O tempo não pára!
(…) E sinto-me
empurrado pelos ponteiros do meu relógio!
A história continua e em
cada dia sou absolvido pelo que faço, pelas loucuras do tempo que me vigia!
(…) E sinto-me
prisioneiro em liberdade condicional, sempre perseguido por um mundo inteiro e
difícil de entender!
Extraordinário ser
humano que não se compreende ou se compreende perdido num tempo que não pára!
(…) E sinto-me um
barco em águas de Veneza, num labirinto de água que sobe e desce consoante o
tempo, o dia, a noite, o sol e a lua!
Tantos fantasmas,
tantos brinquedos, sonhos e medos passam pelo meu contar, esta chave sem
fechadura, sem porta ou janela para abrir… Tento!
(…) E sinto-me a
caminhar depressa demais, o tempo vai reconhecendo o que faço, o que desfaço e
o que tento fazer…
Quanta excelência
contribui para que eu não tropece, aí vou eu, sem parar, sem sequer tentar,
pois nada pára o meu relógio de contar!
(…) E sinto-me
cansado… Desde o ventre que não parei e hoje não sei… Quanto tempo ainda… Queria
mais, sinto-me ainda um prefabricado, um ser que tem ainda muito para aprender
e ensinar!
Hoje o meu relógio não
vai parar… Que bom! A obra continua!
José Alberto Sá
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