Máquinas
Na fuga ao corpo feminino,
ao mundo mulher, detetei que sou fraco e não consigo… É impossível fugir!
Levei o cérebro às
máquinas! E até elas me fustigaram a mente!
E nada me resolveram!
O coração bateu… O
olhar penetrou e o sorriso quis com elas partir!
Elas… Mulheres!
As pernas tremeram e
os braços quiseram abraçar a fuga de contente!
Na fuga, associei-me à
bicicleta e nela imaginei sentado um corpo simples…
Um tornado sentado
para me devorar! Não consigo imaginar, uma bicicleta sem uma mulher!
Na fuga exaltei-me
pela imagem que quis imaginar, uma máquina de café!
A cápsula era levada
por ela! Por ela, uma menina donzela, que me fez esquecer o mecanismo
triturador do grão… Mãos aveludadas, uma cápsula e o bater do meu coração!
Na fuga ao feminino,
levei-me até ao mundo do trapo, imaginei uma máquina de costura, onde os pés
ondulavam o pedal, uma agulha subia e descia… Surreal! A máquina tecia… E ela!
Mais uma vez ela…
E o ritmo adocicado
por aqueles doces pés, levaram-me ao convés da minha fuga ao feminino!
Espreitei por debaixo
da máquina! Gerou-se a confusão em mim… Na fuga quis dizer não! Mas o meu
coração quis dizer sim!
Na Fuga, os meus dedos
tocaram nas teclas, quiseram sentir a máquina! Na fuga o desejo era só um,
tentar fugir ao feminino…
Tentativa frustrada…
No amor que habita em
meu coração a mulher é paixão…
A máquina é objeto de
um chão… A mulher é tudo e por mim amada.
José Alberto Sá
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