Contas
do meu país
Perco-me
nas contas de somar… Somo e nada ganho…
Ganhar
para pagar já não é resultado da soma…É uma subtracção constante.
Já
não vale a pena, se tudo vale e eu não consigo agarrar…
Escorregadio
é a conta, a parcela onde estás inserida… Tu, menina de papel sem preço…
Não
sei contar e não mereço…
Escapasse-me
das mãos, a soma de uma conta que não sei fazer…
Os
números se misturam para me verem irritado.
Matemática
incapaz de entrar… Entrar dentro do arreliado ser… Eu e a minha conta…
Eu
penso… Um mais um… São dois… Mas o resultado é muito mais…
Muito
mais… Muito mais… Infinito…
Já
conto pelos dedos e calosamente sinto… Calos e mente…
Se
mente, a conta sai errada… Os calos sabem do que falo…
São
o resultado de um mundo em que as parcelas não são iguais…
Já
não vale a pena…
Somo
e a conta dá negativo!... Sinto-me como uma subtração inquieta, impossível, o
resto, é um resultado quase possível… Para alguns…
Esses
alguns que quase se seguram de pé… Os deitados no chão…
Já
não vale a pena… Vou parar de somar… De ser o pensar da conta… Dessa conta que
já não vale a pena…
A
conta que me faz transpirar… Não é a de somar… É a que nos leva a sumir… Sumir
pelas contas da vida, contas que o pobre diz… Que já não vale a pena… Contar
contas de sumir… Contas do meu país.
Já
não vale a pena… Contar… Contar… Contar…
Sumir
é o resultado de uma conta que dizem estar correta.
Dizem
os que governam e dizem ser o fruto desde a sua raiz…
A
meta… É Sumir para somar e nos ensinar… A contar no meu país.
José
Alberto Sá
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