Vivo depressa
magoa-me o génio que avançou a minha
infância.
eu era menino, grande e queria
crescer.
ser enorme, ser quem sou…
magoa-me ter crescido depressa, sem
ver a distância.
entre a placenta e este ar que não se
aguenta.
eu era menino e o passado sempre me
alegrou
o presente me adotou, sem saber até
quando.
sem saber até onde, sem um talvez
afirmativo.
magoa-me ter que escavar o infindável.
moderno ou de regresso ao primitivo!
o oculto, o escondido segredo que o
futuro não tem.
eu era menino de toda a gente, hoje
sou alguém…
e amanhã, talvez o génio que me
avançou até aqui
se lembre de mim e me leve por aí…
neste mundo de ninguém.
José Alberto Sá
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