Que mundo!
Ao lado da minha rua
não se vive!
Gaguejam os passeios,
cheios de gente sem estrada!
Bermas de porcaria
política, desgovernada, passeios de gente, ao lado da minha estrada… Uma estrada
que sempre tive!
Caminham os pés
descalços expostos ao alcatrão pedregoso, escândalo presente onde a raiva é da
gente, da gente que não tem chão!
Ao lado da minha rua,
vivem imensos corações, iguais aos dos políticos, que pulsão aldrabões… Com
batidas, palavras e ideias de idiotas aos tropeções!
Coram as janelas por
onde espreito, batem as portas que me deixam entrar, contesto fechado em meu
leito… Grito para nada, nada mais será feito! Nada mais é do meu jeito! Nada
mais se chama respeito!
Ao lado da minha rua
não se vive!
E toda a gente conhece
este outro lado!
E todos sentem este
lado impotente, aos olhos daquela gente, que tal como nós, sente!
Ao lado da minha rua
não se vive! A rua é estreita e nela o medo se deita!
Do meu lado vive a fé
de algo meu… Ao lado, desse lado… Vivo eu!
Na paz, na luz, no
amor, que Deus me deu! Na terra que me viu crescer!
Do outro lado da minha
rua… Não sou eu! Mas poderia ser!
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