala com o
frenesim de cada estucada, o amor que emprego na dança e te vejo no sonho… Imaculada.
Os braços os ergo ao
céu, para que possa dançar em tua direção.
Os dedos movimentam-se
e me levam a imaginar a imundice do amor.
Seja tango, balsa ou
salsa eu danço pela graça do artista, sou bailarino na inquietação.
Entre corpos
conscientes, abro o meu peito e me deito contigo no átrio do teu coração.
Bailado encontrado, na
ignorância imunda do espaço que imagino… O teu!
Teu é todo o espaço
onde me vejo dançar e inocentes são todos os espectadores que me olham e querem
o meu lugar.
Muito raro é ter uma
imaginação imunda, mas hoje quis dançar sem preconceitos…
Hoje sou bailarino no
átrio do teu corpo, sem exceção… Todo ele me afunda… Todo ele é meu!
Pois… Bailarino é
quando me sinto sozinho e sonho sem limites.
Vem e dança sem
exceção… Eu acredito na dança e espero que também acredites.
Uma imundice de toda a
cor… E corpos imundos no chão…
Dançando no átrio do
amor.
José Alberto Sá
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.