Teu
nome… Cereja.
Teu
nome é Cereja, pelo paladar, pelo carinho, pelo perfume.
Teu
nome é para quem beija, para sentir, para fluir e se diluir sem queixume.
Teu
nome é o que a boca pronuncia, é amor, é verdade, é melodia…
Escuto
teu nome como se fosses Maria, uma Rosa, uma Margarida para quem deseja ou
simplesmente perfeição… Cereja.
Olho-te
rosada em meu futuro, teu nome é quem me acalma, é poesia, é alma… Teu nome é
quem me faz doer o chamamento…
Chamar
e não te ter… Somente o vento…
Ouvir-te
e não sentir… Somente o momento.
Amar-te
e acordar noite dentro com teu nome atravessado na garganta!
Sonâmbulo
dos meus lençóis, na macieza da manta.
Teu
nome não o digo, o sono espreita pela estrada do perigo… E o teu nome o guardo
em meu coração.
Teu
nome é a corda vocal que te grita, a voz que te chama em meu silêncio…
Sozinho
ou acompanhado, sou o ser apaixonado por ti… Olho-te Cereja neste mundo onde és
o aperto no peito, teu nome o meu respeito, porque te amo desse jeito.
Teu
nome é a distância entre o nevoeiro do nosso olhar, entre a nuvem que passa e
continua a passar…
E
nesse mundo de nome Cereja, sou o bolo que te espera… Para dialogar contigo… Tu
no topo do meu bolo… Sentindo o prazer do castigo… O frenesim que nos levaria
ao lambuzar mano a mano…
Teu
nome o guardo comigo… Cereja… Assim te chamo…
José
Alberto Sá
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