Dedos
e unha
Ferve-me
o sentir… Eu amo sentir…
E
a lua é companhia… As estrelas são testemunha… Dos beijos, dedos e unha.
Trago
no fervente o teu amor, como quem traz o sol que aquece o planeta…
Faço-me
ferver pela entranha… Meta ou não meta… Sempre me sinto ferver pela mesma
artéria.
Ferve-me…
Ferve-me
o sentir, esta experiência poética… Vontade frenética e pedra preciosa do membro
que escreve!
Palavras
que são o aprimorado que desliza pelo sentir… Eu amo sentir…
Ferve-me
os sentidos, a coluna se ergue e me leva ao conhecimento de um futuro que me
asfixia! Poesia sensual…
Ferve-me…
Sempre igual!
Ferve-me
pela goela a sensação da saliva, escorre-me pelos seios deste meu peito uma vontade
fetal, sair por onde a posição se muda… Porque me ferve o sentir…
A
mente é só a minha alma… Contigo sou o mar que ferve… A espuma é o olhar que
não me deixa mentir… Ferve-me o sentir…
É
esta hormona que me eriça o pêlo, ferve comigo e contigo no sonho… Ferve-me e
desejo, ferve-me e ponho… Tiro… Ponho… Tiro… Ponho…
Ferve-me
o sentir quando fugitivo… E se preso, me agarro às algemas que farão abrir a
terra, a entranha, por onde a chave penetrará e me deixará sentir…
Serei
o sentir se me ferve a vontade… Cai o dia, cai a noite e sinto… Sinto onde te
pões e onde te punha… Ferve-me a cada segundo o mundo que desejo, um beijo,
dedos e unha.
José
Alberto Sá
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