Hoje…
Como
se fosse hoje… Esse tempo distante de conhecimento e mistério…
Como
se eu fosse amigo da alma, amigo das dificuldades, em que o mundo me deseja
pela poesia e pela carne…
E
hoje… Intrigo-me sem dúvidas, como se eu fosse um amanhã, intrigo-me quando o
mal não se atreve à minha altura, nem o bem quer de mim a mistura… Aventura
talvez…
Rezo
tantas vezes, como se fosse hoje… E hoje seria mais um pedido ao conhecimento,
ao mistério… Quando sonho… Ou quando realizo…
Terrível
é a imaginação sobre a carne, onde esta sempre se aproveita da minha poesia… O
corpo feminino é no sonho igual à realidade… É poesia… Sonho…
Esse
tempo distante de conhecimento e mistério, que carrego no desejo…
Sempre
por perto… Por perto é distância entre o membro e a vulva que me arrepia…
E
sempre sonho… Figuras perversas que se atravessam no meu caminho… Sabendo eu
que o mundo é lindo e muito mais seria se eu… Devora-se a carne como a desejo…
Intrigo-me
pela minha apatia… Não conhecem a parte de mim, que mexe… Que se dilacera
sozinha… Sempre na vontade, como se fosse um amanhã de união… Como se fosse
hoje…
Comer
não é o bastante para me saciar… Amo a reza misteriosa sobre a carne, onde os
joelhos se agacham e eu… Devoro intensamente, mesmo que num amanhã perfeito…
Como
se fosse hoje…
José
Alberto Sá
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