caem trovões no
silêncio das nuvens, caem trovões que atravessam os céus e caem na terra.
surreal! sento-me para
contemplar os raios e a loucura que ilumina o tempo!
matem-me as vozes que
gritam austeridade, já não as consigo ouvir, já não me lembro de mentir… caem
trovões… longe!
autêntico labirinto
entre as estrelas, entre o povo, entre a fome, a injustiça e o medo…
caem trovões na folha branca,
onde terei de assinar mais um sacrifício! mais um credo… uma cruz…
matem-me as loucuras
praticadas, matem-me neste poema, os raios caem, nada mais valerá a pena…
matem-me em cada quadra, em cada verso, em cada palavra… em cada prosa!
caem trovões
comediantes, longe os oiço… matem-me! eles vão chegar aqui!
tenho medo do sol, não
o vejo há dias! as vozes o bloqueiam, o tempo não o mostra, já sou mercadoria
vendida e mal paga!
caem trovões… o amor
vencerá… venham raios de longe, venham vozes de nós… de nós portugueses,
mercadoria sobre a terra, na fé, na vida… em Deus… com Deus… comigo!
caem trovões na terra…
levanto-me e amo o céu!
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