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segunda-feira, 15 de junho de 2015

Conflito incurável

Conflito incurável

Penso no meu conflito incurável… Desenhar uma pomba ou soltar o abutre!
Penso no meu erotismo, que ao desenhar uma pomba, imagino-a sem penas, sem pecado, sem questões… Branca e bela.
Penso e me imagino voar com ela…
Sinto-me perito nesta columbofilia de amor… Sinto-me perito e repito…
Amo repetir o meu conflito incurável, desenhar uma pomba ou soltar o abutre!
Se solto o abutre, solto o desmascarar da minha vontade rapina, vontade essa que me habita.
Basta olhar e imaginar o após do desenho, ver o olhar penetrante… O olhar que tenho…
Eu acredito…
Porque penso no meu incurável conflito… A pomba que me faz voar… E acordar esta vontade rapina!


José Alberto Sá

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