Camisa
de Cetim
Hoje
deitei-te numa almofada de penas brancas, abraçadas por um tecido acetinado e
um lençol que te fez repousar e sentir em meus braços.
Surreal
olhar-te naquela camisa de cetim acastanhado, ver que os teus botões róseos
estalavam e quebravam a monotonia dos meus sentidos.
Foi
hoje que te peguei na floresta virgem, onde os duendes sorriam e cantarolavam
quadras de amor.
Quantas
evidências em simultâneo, quantas vagas eu vi e quis mergulhar, quantos véus
translúcidos eu retirei do teu corpo, olhei-te só uma vez e foi eterna…
Em
quantas ondas do mar eu te vi sereia, quanta areia eu pisei em teu deserto...
Tu deitada num lençol em sono profundo e eu… Ao alto contigo hipnotizado.
Hoje
não estava só e tu não estavas para comigo, dormias e o ondular era belo.
Imaginei
várias vezes a fusão entre o homem e a mulher, nada nos separava e tudo era
distante!
Foi
hoje que a lua se fez luar, que o sol se foi deitar… E eu…
Eu
iluminei mil tentações, desapertei uma camisa de cetim acastanhado, deitei-me
contigo lado a lado… Hoje peguei-te na floresta virgem e levei-te ao paraíso
por mim imaginado!
Hoje
sonhei que estive contigo… Uma noite… Um dia de sol…
Uma
cama, camisa de cetim acastanhado e um lençol…
Acordei!
Estavas lá assim vestida… De cetim acastanhado, mesmo a meu lado! Fizemos amor,
depois de acordado!
José
Alberto Sá
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