Escrevo
Rebentam
as luzes que me levam a escrever… Rebentam pela sua incapacidade, por eu ser a
intensidade do meu ser… A intolerante voz que me domina e me transporta a vos
dizer…
Escrevo!
Escrevo
pela voz que rebenta os desejos da carne, pela razão deste meu paladar que arde
dentro de mim… Rebentam os neurónios que ponho à prova… É tudo que quero
abraçar… É novo… É nova… É a escrita do meu poema.
Escrevo!
Os
tímpanos escutam a velocidade da luz, que se evapora de dentro deste carrasco
das palavras, deste que vejo como servo da sombra, que se crava no chão reflectida
pela luz dos meus olhos e são os olhos a luz que rebenta…
Escrevo!
O ruído
que faz a minha folha branca, parece gemer, o deslizar agudo e estridente da
minha unha no teclado… Rasga a pele e mostra a carne… Arde o cérebro que vos
escreve… Ardo eu!
Escrevo!
Espero
que seja pelo infinito da palavra, que tudo valha a pena e que não seja alucinação…
Brota esta vontade de mim, a luz que rebenta num amanhecer celestial, aquele
que pelo raciocínio se faz chuva e vos molha com poemas que rebentam deste
animal.
Rebentam
as luzes…. A minha luz, o meu calor para vós…
Escrevo!
José
Alberto Sá
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