Vi-te nua, e…
Percorri a tua pele
branca e segui a tatuagem,
não tinha limite, não
tinha horizonte,
subia pelo pé, dançava
na perna, parecia miragem…
Mesmo de fronte…
Aquela tatuagem que o
meu olhar percorria
Me fazia sentir
vontade e muita fé…
Imaginei-te de lingerie,
luvas pretas…
Meia de renda, que
contornava uma estrela
e mil cometas
Num brilhar de céu que
me inspirou a escrever…
Vi-te nua, e…
Tinha que acontecer…
Fiquei a acreditar na
origem da arte
A tatuagem no umbigo
dilacerou o teu amigo,
que hoje escreveu para
ti, em toda a parte.
Até os traços negros e
finos no teu peito,
fizeram os meus olhos
sorrirem
e se apaixonarem pelo corpo
macio e perfeito.
As formas e as cores,
as borboletas e flores,
dançavam no acetinado
e bem torneado corpo…
O teu…
Foi uma subida ao céu…
Raptei-te por
instantes, sonhei que fomos amantes
e viajei nas palavras que
escrevi…
Vi-te nua, eu sei que
vi…
Ao longo do poema,
senti que valeu a pena escrever sobre ti…
Vi-te nua, e…
O amor concretizou-se
e a tatuagem unificou-se…
Numa noite em que
escrevi sobre a lua que senti…
Luvas pretas, meia de
renda… E… Vi-te nua… Lua!
José Alberto Sá
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