Pic… Pic… Pic…
A chuva cai e o vento
é flauta que toca ao longe e que sopra os cabelos de alguém que se abriga em
mim.
Não sei se cisnes ou
flamingos dançam no lago que a chuva forma…
Pic… Pic… Pic…
As mãos tocam-se em
silêncio, somente as folhas que passam, se fazem ouvir na mistura melodiosa da
chuva…
Não sei, mas conseguia
sentir passos de um bailado, quando nossos pés se tocaram.
Não sei que
fragrâncias se soltaram, mas foram tantas as flores que vieram para nos ver.
E a chuva… Pic… Pic…
Pic… Lembrei de alguns invernos, onde a trovoada iluminava o horizonte.
Fiz-me sorrir e ela
fechou os olhos e se aproximou, esqueci por um momento o tempo que beijava o
chão.
Os seus lábios róseos caíram
nos meus e foi aí que absorvi toda a dança.
A flauta continuou a
tocar, as folhas continuaram a se divertir no caminho… Não sei se cisnes ou
flamingos, sei que o lago os abraçava com amor.
As nossas mãos continuaram
a conversa e os nossos lábios ficaram húmidos… A chuva caía mais forte… Pic…
Pic… Pic…
Fomos embora para
continuar a ouvir a melodia de um sonho, enquanto chovia.
José Alberto Sá
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