Deito-me de novo!
Quando me levanto
começo desde aí a respeitar os excessos e as necessidades do essencial, da
carne, do espirito e do amor.
Desde aí vou
preenchendo os quadros emoldurados no meu coração, levo as lendas, os feitiços,
os contos e os poemas até que a tela fique completa.
Quando me levanto
corro o risco para te conseguir, aí encanto-me e pratico o castigo numa deusa
vestida de êxtase…
Nem mais nem menos,
quando me levanto abro o talento e tento ser o melhor ator… O melhor artista.
Quando me levanto é
chuva que me copia a veste… Transpiro pela audácia de naquele momento tentar
copiar as Pancadas de Molière… Entro em cena!
Quando me levanto são
imensas as torrentes de ouro que sonho, são lindos os vestígios perfumados na
carne vermelha… São lindos os teus olhos, meu amor.
Quando me levanto… É
para me deitar de novo… E sentir as deambulações reais, numa bela adormecida que
não quer acordar mais… Também ela quer sentir quando me levanto… E no sonho
deitar-se de novo comigo… Quando acordo!
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