Um beijo no peito
Um dia… Um dia talvez
encontre a origem
O porquê do adorno que
um dia no tempo te ofereci!
Deixei no teu peito a
origem,
a tatuagem que o tempo
não esquece
Um dia… Um dia talvez
rabisque na parede a memória
Uma linha na
horizontal e te imagine
Te Imagine nua, a
olhar para mim de adorno ao peito!
Um dia… Talvez um dia
rabisque na parede
Uma linha na vertical
e me imagine
Me Imagine de pé, a
olhar o adorno do teu jeito!
Do teu ondular…
Talvez o tempo te
traga novamente e te encontre na origem
Na parede sobre a
linha, como deusa, musa ou virgem
Um dia… Um dia talvez
te veja corar
Um dia… Um dia talvez
te veja na mistura das linhas
É imortal a razão que
me leva a te lembrar
Um dia… Olhos nos
olhos e muita sede
Beijarei teu peito e
todo o contorno
Olhos nos olhos beijarei
a auréola canela, na linha da parede
E nesse dia gravarei novos
lábios no teu peito
Os levados no tempo,
ainda hoje são meu adorno
Um dia… Um dia talvez
encontre a origem
De não mais te
esquecer e ainda hoje te querer
Um dia seremos linhas
unidas no encontro do amor
Um dia… Um dia talvez
o tempo se renove
E o mundo me ofereça o
adorno, que a entranha move
Um dia… Um dia talvez…
Te beije de novo a
auréola desta razão
E que desse beijo brote
uma nova semente…
Um dia… Um dia seremos
para sempre…
As linhas da minha
parede e do meu coração
José Alberto Sá
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